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Atleta apoiada pela Prefeitura de Manaus se destaca em campeonato nacional

Foto: Divulgação

Com incentivo e apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Manaus Esporte (FME) e do programa “Manaus Olímpica”, a jovem atleta Juliany Sthefany Cavalcante Pedrosa, da Associação Master de Atletismo do Amazonas (Amam), brilhou no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa Sub-16 de Atletismo, realizado de 1° a 3 de novembro, na Vila Olímpica da Parayba, em João Pessoa. A competição, promovida pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) com apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), reuniu aproximadamente 900 atletas de até 15 anos, oriundos de 20 estados do Brasil. 

Juliany, de 15 anos de idade, conquistou seu melhor desempenho pessoal na prova do Salto com Vara, alcançando a marca de 2,30 metros e garantindo o 6º lugar, além de se manter como a segunda colocada no ranking Norte e Nordeste Sub-16 e líder do ranking Norte e Nordeste Sub-18 da modalidade. A atleta também participou da prova dos 80 metros com barreiras, onde marcou o tempo de 16 segundos e 27 centésimos, e alcançou a terceira posição na fase classificatória, mas infelizmente não avançou para a final. 

Representando a Prefeitura de Manaus e o estado do Amazonas, Juliany destacou a importância do apoio do programa “Manaus Olímpica”, que concede passagens aéreas para que jovens atletas possam competir em torneios nacionais e internacionais, como o Brasileiro de Atletismo Sub-16. 

“Eu quero agradecer à Prefeitura de Manaus, à Fundação Manaus Esporte por essa oportunidade de competir representando a cidade e o estado na competição do Campeonato Brasileiro de Loterias Caixas Sub-16 de Atletismo aqui em João Pessoa, nas provas do Salto com Vara e dos 80 metros com barreiras, conquistando os meus melhores resultados”, declarou a atleta. 

O diretor-presidente da FME, Aurilex Moreira, parabenizou Juliany pelo excelente desempenho e reforçou o compromisso da Prefeitura de Manaus com o desenvolvimento do esporte local. “Juliany tem demonstrado uma evolução notável e um alto nível de competitividade no atletismo nacional. O apoio da prefeitura é fundamental para que jovens talentos, como ela, possam buscar seus sonhos e alcançar o máximo de seu potencial em grandes competições. Nossa missão é fortalecer o esporte de base, para que ele continue a revelar atletas de destaque que levam o nome de Manaus e do Amazonas para o Brasil e o mundo”, afirmou.

Com informações da Fundação Manaus Esporte

 

Agnaldo Rayol: Pesquisas mostram que 70% dos idosos sofrem graves quedas em casa

Foto: Reprodução

O cantor Agnaldo Rayol, de 86 anos, morreu nesta segunda-feira (4), em São Paulo. Segundo nota divulgada pela família, a morte foi resultado de uma queda em seu apartamento durante a madrugada. O artista estava acompanhado de um cuidador. Ele foi levado ao Hospital HSANP, mas não resistiu ao ferimento na cabeça.

O envelhecimento é um dos mais frequentes fatores de risco para quedas graves, tanto pela dificuldade de mobilidade e de equilíbrio como pela fragilidade do corpo em resistir ao impacto. A baixa densidade de massa muscular no organismo, também conhecida como sarcopenia, também é consequência do envelhecimento e aumenta a fragilidade

A queda de idosos dentro da própria casa é mais comum do que se imagina e tem alta taxa de incidência. A Associação Médica Brasileira (AMB), por exemplo, estima que, anualmente, 50% da população com mais de 65 anos sofre com quedas e, 70% destas ocorrem dentro de casa. Entre as principais causas estão: diminuição da acuidade visual e queda na massa e força muscular devido à idade.

O problema mais comum é a queda da própria altura (QPA), ou seja, quando a pessoa cai no próprio nível em que se encontra (o famoso tropeço).

Em idosos, esse tipo de queda, pode comprometer todo o restante da vida do paciente, pois o isolamento causado pela recuperação que pode exigir alguns dias na cama, causa uma queda acentuada de massa por não estar fazendo exercícios. Há também a dificuldade de se alimentar, beber água, realizar pequenas tarefas em casa, entre outras ações que eram mais fáceis de realizar no dia a dia.

Como prevenir as quedas

Especialistas afirmam que, sempre que possível, as casas em que moram idosos devem ser térreas, sem a presença de escadas. Caso elas sejam necessárias, é importante instalar corrimãos nos dois lados para que a pessoa possa ter mais segurança na hora de subir ou descer.

Retirar todos os tapetes para evitar tropeços também é importante, bem como móveis baixos com quinas pontiagudas. As maçanetas e puxadores também não podem ser pontudos. O interruptor deve estar acessível e é bom ter um abajur perto da cama do idoso. Outro recurso relevante é ter uma luz de emergência, caso ocorra um blecaute.

O ideal é acrescentar recursos de segurança como barras de apoio no banheiro, ao lado do vaso sanitário e no chuveiro, sensores de luz no caminho do quarto para o banheiro, piso antiderrapante, e criar circulações mais largas nos corredores, retirando poltronas, vasos, ou qualquer objeto que possa atrapalhar a passagem.

Outras mudanças podem ser feitas também dentro do banheiro, como o vaso sanitário que deve ser mais alto para que o idoso faça a menor força possível ao se sentar e levantar e o box que, preferencialmente, não deve ser de vidro. Deixar o espaço aberto ou apenas com uma cortina é o ideal.

