‘Governo do AM não cumpriu acordo e prefeitura vai pagar obra de viaduto’, garante David
Principal apoiador do capitão Alberto Neto (PL), mesmo que às escondidas, o governador Wilson Lima (União) não honrou o acordo que fez com o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), candidato à reeleição. Em entrevista à TV A Crítica nesta quarta-feira (16), David revelou que destratou o convênio para a construção de um viaduto na Avenida das Torres, já que o governo pagou apenas uma parcela, prejudicando a continuidade das obras.
“O Governo do Estado só pagou uma parcela e estava atrapalhando a execução das outras obras. Eu tive que destratar [o acordo] para poder pagar a empresa e continuar a obra do viaduto. Com relação ao asfalto, o governo só fez a parceria com a prefeitura de Manaus em 2022, que foi a reeleição do governador. Porém, a prefeitura continuou o trabalho”, disse David.
O programa “Asfalta Manaus” dependia de parcerias que, após as eleições de 2022, foram cortadas, dificultando a execução das obras.
Apesar disso, David Almeida já recuperou mais de 6,2 mil ruas de Manaus. Um número impressionante se comparado às 865 ruas asfaltadas durante os oito anos da gestão do ex-prefeito Arthur Neto. Mesmo sem a ajuda do Governo do Estado, e sua meta é alcançar 10 mil ruas recuperadas até o final do ano.
Próximas Entregas
Durante entrevista, o prefeito David Almeida anunciou as próximas entregas de infraestrutura em Manaus, destacando a finalização do viaduto Márcio Souza, que liga a Efigênio Salles à Avenida das Torres. A obra, que já está pronta, será inaugurada na próxima semana, um dia antes do aniversário da cidade.
Além disso, a gestão David avança na obra do viaduto na Bola do Produtor e planeja dar ordem de serviço para mais uma obra na Avenida Brasil com a Coronel Teixeira, na zona Oeste de Manaus. Para o próximo ano, há projetos em andamento.
“Um grande projeto é fazer uma via chamada Leste-Oeste, saindo do viaduto lá do Jorge Teixeira, da Itaúba, em linha reta até a Avenida do Turismo. Nós vamos interligar a Max Teixeira com a Avenida do Turismo através da Avenida do Futuro. São dois complexos viários e nós vamos ter a primeira avenida Leste-Oeste da cidade de Manaus”, revelou o prefeito.
De faixa a coroa: Miss Universo terá primeira candidata com vitiligo em sua história
Mais uma “primeira-vez” se fará presente na próxima edição do Miss Universo, que tem a final agendada para o próximo 16 de novembro. Desta vez, quem faz história é a modelo Logina Salah, 34, que se tornou a primeira mulher com vitiligo a integrar o elenco do concurso de beleza, após ser eleita Miss Egito 2024.
Coroada no início de outubro, ela declarou em entrevista para a imprensa que se sente muito orgulhosa de representar uma minoria. “Estou animada para representar o Egito, as mulheres com vitiligo e qualquer pessoa que já tenha sentido que não pertence”, disse.
“Minha missão é empoderar aqueles que se sentem marginalizados, deixando-os cientes de que não estão sozinhos. Quero causar um impacto significativo no cenário global do Miss Universo”, completou a miss, que é mãe solo de uma menina de 10 anos.
Logina convive desde a infância com o vitiligo, uma condição que provoca perda de pigmento em áreas da pele – aos 8 anos, ela foi diagnosticada com lúpus, que a levou a ter psoríase e vitiligo. A modelo revelou ainda que levou 15 anos para ter amor próprio e superar uma série de situações de bullying pelas quais passou.
A nova Miss Egito começou sua carreira no mundo da moda como maquiadora na cidade egípcia de Alexandria. Não demorou muito para se tornar criadora de conteúdo nas redes sociais e, na sequência, se destacar pelo seu visual e confiança –o que abriu as portas para começar a desfilar.
Hoje ela contabiliza parcerias com marcas famosas e inúmeras capas de revistas do setor. Com isso, acumulou grande visibilidade nas redes sociais e hoje soma uma legião de 1,8 milhão de seguidores, apenas em seu perfil no Instagram.