Sarcopenia, a grande vilã

Médicos alertam que as quedas em idosos são preocupantes, especialmente em pessoas acima dos 80 anos, podendo causar perda de mobilidade, diversas complicações de saúde e até a morte, como foi o caso de Agnaldo Rayol.

A sarcopenia diminui a massa muscular, a força e, com isso, a qualidade de vida de pessoas idosas, especialmente as sedentárias. A síndrome se caracteriza pela perda de massa muscular com diminuição da força. Esses fenômenos, que são simultâneos, acontecem sem dar sinais. As causas estão relacionadas a fatores nutricionais, hormonais e de estilo de vida.

Com isso, é comum aumentar a incidência de desequilíbrios e quedas com consequências graves, como fraturas de fêmur e traumatismo craniano. O risco de fraturas fica ainda maior se considerarmos que existe uma estreita associação entre a sarcopenia e a osteoporose, afirmam especialistas.

Além das pessoas com idade mais avançada, a sarcopenia pode acometer também um grande número de pacientes com doenças crônicas, como diabéticos, hipertensos, portadores de doenças cardiovasculares, autoimunes ou com dor crônica. Isso porque, por suas condições, esses indivíduos acabam tendo baixo nível de mobilidade e atividade física, e baixa ingestão de nutrientes específicos, especialmente proteínas.

É preciso destacar que a sarcopenia tem um impacto enorme na qualidade de vida dos idosos. Isso porque o paciente sarcopênico tem mais chance de desenvolver condições agudas, como infecções e traumas. Além disso, há mais risco de instabilizar o controle de doenças crônicas.

Como consequência, é maior a chance de hospitalização e incidência de complicações clínicas e cirúrgicas, com maior tempo de internação e mais dificuldades no processo de desospitalização e reabilitação funcional. A sarcopenia é a comorbidade mais frequente em idosos internados por qualquer causa.

Impacto da alimentação

É muito comum que, com o envelhecimento, o idoso comece a se interessar mais por alimentos fáceis de mastigar e digerir, comumente, os carboidratos. Isso ocorre, muitas vezes, por questões ligadas à dentição, diminuição de enzimas, dificuldades na digestão, desaceleração do ritmo intestinal, entre outras.

Assim, essas pessoas privam-se de alimentos ricos em proteína, como carne, ovos e laticínios (de origem animal); as oleaginosas como feijão, lentilha, grão de bico, ervilha e soja (no reino vegetal) ou os grãos integrais como aveia e castanhas.

Segundo especialistas, a ingestão de proteína costuma ser bem abaixo do ideal em todos os grupos etários. Nesse sentido, o consumo ideal de proteína para uma pessoa adulta com risco de sarcopenia está relacionado ao seu peso, na proporção de 1,5 a 2 gramas a cada quilo.

Por isso, é comum os idosos precisarem de acompanhamento nutricional para conseguir obter a quantidade necessária de proteína que, às vezes, tem que ser resolvida via suplementação.

Por Márcia Costa Rosa

Projeto quer usar IA para alertar sobre incêndios e invasores usando os sons da floresta

Incêndios florestais de grandes dimensões atingem a Terra Indígena Kayapó, no Pará - Foto: Marizilda Cruppe / Greenpeace Brasil / Divulgação

Para tentar evitar incêndios florestais, ou ajudar a responsabilizar os de autoria criminosa, um pesquisador quer identificar o fogo a partir de seu barulho, usando inteligência artificial.

Marcelo Vieira batizou o projeto de Greenbug. São estações de captação de som, com energia solar, espalhadas por uma determinada área de floresta e conectadas.

O barulho é registrado no que se chama de fotografia sonora, uma forma que computadores traduzem as ondas sonoras, de forma que cada ruído tem sua própria imagem.

A partir da coleta de diferentes fontes, Vieira começou a treinar sua inteligência artificial para identificar, nestas fotos, as características de cada som.

E agora quer que ela seja capaz de perceber as peculiaridades sonoras do fogo, por exemplo, a partir do barulho nas folhas ou do estalar dos galhos.

Os incêndios que se alastraram pelo país são em grande maioria causados pelo homem, em boa parte em ações criminosas, que acontecem num contexto de quase total impunidade.

Uma das dificuldades para identificar o autor destes atos é que a apuração do local onde um incêndio começou é feita sobretudo via satélite, e o processamento das imagens demora horas, até dias.

Assim, até que um alerta de incêndio seja dado, seu responsável já pode estar longe do local.

Onda de incêndios atingiu cidades do interior de SP – Foto: Reprodução / Defesa Civil de SP

A identificação do som do fogo, por outro lado, pode ser feita na própria máquina desenvolvida por Vieira, e assim emitir um alerta rapidamente.

O projeto Greenbug ainda capta recursos. Atualmente conta com apoio da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Sua clientela, até aqui, são fazendeiros e empresas de segurança.

“Há uma dificuldade de monitorar áreas remotas, onde não é possível deixar um vigilante circulando 24 horas por dia, por exemplo”, diz Vieira.

Atualmente a inteligência reconhece alguns tipos de som com mais de 80% de precisão, acrescenta.

“Criamos nossa base de dados, em campo, com o dispositivo armazenando amostras de para treinar o algoritmo. No ano passado, por exemplo, foram 34 mil registros de sons de fauna, trovão, aviões, motos, carros, caminhões.”