Logina disputou a coroa do Egito com outras 12 finalistas, em evento realizado no Cairo, capital do país, e transmitido ao vivo pelo YouTube. Entre as tradicionais etapas de classificação, estavam, além de desfiles em traje de banho e gala, as temidas entrevistas preliminares com os jurados e respostas ao vivo no palco da final. Quem se despediu do título na ocasião foi Mohra Tantawy, titular de 2023.
Outras primeiras-vezes
Ao lado de Logina, outras misses ganharam holofotes recentemente ao quebrarem padrões antigos do Miss Universo e entrarem na corrida pela coroa. Entre elas está a modelo Mia Le Roux, 28, que é a primeira miss surda a vencer o Miss África do Sul e a representar o país em uma disputa mundial.
Em setembro, a modelo sênior sul-coreana Choi Soon-hwa, que é mãe e avó e tem 80 anos, tornou-se a mulher mais velha em uma das etapas do concurso. Apesar de todo o apelo, no entanto, ela foi finalista mas não venceu a coroa de Miss Universo Coreia.
Outra novidade é que, pela primeira vez, o mundial terá duas brasileiras na disputa. Isso porque além da pernambucana Luana Cavalcante representado o Brasil, teremos também a baiana Glelany Cavalcante, 30, que venceu o título de Miss Itália 2024.
As mudanças no regulamento do concurso chegaram em um contexto inédito para a marca, que nunca esteve tão próxima dos temas de diversidade e inclusão. O principal motivador dessa disrupção foi a compra do concurso, há pouco mais de dois anos, pela empresária tailandesa Anne Jakrajutatip, que é uma mulher transgênero.
Inclusive, a última edição do Miss Universo, em novembro de 2023, foi considerada a mais “plural” realizada até hoje, já que além de duas mulheres transgêneros (as misses Portugal e Holanda), teve entre suas candidatas uma modelo plus size (Miss Nepal) e duas mães (as misses Colômbia e Guatemala).
Vale lembrar, além de Logina ser a primeira mulher com vitiligo do concurso, ela também se enquadra nas recentes novas regras do Miss Universo, que permite agora a candidatura de mães e mulheres de qualquer idade. A novidade é histórica, uma vez que isso nunca havia ocorrido em mais de 70 anos de existência da competição, criada em 1952, e passou a valer a partir de janeiro de 2024. Antes disso, só podiam estar na competição misses entre 18 e 28 anos.
Atualmente Logina mora em Dubai e se prepara para defender o Egito no Miss Universo 2024, que acontece na Cidade do México, capital mexicana, e terá seu pontapé inicial no começo de novembro. A 73ª edição do mundial deve bater recorde com cerca de 130 candidatas. Quem passa a coroa é a nicaraguense Sheynnis Palacios, vencedora da última edição, em El Salvador.
Com informações da Folha de S.Paulo
PL de Glória Carratte que cria o Mapa da Violência contra Mulheres e Crianças, vai à sanção do prefeito

O Projeto de Lei (PL) nº 436/2023 de autoria da vereadora Glória Carratte (PSB), que dispõe sobre a criação do Mapa da Violência contra Mulheres, Crianças, Adolescentes e Pessoas Idosas, em Manaus, foi aprovado no Plenário Adriano Jorge, da Câmara Municipal de Manaus (CMM), após segunda discussão e encaminhado à sanção do prefeito, na manhã desta quarta-feira (16/10).
O PL tem o objetivo de elaborar e agrupar estatísticas de acordo com a localidade da cidade de Manaus, de toda e qualquer forma de violência cometida contra mulheres, crianças, adolescentes ou pessoas idosas. De acordo com o projeto, os dados deverão ser tabulados e analisados, sendo extraídos preferencialmente dos atendimentos realizados pelas áreas da Assistência Social, da Saúde e da Educação.
“A iniciativa reforça todo o conjunto de esforços na direção de reconhecer a violência contra esses grupos vulneráveis, e são esses números que vão permitir dimensionar os problemas. Fico muito feliz com o encaminhamento do projeto à sanção”, ressaltou a vereadora Glória Carratte.
Seleção vai examinar Neymar na Arábia, mas prega cautela com retorno ao Brasil
A CBF vai enviar o médico Rodrigo Lasmar para a Arábia Saudita nos próximos dias. A ideia é ver de perto como Neymar está.
A confederação brasileira recebe poucas informações do Al-Hilal e conversa diretamente com Neymar, que está recuperado da cirurgia no joelho esquerdo realizada em novembro de 2023.
O atacante diz que se sente bem e treina normalmente, mas ainda não sabe quando voltará a jogar. Ele não foi inscrito no Campeonato Saudita, porém, poderia atuar na Champions League da Ásia a partir da próxima segunda-feira (21). Essa informação foi inicialmente publicada pela ESPN e confirmada pelo UOL.
Dorival Júnior não tem pressa e quer Neymar apenas quando ele se sentir preparado. O técnico não gosta da ideia de levá-lo só para treinar. Os próximos jogos da seleção serão contra Venezuela e Uruguai, nos dias 14 e 19 de novembro.
Dorival conversará com Rodrigo Lasmar após a viagem dele para a Arábia Saudita e definirá se Neymar estará ou não na pré-lista que precisa ser entregue até o dia 27. A convocação está prevista para 1º de novembro.
Antes dos possíveis compromissos pela seleção, Neymar poderia atuar pelo Al-Hilal três vezes: duas pela Champions Asiática e uma pela Copa do Rei. Esses duelos seriam bom termômetro para o Brasil.
Em setembro, o técnico do Al-Hilal, Jorge Jesus, disse que Neymar só voltaria a jogar em 2025. A declaração ocorreu antes do atleta voltar a treinar em campo e mostrar boa evolução.
A CBF entende que Jorge Jesus centraliza as informações e dificulta essa comunicação com o departamento médico brasileiro. Até por isso Rodrigo Lasmar vai se inteirar in loco do assunto.
Com informações do Uol
Fiocruz Amazônia mostra extração do DNA humano para estudantes do Alto Solimões
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2024, da Fiocruz Amazônia, desembarcou no município de Tabatinga, no Alto Solimões, a 1.108 quilômetros de Manaus, com a finalidade de proporcionar um contato mais próximo entre os estudantes da região e o conhecimento científico, produzido nos laboratórios de pesquisa da instituição. Durante dois dias (15 e 16), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), foram realizadas oficinas e rodas de conversa demonstrando de maneira simples que o acesso à Ciência, Tecnologia e Inovação é possível e mais fácil do que se imagina. As atividades ocorreram na sede do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM-Campus Tabatinga), um dos 17 campis mantidos pela instituição no interior do Amazonas.
Uma das atividades foi a oficina de Extração do DNA de Células da Mucosa Bucal, experimento desenvolvido pela mestranda em Hematologia Maria Gabriella Santos Vasconcelos, biomédica especialista em Imunologia e Microbiologia. Antes, numa roda de conversa, Gabriela, junto com a aluna de Iniciação Científica da Fiocruz Amazônia, Jehovana Victorio Salgado, faz uma panorâmica sobre a trajetória da Biomedicina no Brasil, que se entrelaça na história de várias mulheres cientistas, que se destacaram na ultima década em pesquisas nas áreas de câncer e na pandemia de Covid-19.
“Para se ter uma ideia, 80% dos profissionais de Biomedicina no País hoje são mulheres e isso significa que provavelmente a presença de grandes personalidades femininas na Biomedicina possa estar impactando nessa busca de mulheres pelo curso fazendo com que tenhamos maior presença feminina na academia”, observa Gabriela. Ela explica que as duas atividades foram possíveis graças ao Programa Meninas e Mulheres na Ciência, que tem como objetivo despertar o interesse de estudantes pela vocação científica. “Na roda de conversa, falo da minha própria experiência, as facilidades e dificuldades de se iniciar a carreira de cientista”, salienta.
Estrutura do DNA
Na oficina, como forma de aguçar ainda mais a curiosidade das jovens estudantes, Gabriela mostra um pouco, na teoria e na prática, como funciona a estrutura do DNA e os cromossomos, comprovando ser possível, através de uma técnica bem simples, fazer a extração desse material, e enxergar o DNA a olho nu”, explica a biomédica.