Os sons de motores, por exemplo, são muito diferentes dos sons da natureza e identificados com praticamente 100% de precisão, diz ele. Para diferenciar uma motosserra de uma motocicleta, explica, eventualmente a máquina pode se confundir.

Vozes humanas e latidos de cachorros também são captáveis e podem alertar para a presença de invasores.

Carros e caminhões, por outro lado, são incluídos pelo robô até aqui numa mesma categoria: veículos. Já os helicópteros, amplamente utilizados pelo garimpo ilegal, têm uma característica sonora própria que a máquina percebe com facilidade.

Foto: Brigada de Alter do Chão (PA)

Quanto mais sons ela processa, mais aprende a diferenciá-los.

“E dá para fazer interações entre vários dispositivos espalhados numa área. Dá para saber se uma moto passou por um ponto, depois por outro, mas não por um terceiro, então ela deve ter parado depois do segundo.”

A inteligência artificial também é capaz de identificar sons de animais, como de diferentes pássaros a partir dos seus cantos.

*Com informações de Folha de São Paulo

Manaus volta a ter conexão direta com Lisboa e Wilson Lima destaca impulso ao turismo

Foto: Diego Peres / Secom

Durante cerimônia de reinauguração do voo Manaus-Lisboa, o governador Wilson Lima destacou o incentivo do Estado para ampliar a malha de voos internacionais tendo Manaus como rota. O retorno do trecho entre a capital amazonense e Portugal foi reaberto oficialmente nesta segunda-feira (4), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, o sexto voo internacional que começou a operar na atual gestão.

“Um voo como esse abre possibilidades muito grandes para a questão do turismo, não só para os europeus que vão usar Portugal como essa ponte para poder chegar à Amazônia, mas, também, os brasileiros que vão usar Manaus como ponto de apoio. Nós também vislumbramos a possibilidade de poder exportar alguns dos produtos nossos que são fabricados na Zona Franca de Manaus”, afirmou o governador Wilson Lima.

O voo será operado pela companhia TAP Air Portugal e faz parte da estratégia do Governo do Amazonas de conectar o estado ao mercado europeu, fortalecendo o turismo da região amazônica. A rota Manaus-Lisboa estava paralisada desde 2016 e, na ocasião, também era executada pela companhia aérea portuguesa.

Segundo levantamento da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), a expectativa com o resgate do voo na gestão do governador Wilson Lima é de um acréscimo de 15% no fluxo de turistas internacionais, facilitando o deslocamento de estrangeiros para o Amazonas.

Além do governador, estiveram presentes na solenidade de inauguração o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos; o CEO da TAP, Luis Rodrigues; o diretor de turismo de Portugal, Bernardo Cardoso; o presidente da Amazonastur, Ian Ribeiro; o gerente de conectividade da Embratur, Phelipe Karan; e a CCO da Vinci Airports de Portugal, Karen Strougo.

“Eu estou em estado de choque de forma positiva porque, como vocês podem imaginar, como presidente da TAP já abri muitas rotas, mas garanto que nunca tivemos uma festa assim. Manaus e o Amazonas prometem algo muito promissor para a TAP e estamos muito felizes por contribuir. Quero muito agradecer ao governador, à embaixada de Portugal, à Vinci, à Embratur e a todas as entidades”, disse o CEO da TAP Air, Luís Rodrigues.

De acordo com o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, as primeiras movimentações para retomada do voo começaram em 2021. Ele destacou a importância do voo para firmar as relações entre Portugal e o Brasil.

“Nas minhas primeiras viagens pelo Brasil vim a Manaus, em 2021, e uma pauta das mais importantes era essa retomada da TAP aqui na cidade. Estou assistindo mais uma conexão forte da TAP que não é apenas uma conexão entre Portugal e o Brasil, mas o reforço dos laços entre os países e entre os povos”, afirmou o embaixador de Portugal, Luís Ramos.

Voo direto

O voo terá capacidade para 154 passageiros e duração de 11 horas e 45 minutos, considerado o fuso horário de Portugal, realizando uma escala em Belém, no Pará. A rota Manaus-Lisboa terá frequência de três vezes na semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.

O advogado João Bosco Valente, de 55 anos, viaja pela primeira vez para Portugal. O amazonense citou as vantagens de um voo mais rápido para o país e, consequentemente, conseguir se deslocar pela Europa.

“Acho que é uma oportunidade de unir mais o Brasil com Portugal. E agora vai criar mais uma proximidade, um voo mais rápido para conseguir chegar lá. É uma oportunidade para a gente conhecer a Europa. Chegando em Lisboa, você já consegue ir para outros lugares com mais facilidade”, afirmou o advogado.

Em setembro, a Amazonastur promoveu para cerca de mil agentes de turismo europeus um treinamento on-line sobre os principais atrativos turísticos do Amazonas. Disponibilizada em seis idiomas, a capacitação tem como objetivo impulsionar a chegada dos turistas ao Amazonas. A ação foi realizada em parceria com a Embratur, TAP e Agência Brasileira de Agências de Viagens (Abav).

Articulação

Desde 2019, a gestão do governador Wilson Lima ampliou a malha aérea com novas rotas internacionais saindo da capital do Amazonas. Além disso, o Estado também tem incentivado a expansão da malha aérea com a concessão de benefícios para reduzir a carga tributária sobre o combustível da aviação.

Entre os destinos ligados à capital, atualmente, estão Miami e Fort Lauderdale, na Flórida, nos Estados Unidos. Os voos são operados pelas companhias Gol e Azul Linhas aéreas, respectivamente. Outro trecho internacional é o voo para o Panamá, operado pela companhia Copa Airlines. Na América do Sul, há voos diretos para Bogotá, na Colômbia, pela Avianca, e Puerto de Ordaz, na Venezuela, por meio da Conviasa.

Com informações da assessoria

Mike Tyson se mostra disposto a ‘morrer no ringue’ em luta contra Jake Paul

Luta de Boxe entre Jake Paul e Mike Tyson vai acontecer em novembro - Foto: Reprodução

Em meio a uma onda de críticas, muitas delas em torno da diferença de idade entre eles, Mike Tyson e Jake Paul ficarão frente a frente no próximo dia 15 de novembro, no Texas (EUA), para duelarem no ringue de boxe. Mas, ao que tudo indica, a preocupação quanto à saúde do veterano, de 58 anos, se restringe ao público de fora.

No trailer oficial da série ‘Countdown’, Tyson destacou a importância de continuar em atividade na sua vida, mesmo já com a idade avançada, e foi além. De acordo com o ex-campeão mundial de boxe, é preferível morrer em cima do ringue, fazendo o que gosta, do que doente e hospitalizado.

“Se eu vencer, eu serei imortal… Não quero morrer em uma cama de hospital; eu quero morrer no ringue”, afirmou Mike Tyson.

Saúde em risco?

A preocupação com a saúde de Mike Tyson vai além da sua idade, considerada avançada para a prática de esportes de combate. O próprio duelo contra Jake Paul, inicialmente marcado para julho, precisou ser adiado e remarcado para novembro por recomendação médica após um episódio de mal-estar do ex-campeão mundial de boxe quando se preparava para fazer uma viagem de avião.

*Com informações de Uol

Justiça condena médica que espalhou fake news sobre câncer de mama não existir

Médica é processada por espalhar fake news sobre câncer de mama não existir (Foto: Reprodução / Instagram)

A Justiça do Pará condenou a médica Lana Tiani Almeida da Silva após a profissional alegar, em vídeo publicado no Instagram, que o câncer de mama “não existe” e que a mamografia causaria inflamação, contrariando as principais evidências científicas e recomendações das autoridades de saúde.

No processo, movido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a juíza Lailce Ana Marron da Silva Cardoso, da 9ª vara Cível e Empresarial de Belém, determinou que Lana retire imediatamente do ar as publicações.

Além disso, a decisão proíbe a médica de alegar que o exame da mamografia é prejudicial à saúde, sob pena de multa diária de R$ 1,5 mil, e de anunciar tratamentos que não tenham comprovação científica.

Na publicação que motivou o caso, Lana disse para “esquecer o Outubro Rosa”: “Câncer de mama não existe (…) Esqueçam a mamografia”, falou. No mesmo vídeo, defendeu uma terapia sem evidências de reposição hormonal para reverter o quadro que, segundo ela, seria uma inflamação crônica por acúmulo de cálcio.

Na decisão, a juíza diz que “o perigo de dano está comprovado pela indevida conduta da ré, ao promover descredibilização dos métodos científicos de diagnóstico e tratamento do câncer de mama, bem como na indevida divulgação de método de tratamento, desenvolvido por profissional não médico, sem qualquer comprovação científica e, principalmente, no imenso e irresponsável risco à saúde da população, o qual, em concreto, pode ser irreversível”.

Nas redes, Lana diz ser médica especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. No entanto, a plataforma do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que não há especialidades cadastradas em seu nome. Após a repercussão do vídeo, o Conselho Regional de Medicina do Pará disse que o “fato será objeto de apuração”, mas destacou que o procedimento tramita sob sigilo.

Entidades médicas se posicionaram em repúdio à declaração. Em nota, o CBR disse estar “preocupado com a repercussão dos depoimentos” e ressaltou a segurança das mamografias.

“O acesso da mulher ao exame de mamografia pode salvar vidas e evitar tratamentos mais onerosos em estágios avançados do câncer de mama (…) Não há qualquer evidência científica reconhecida que atribua à realização de um exame de mamografia ser um fator de risco para o surgimento de câncer na mama ou qualquer outro órgão ou parte do corpo humano e nem a causa de inflamações ou outros transtornos de saúde para as mulheres”, afirmou.

Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologistas e Obstetras (FEBRASGO) publicaram uma nota conjunta citando “fake news que vem circulando em quase todo o Brasil” e reforçando a orientação para a realização de mamografias.

Segundo os dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 65,7 mil novos casos de câncer de mama no ano passado e 20,3 mil mortes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a neoplasia é a mais comum em mulheres depois do câncer de pele não melanoma.

Com informações de O Globo

 

Presidente da Aleam incentiva o reuso de resíduos sólidos a partir da campanha ‘Lixo Zero’

Foto - Rodrigo Brelaz

Entusiasta das iniciativas que buscam diminuir os impactos sobre o meio ambiente, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), é autor da Lei que estabelece a “Semana Lixo Zero”. A campanha tem o objetivo de despertar nos servidores da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a consciência sobre o descarte correto de materiais que podem ser reaproveitados, conforme o que preconiza a Lei nº 5.414/2021, que incluiu o evento no calendário de atividades socioambientais do Amazonas.