A experiência foi inspiradora para a turma, composta em sua maioria por alunas, que acompanharam atentamente as atividades protagonizadas por duas mulheres, uma aluna de Iniciação Científica e uma mestranda. “Estou gostando muito da experiência e como ela vai afetar os meus estudos principalmente em Biologia. Achei muito interessante e espero ter oportunidade de participar de mais rodas de conversa e oficinas da Fiocruz”, afirmou a aluna do curso de Informática do IFAM – Campus Tabatinga, Sofia Elizabeth de Oliveira Anampa, 15. Ela participou da atividade prática junto com a amiga de turma, Eloá Bezerra da Silva, 15. “A experiencia muito legal e nunca tivemos oportunidade de fazer um experimento como esse e me sinto honrada”, frisou Eloá.
Gabriela explica que para estimular o interesse dos estudantes pensou numa forma didática, porém técnica, para trazer conceito e prática numa única experiencia. “A ideia é fazer com que elas entendam que a ciência pode ser feita em casa e se entenderem isso podem colaborar também para a divulgação científica e acender a vontade de fazer pesquisa”, finalizou.
Para a aluna de Iniciação Científica Jehovana Salgado, a experiencia tem sido gratificante. “A Iniciação Científica abriu meus olhos para novas oportunidades e conhecer a vida em um laboratório mais estruturado como o da Fiocruz Amazônia me ajudou a crescer muito”, afirmou Jehovana, que é venezuelana e residente no Brasil há seis anos.
Com informações da Fiocruz Amazônia
DPE e MP-AM ajuízam ação cobrando medidas urgentes para mitigar os impactos da seca em Maués
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) e o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) protocolaram uma Ação Civil Pública (ACP) na Justiça com pedido de tutela de urgência exigindo uma série de medidas para mitigar o impactos da seca histórica deste ano na zona rural do município de Maués.
Agentes de saúde que atuam na área afetada e moradores relataram à DPE-AM que o socorro humanitário ainda não chegou em escala suficiente. Os relatos “evidenciam uma situação de violação de direitos em curso”.
A ACP requer que Estado e Município distribuam água potável e cestas básicas para todas as famílias residentes na zona rural classificadas nos planos de contingência municipal de 2024 e 2023 como estando em situação de risco enquanto durar o período da estiagem.
A ação requer também o fornecimento e uma quantidade maior de hipoclorito de sódio às comunidades para a realização da purificação da água.
Os autores cobram que o Governo do Estado apresente, no prazo de cinco dias, da data para a retomada da distribuição das cestas básicas remanescentes, alocadas no Fórum de Justiça da Comarca de Maués. O governo também deverá apresentar, no prazo de dez dias, o cronograma e o plano de ação para a entrega e instalação das 600 caixas d’água destinadas ao município, apontando especificamente as comunidades que as receberão e os critérios utilizados na escolha.
A ação requer ainda que município de Maués que apresente os documentos relativos ao repasse da verba federal no valor de R$ 1,9 milhão, além do “plano de ação e o cronograma das atividades a serem desenvolvidas pelo poder público municipal no combate à seca e demais atividades nas quais a verba será empregada, de forma detalhada, sob pena de multa no mesmo valor do repasse federal, cuja destinação será posteriormente indicada”.
Por fim, a ACP solicita a concessão liminar da tutela de urgência para o bloqueio do valor de R$ 1,9 referente ao repasse federal para a execução de ações da Defesa Civil em resposta à seca.
Crise hídrica e alimentar
A ação foi ajuizada após constatações de graves violações de direitos humanos e omissões governamentais na gestão da crise hídrica e alimentar, conforme relatos e registros obtidos em fotos e vídeos.

Em meio à seca histórica, as comunidades ribeirinhas de Maués enfrentam o desabastecimento de água potável, alimentos e outros recursos essenciais, como energia elétrica e transporte.