“Precisamos, cada vez mais, implementar políticas públicas específicas e abrangentes sobre o descarte correto do lixo produzido pela população. Somente com a promoção de práticas sustentáveis será possível reduzir a geração de resíduos e dar a nossa contribuição para um futuro melhor e mais habitável. A gente precisa trabalhar a questão ambiental com a população e começar cedo com os pequenos é a melhor alternativa”, afirmou o deputado presidente da Aleam.

A campanha “Semana Lixo Zero” visa à promoção de políticas públicas conscientes e voltadas à gestão adequada dos resíduos sólidos, além de incentivar a sociedade a refletir sobre a relevância da gestão dos resíduos e o fomento de ações sustentáveis. Uma das atividades promovidas durante a campanha deste ano foi a doação das tampinhas de plástico arrecadadas por meio do programa “Tampinha Legal”, coordenada pela Comissão de Saúde e Previdência e a Diretoria de Assistência Social.

As tampinhas arrecadadas no decorrer de 2024 foram repassadas ao Grupo de Apoio às Mulheres Mastectomizadas do Amazonas (Gamma), que transforma a doação em recursos para apoio às mulheres atendidas pela instituição. “A promoção da economia circular e solidária é uma estratégia vital para o desenvolvimento sustentável. A reutilização de materiais, a reciclagem e a inclusão social por meio da criação de oportunidades de emprego nas áreas de gestão de resíduos são aspectos essenciais para reduzir o impacto ambiental e promover a equidade social”, explicou a diretora de Assistência da Aleam, Karla Estald.

‘Semana Lixo Zero’

A “Semana Lixo Zero” já existe em mais de 200 cidades brasileiras. A iniciativa faz parte de uma corrente de responsabilidade social e ambiental, com a redução da geração de lixo e o reaproveitamento máximo dos resíduos.

Conforme dados do Ambientebrasil, as latas de alumínio demoram de 200 a 500 anos para se decomporem, os plásticos até 450 anos e o vidro tem tempo indeterminado, mas seus impactos são duradouros.

Com informações da assessoria

Degradação da Amazônia reduz potencial de mitigação do aquecimento global, diz relatório

Foto: Getty Images

A Floresta Amazônica está perdendo sua capacidade de regular o ciclo da água e seu papel de remoção de carbono da atmosfera, o que pode impactar todo o planeta. É o que destaca o relatório anual: Dez novas percepções sobre o Clima, que compreende as principais descobertas das pesquisas sobre questões ambientais e climáticas globalmente. As evidências sobre a Amazônia foram incluídas com a contribuição do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

Ameaças ambientais como o fogo, a extração de madeira, a expansão da agricultura e grandes construções como barragens e estradas, além do aumento de eventos climáticos extremos reduzem a resiliência da floresta. Sinais preocupantes da degradação têm surgido, impactando a capacidade da floresta de remover carbono da atmosfera.

O estudo alerta que o aumento da degradação pode intensificar os efeitos da emergência climática alterando fatores determinantes para a saúde da vegetação, como a temperatura e a umidade, podendo gerar um colapso em partes bioma, que pode ser irrecuperável. Segundo a CCAL, calculadora de carbono do IPAM, em 2022, a Amazônia acumulava 47,2 bilhões de toneladas de carbono em sua vegetação, já tendo perdido até então mais de 10,6 bilhões de toneladas devido à degradação do ecossistema, que já alcança mais de um terço da floresta.

“Mais de 16% da água do planeta tem seu ciclo regulado pela Amazônia, a floresta é um dos maiores sumidouros de gases de efeito estufa do mundo. Parar a degradação do bioma é urgente pois isso está impactando esses dois serviços ecossistêmicos fundamentais”, aponta Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM e uma das autoras da publicação.

A recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento de comunidades locais é indicado no relatório como uma saída para aumentar a resistência do bioma aos efeitos das mudanças climáticas conservando seus serviços ecossistêmicos.

O documento também recomenda políticas necessárias para evitar que a Amazônia atinja seu ponto de não retorno, entre elas o fortalecimento de Leis ambientais que combatam a degradação, nos países que abrigam a Amazônia; a continuação de financiamento para programas de monitoramento e rastreamento de commodities e o apoio a povos indígenas e comunidades locais para o desenvolvimento de uma economia sustentável.

Intensificação da emergência climática 

Além da degradação da Floresta Amazônica, o relatório também revela outras nove descobertas da Ciência relativas ao clima nos últimos dois anos. Muitas delas apontam para uma intensificação do aquecimento global e suas consequências como: o aumento da emissão de metano; ondas de calor estão tornando mais regiões do planeta inabitáveis; o El Nino tem piorado seus efeitos, aquecendo os oceanos; e extremos climáticos estão ampliando riscos à gravidez e à saúde de crianças.

Há também apontamentos positivos, como o registro do potencial de um sistema que integra tecnologia e ecologia para tornar cidades mais resistentes a desastres climáticos como ondas de calor e inundação. Sugestões relativas à gestão de minerais, de modo a gerar uma transição energética mais justa e, ainda, como construir políticas energéticas justas aumenta a aceitação do público a essas mudanças.

Com informações do Ipam / Clima Tempo

Trump x Kamala: como eleição americana pode mudar o mundo

Montagem mostra a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, à esquerda, e o ex-presidente americano Donald Trump à direita - Foto: Brendan Smialowski e Patrick T. Fallon / AFP

Quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passou por Kiev em fevereiro de 2023, em uma visita surpresa para demonstrar solidariedade a Volodymyr Zelensky, seu homólogo ucraniano, as sirenes de ataque aéreo soaram. “Senti algo… mais forte do que nunca”, lembrou ele mais tarde. “Os Estados Unidos são um farol para o mundo.”