Segundo dados da Defesa Civil, há aproximadamente 270 comunidades na zona rural de Maués, onde vivem cerca de 30 mil pessoas. Em apenas 144 comunidades há poços artesianos, o que não garante que todas as famílias da região tenham acesso à água potável, uma vez que muitas delas vivem nas chamadas cabeceiras, que estão distantes da sede da comunidade, embora ainda se considerem parte dela para fins de contabilização.
O documento enviado à Vara da Fazenda Pública da Comarca de Maués descreve que a seca já afeta a vida urbana da cidade, resultando em desabastecimento, quedas de energia e dificuldades de navegação. “[…] na zona rural, ela compromete o mínimo existencial dessas comunidades, que dependem do rio não apenas para transporte, mas também para pesca, consumo de água e escoamento de suas plantações”, enfatiza a ACP, que também registra que já há localidades em isolamento.
Falta de água potável
Os relatos colhidos pela DPE-AM apontaram que o acesso à água potável é principal demanda das comunidades rurais. A ação civil explica que milhares de pessoas residem em comunidades sem poço artesiano e, entre as que têm, muitas enfrentam problemas como bombas queimadas ou a simples existência de poço perfurado, sem a instalação de caixa d’água ou bomba d’água.
“Assim, a maioria das populações rurais tem recorrido a olhos d’água ou cacimbas, para obter água para consumo pessoal, uma vez que a água dos rios, que antes era utilizada, ou secou completamente ou se tornou imprópria para o consumo devido à presença de sedimentos sólidos não decantados”, observa trecho da ação.
Sem planos de resposta
Apesar da gravidade da situação, a prefeitura e o governo estadual não apresentaram planos adequados para enfrentar a crise. A única medida estadual registrada foi a promessa de entrega de 600 caixas d’água, mas ainda sem prazo para envio.
Sobre a ação
A Ação Civil Pública é assinada pelas defensoras Daniele dos Santos Fernandes e Mila Barreto do Couto, do Polo de Maués da DPE-AM, e pelos promotores de Justiça Miriam Figueiredo da Silveira e Roberto Martins Verçosa.
Proposta de Roberto Cidade estimula participação dos alunos da rede estadual em pesquisas científicas
Para incentivar e ampliar o acesso dos alunos da rede pública estadual às iniciativas de ciência e tecnologia, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), apresentou e teve aprovado por unanimidade dos parlamentares o Projeto de Lei nº 73/2023, que cria a Política de Incentivo à Iniciação da Pesquisa Científica para Estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino. O PL aguarda sanção governamental.
“A pesquisa científica é um instrumento de grande importância para construção e propagação do conhecimento, contribui para a promoção de atividades tecnológicas e é uma estratégia para o desenvolvimento econômico e social do Estado. É uma área que requer investimentos e ações que a fortaleçam e a estimulem. Com o desenvolvimento da ciência, pesquisa e tecnologia, nossos estudantes tendem a construir um futuro melhor para eles e para a sociedade”, afirmou o deputado presidente.
De acordo com o projeto, os estudantes da educação básica da rede pública estadual de ensino serão estimulados à iniciação científica, por meio do protagonismo no processo de construção e reconstrução de conhecimento em favor do bem comum; da promoção do processo de ensino-aprendizagem, com atividades relacionadas com o campo científico; da ampliação do estudo, da pesquisa, da ciência, da inovação e do desenvolvimento de competências à aprendizagem.
O PL incentiva, ainda, o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; a promoção das atividades humanísticas, científicas e tecnológicas como estratégias para o desenvolvimento econômico e social do Estado; a disseminação das ações de pesquisa entre os estudantes, estimulando a realização de debates e a produção de novos conhecimentos; o fortalecimento da divulgação da ciência e a valorização da cultura científica e participação nos processos criativos de resolução dos problemas sociais e de melhoria da qualidade de vida e bem-estar social.
“A participação dos estudantes no grupo de atividades será de caráter facultativo e gratuito, mas tenho certeza de que todos terão interesse em fazer parte dele. A demanda surgiu de solicitações de alunos que enxergam a importância de manterem habilidades que reflitam em oportunidade de crescimento pessoal e profissional. É dentro dessa perspectiva que a inserção do ensino científico aos estudantes se torna mais um instrumento valioso para aprimorar qualidades, conhecimento e estimular o início da formação de profissionais voltados à ciência e pesquisa, além de prepará-los para o ensino superior”, disse.