O mundo agora aguarda para ver quem vai assumir o comando desse autodenominado farol depois que os americanos forem às urnas na eleição presidencial de 5 de novembro. Será Kamala Harris, seguindo os passos de Biden com sua convicção de que “nestes tempos instáveis, está claro que os Estados Unidos não podem recuar”? Ou será Donald Trump, com sua esperança de que o “americanismo, e não o globalismo” vai guiar o caminho?

Vivemos em um mundo em que o valor da influência global dos Estados Unidos está sendo questionado. As potências regionais estão seguindo seus próprios caminhos, os regimes autocráticos estão fazendo suas próprias alianças, e as guerras devastadoras em Gaza, na Ucrânia e em outros lugares estão levantando perguntas incômodas sobre o valor do papel de Washington.

Mas os Estados Unidos são um país importante devido ao seu poderio econômico e militar e ao seu papel de destaque em muitas alianças.

Conversei então com alguns especialistas em diferentes áreas para ouvir suas reflexões sobre as consequências globais desta eleição tão importante.

Poderio militar

“Não posso amenizar essas advertências”, diz Rose Gottemoeller, ex-secretária-geral adjunta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Donald Trump é o pesadelo da Europa, com os ecos de sua ameaça de se retirar da Otan nos ouvidos de todos.”

Os gastos de defesa de Washington equivalem a dois terços dos orçamentos militares dos outros 31 membros da aliança militar. Além da Otan, os EUA gastam mais em suas Forças Armadas do que os 10 países seguintes juntos, incluindo China e Rússia.

Trump se gaba de estar jogando duro para forçar outros países da Otan a cumprir suas metas de gastos, que é de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) — apenas 23 dos países membros atingiram esta meta em 2024. Mas suas declarações erráticas ainda são chocantes.

Destruições causadas pelo bombardeio israelense em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, 20 de outubro de 2024 – Foto: Islam AHMED

Se Harris vencer, Gottemoeller acredita que “a Otan vai estar, sem dúvida, em boas mãos em Washington”. Mas ela também tem uma advertência a fazer. “Ela vai estar pronta para continuar trabalhando com a Otan e a União Europeia para alcançar a vitória na Ucrânia, mas não vai recuar na pressão [de gastos] sobre a Europa.”

Mas a equipe de Harris na Casa Branca vai ter que governar com o Senado ou a Câmara, que em breve podem estar nas mãos dos republicanos, e vão estar menos inclinados a apoiar guerras no exterior do que seus colegas democratas.

Há uma sensação cada vez maior de que, independentemente de quem se torne presidente, vai aumentar a pressão sobre Kiev para encontrar maneiras de sair dessa guerra, já que os legisladores dos EUA estão cada vez mais relutantes em aprovar grandes pacotes de ajuda.

Aconteça o que acontecer, diz Gottemoeller, “não acredito que a Otan deva ruir”. A Europa vai precisar “dar um passo à frente para liderar”.

O pacificador?

O próximo presidente dos EUA vai ter que trabalhar em um mundo que enfrenta o maior risco de confronto entre grandes potências desde a Guerra Fria.

“Os EUA continuam sendo o ator internacional mais significativo em questões de paz e segurança”, afirma Comfort Ero, presidente e CEO da ONG International Crisis Group.

“Mas seu poder de ajudar a resolver conflitos está diminuindo”, ela adverte.

As guerras estão se tornando cada vez mais difíceis de acabar.

“Os conflitos mortais estão se tornando mais intratáveis, com a competição entre grandes potências se acelerando, e potências médias em ascensão”, diz Ero sobre o atual cenário. Guerras como a da Ucrânia atraem várias potências, e conflitos como o do Sudão colocam os participantes regionais com interesses concorrentes uns contra os outros, e alguns investem mais na guerra do que na paz.

Um outdoor em Teerã mostra o presidente iraniano e um líder da Guarda Revolucionária frente a frente com Biden e Netanyahu – Foto: ATTA KENARE / AFP via Getty Images / BBC News Brasil

De acordo com ela, os Estados Unidos estão perdendo a posição de destaque moral. “Os atores globais percebem que eles aplicam um padrão às ações da Rússia na Ucrânia, e outro às ações de Israel em Gaza. A guerra no Sudão foi palco de atrocidades terríveis, mas é tratada como uma questão em segundo plano.”

Uma vitória de Harris, segundo Ero, “representa a continuidade do atual governo”. Se Trump vencer, ele “pode dar a Israel mais liberdade em Gaza e em outros lugares, e já insinuou que poderia tentar fazer um acordo com Moscou em relação à Ucrânia, passando por cima de Kiev”.

Sobre o Oriente Médio, a candidata democrata repetiu várias vezes o apoio firme de Biden ao “direito de Israel de se defender”. Mas ela também fez questão de enfatizar que “a matança de palestinos inocentes tem que parar”.

Trump também declarou que é hora de “voltar à paz, e parar de matar pessoas”. Mas ele teria dito ao líder israelense, Benjamin Netanyahu, para “fazer o que tem que fazer”.

O candidato republicano se orgulha de ser um pacificador. “Vou alcançar a paz no Oriente Médio, e em breve”, ele afirmou em entrevista à TV Al Arabiya, da Arábia Saudita.

O ex-presidente prometeu expandir os Acordos de Abraham de 2020. Esses acordos bilaterais normalizaram as relações entre Israel e alguns Estados árabes, mas foram amplamente vistos como tendo marginalizado os palestinos e, em última análise, contribuído para a atual crise sem precedentes.

Em relação à Ucrânia, Trump nunca esconde sua admiração por homens fortes como o presidente russo, Vladimir Putin. Ele deixou claro que quer acabar com a guerra na Ucrânia e, assim, com o forte apoio militar e financeiro dos EUA. “Eu vou sair. Temos que sair”, ele insistiu em um comício recente.

Em contrapartida, Harris disse: “Tenho orgulho de estar ao lado da Ucrânia. Vou continuar a apoiar a Ucrânia. E vou trabalhar para garantir que a Ucrânia prevaleça nesta guerra.”

Mas Ero tem receio de que, independentemente de quem for eleito, as coisas possam piorar no mundo.

Donald Trump é retirado de comício após sons de supostos tiros interromperem evento – Foto: Anna Moneymaker / Getty Images via AFP

Negócios com Pequim

“O maior choque para a economia global em décadas”. Esta é a opinião de Rana Mitter, um renomado acadêmico especializado em China, sobre as tarifas de 60% propostas por Trump sobre todos os produtos chineses importados.

A imposição de custos elevados à China e a muitos outros parceiros comerciais tem sido uma das ameaças mais persistentes de Trump em sua abordagem “Estados Unidos em primeiro lugar”. Mas Trump também elogia o que ele considera ser sua forte conexão pessoal com o presidente Xi Jinping. Ele disse ao conselho editorial do Wall Street Journal que não precisaria usar força militar contra um eventual bloqueio de Pequim a Taiwan, porque o líder chinês “me respeita, e sabe que sou louco”.

Mas tanto os principais republicanos quanto os democratas apresentam um comportamento agressivo neste sentido. Ambos consideram que Pequim está empenhada em tentar ofuscar os Estados Unidos como a potência mais importante.

Mas Mitter, historiador britânico que dá aula de relações internacionais entre EUA e Ásia na Harvard Kennedy School, vê algumas diferenças. Com Harris, ele diz, “as relações provavelmente se desenvolveriam de forma linear a partir de onde estão agora”.

Se Trump vencer, o cenário será mais “fluido”. Por exemplo, em relação a Taiwan, Mitter aponta para a ambivalência de Trump sobre se ele sairia em defesa de uma ilha distante dos Estados Unidos.

Os líderes da China acreditam que tanto Harris quanto Trump serão duros. Mitter vê isso como “um pequeno grupo de defensores do establishment que preferem Harris sob o argumento de que ‘melhor o adversário que você já conhece’. Uma minoria significativa vê Trump como um homem de negócios cuja imprevisibilidade pode significar uma grande barganha com a China, por mais improvável que isso pareça”.

Crise climática

“A eleição nos EUA é extremamente importante não apenas para seus cidadãos, mas para o mundo todo, devido ao imperativo urgente da crise climática e da natureza”, diz Mary Robinson, atual presidente do Elders, um grupo de líderes mundiais fundado por Nelson Mandela. Ela é ex-presidente da Irlanda, e já ocupou o cargo de alta comissária da ONU para os direitos humanos.

“Cada fração de grau é importante para evitar os piores impactos das mudanças climáticas e impedir um futuro em que furacões devastadores, como o Milton, sejam a norma”, acrescentou.

No entanto, enquanto os furacões Milton e Helene ganhavam força, Trump ridicularizou os planos e as políticas ambientais para enfrentar essa emergência climática, classificando como “um dos maiores golpes de todos os tempos”. Muitos esperam que ele saia do acordo climático assinado em Paris em 2015, como fez em seu primeiro mandato.

Kamala Harris ou Donald Trump? Especialistas explicam o que está em jogo nas eleições de 5 de novembro – Foto: BBC News Brasil

Mas Robinson acredita que Trump não pode deter o ímpeto que está ganhando força. “Ele não pode interromper a transição energética dos EUA, e reverter os bilhões de dólares em subsídios verdes… nem pode deter o incansável movimento climático não federal.”

Ela também fez um apelo a Harris, que ainda não detalhou sua própria posição, para que se apresente “para mostrar liderança, aproveitar o ímpeto dos últimos anos e estimular outros grandes emissores a apressar o passo”.

Liderança humanitária

“O resultado das eleições nos EUA tem um significado imenso, dada a influência incomparável que os Estados Unidos exercem, não apenas por meio de seu poderio militar e econômico, mas por meio de seu potencial de liderar com autoridade moral no cenário global”, diz Martin Griffiths, um mediador de conflitos veterano que, até recentemente, era subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários e coordenador de ajuda de emergência.

Ele vê mais luz adiante se Harris vencer. “Uma presidência de Harris representa essa esperança”, ele me diz. Em contrapartida, “um retorno à presidência de Trump, marcada pelo isolacionismo e unilateralismo, oferece pouco além de um aprofundamento da instabilidade e da desesperança global”.

Os Estados Unidos também são o maior doador individual no que diz respeito ao sistema da ONU. Em 2022, eles forneceram um valor recorde de US$ 18,1 bilhões.

Mas no primeiro mandato de Trump, ele cortou o financiamento de várias agências da ONU e se retirou da Organização Mundial da Saúde (OMS). Outros doadores se esforçaram para preencher as lacunas — que é o que Trump queria que acontecesse.