A iniciação científica é uma forma de pesquisa acadêmica, na qual o estudante participa de um projeto de investigação orientado por um professor. Ela serve como um primeiro contato com a construção do conhecimento científico e ajuda a despertar o interesse pelo universo acadêmico. Por meio da pesquisa, o aluno adquire um pouco mais de experiência dentro de sua área de atuação.
Novas baterias vêm para acabar com onda de incêndios em carros elétricos
Os incêndios em veículos elétricos têm sido um dos principais pontos de preocupação para a indústria automotiva e consumidores.
Recentemente, o assunto voltou a emergir no noticiário depois que os furacões Helene e Milton atingiram o sudeste dos Estados Unidos, incendiando alguns veículos do tipo devido ao contato da água salgada com componentes presentes nas respectivas baterias.
As baterias de íons de lítio, amplamente utilizadas atualmente, oferecem alta densidade energética, mas também apresentam riscos de incêndio quando danificadas ou sobrecarregadas.
No entanto, uma novidade promete melhorar a segurança e acabar com a incidência de incêndios.
Inovações tecnológicas
A empresa LG Chem afirma ter desenvolvido uma tecnologia que pode parar incêndios em baterias antes que eles comecem – ou até mesmo extingui-los depois que eles têm início.
Uma dessas inovações é um separador de bateria para evitar que células sobrecarregadas entrem em combustão.
Esse separador oferece uma camada adicional de segurança, controlando a célula no nível do eletrodo individual e impedindo a propagação de curtos-circuitos e incêndios.
Semelhante a um fusível elétrico, consiste em uma camada de um micrômetro de espessura de material composto entre o cátodo e o “coletor de corrente” que muda sua estrutura molecular quando as temperaturas excedem uma determinada faixa, de 90 ºC a 130 ºC.

Isso ajuda a isolar o cátodo e o ânodo, cujo contato é uma causa de incêndios em baterias. Essas mudanças químicas se revertem quando a temperatura da bateria retorna ao normal.
Ao perfurar baterias convencionais de óxido de lítio-cobalto, a LG Chem informa que os pacotes pegaram fogo 84% das vezes, enquanto as baterias de níquel-cobalto-manganês sempre pegaram fogo quando pesos de 10 kg foram jogados sobre elas.
Em baterias com o “fusível” adicionado pela LG, no entanto, a taxa de fogo das baterias de lítio caiu para um alegado 0%. A taxa de fogo das baterias de níquel-cobalto-manganês, por sua vez, caiu para 30% – e todos os incêndios se apagaram logo depois.
“É inegável que os veículos elétricos apresentem menor risco de incêndio em comparação com veículos a combustão. Entretanto, como qualquer nova tecnologia entrando no mercado de massa, os veículos elétricos despertam desconfiança e polêmica. Por isso, o comportamento de um incêndio em uma bateria preocupa os usuários e corpos de bombeiros pelo mundo. Nas tecnologias de produção em massa empregadas comercialmente, alguns materiais presentes nas baterias são inflamáveis. Portanto, sem o devido gerenciamento térmico é possível ocorrer um incêndio autossustentável e de difícil extinção”, analisa Rodrigo Vicentini, diretor de Componentes da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) e gerente de Engenharia para a América Latina da KeySight.
Baterias de estado sólido
Outra tecnologia para prevenção de incêndios em carros elétricos são as baterias de estado sólido, consideradas mais seguras do que as baterias de íons de lítio.
Essas baterias utilizam materiais sólidos em vez de líquidos, o que reduz significativamente o risco de curto-circuito e incêndio – além disso, são capazes de armazenar mais energia em um espaço menor, aumentando, assim, a autonomia dos veículos.
Porém, ainda existem desafios a serem superados, como a complexidade na fabricação dessas baterias de estado sólido e a durabilidade das respectivas células.
Fabricantes como a Toyota e a Volkswagen estão otimistas, com previsões de introduzir essas baterias em seus veículos por volta de 2026 a 2027, antecipando a produção em massa.
A performance em temperaturas extremas também é uma preocupação.