Mas Griffiths destaca uma desesperança cada vez maior na comunidade humanitária e fora dela, e critica a “hesitação” do governo Biden em relação à deterioração da situação no Oriente Médio.

Os chefes das agências de ajuda humanitária condenaram repetidamente o ataque mortal do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra civis israelenses. Mas também pediram repetidas vezes que os EUA fizessem muito mais para acabar com o profundo sofrimento dos civis em Gaza e no Líbano.

Biden e seus altos funcionários pediram repetidamente mais ajuda para Gaza e, às vezes, isso fez a diferença. Mas os críticos dizem que a ajuda e a pressão nunca foram suficientes. Um aviso recente de que parte da assistência militar vital poderia ser cortada adiou a decisão para depois das eleições nos EUA.

Foto: Ross D. Franklin / TT

“A verdadeira liderança virá do enfrentamento das crises humanitárias com clareza moral inabalável, fazendo da proteção da vida humana a base da diplomacia e da ação dos Estados Unidos no cenário mundial”, avalia Griffiths.

Mas ele ainda acredita que os Estados Unidos são uma potência indispensável. “Em uma época de conflitos e incertezas globais, o mundo anseia que os Estados Unidos enfrentem o desafio de uma liderança responsável e baseada em princípios… Nós exigimos mais. Nós merecemos mais. E ousamos esperar por mais.”

*Com informações de Terra

PF indicia ‘Colômbia’ e diz que Bruno e Dom morreram ao fiscalizar crimes

Foto: Reprodução

As “atividades fiscalizatórias” feitas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista Dom Phillips em Atalaia do Norte (AM) motivaram os assassinatos dos dois, concluiu inquérito da Polícia Federal, que indiciou nove pessoas pelas mortes.

Rubén Dario da Silva Villar, o “Colômbia”, foi indiciado pela PF como o mandante e patrocinador dos homicídios. Para o órgão, ele “forneceu cartuchos para a execução do crime, patrocinou financeiramente as atividades da organização criminosa e interveio para coordenar a ocultação dos cadáveres das vítimas”.

Os outros oito indiciados teriam cometido o homicídio e trabalhado na ocultação dos cadáveres. O inquérito foi concluído na sexta-feira (1º). Bruno e Dom foram mortos em 5 de junho de 2022.

Investigação da PF identificou atuação de organizações criminosas ligadas à caça e pesca predatória na região. Segundo o órgão, servidores da área de proteção ambiental e populações indígenas no Vale do Javari passaram a sofrer ameaças e sentir os impactos ambientais da movimentação ilegal na área.

Investigações sobre outras ameaças a indígenas são conduzidas, diz PF. Em nota, o órgão afirmou que continua monitorando os riscos sofridos pelos habitantes da região do Vale do Javari.

Relembre o caso

Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho de 2022, durante uma viagem na Amazônia. Os restos mortais deles foram encontrados dez dias depois. A perícia concluiu que eles foram mortos a tiros, esquartejados, queimados e enterrados.

Em janeiro, a PF prendeu um homem apontado como “principal comparsa” do mandante dos assassinatos. Ele seria aliado e informante de Rubén Dario da Silva Villar, o “Colômbia”, que seria o responsável por mandar matar Bruno e Dom. Colômbia já cumpria pena por falsificação de documentos de identidade e chefiar organização criminosa transacional.

Em dezembro do ano passado, a PF prendeu um homem apontado como segurança de Colômbia. Ele foi detido por porte ilegal de arma de fogo quando os policiais vasculhavam sua casa no bojo das investigações sobre os homicídios.

Em manifestação em frente ao local do velório, várias pessoas buscavam resposta para a pergunta “quem mandou matar Dom e Bruno? – Foto: Facebook

Outros cinco suspeitos se tornaram réus pela ocultação dos corpos das vítimas em abril de 2024. São eles: Francisco Conceição de Freitas, Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa de Oliveira.

Quem era Bruno Pereira

Bruno era apontado como um defensor dos povos indígenas e atuante na fiscalização de invasores, como garimpeiros, pescadores e madeireiros. Ele era servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio).

Bruno foi exonerado do cargo de coordenador-geral de Índios Isolados e de Pouco Contato da Funai, em outubro de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro. Ainda assim, ele não se afastou da região, onde seguiu atuando como consultor da Univaja. Bruno deixou a esposa e o filho.

Quem era Dom Phillips

Correspondente do jornal The Guardian, Dom Phillips nasceu na Inglaterra, mas escolheu morar no Brasil 15 anos antes de morrer. Ele iniciou a carreira de jornalista pela paixão por música e viajou ao Brasil para finalizar um livro em 2007. Ele tinha o plano de passar alguns meses no país, mas acabou ficando de vez.

Dom morou no Rio de Janeiro, onde conheceu a esposa, mas se mudou para a Bahia, terra natal dela, em 2012. Em Salvador, ele trabalhava como professor de inglês voluntário nos bairros Marechal Rondon e Alto do Cabrito em um projeto da Universidade Federal da Bahia, Fiocruz-BA e Universidade de Liverpool.

Dom conheceu Bruno, em 2018 em uma reportagem para o Guardian. Os dois fizeram parte de uma expedição de 17 dias pela Terra Indígena Vale do Javari, uma das maiores concentrações de indígenas isolados do mundo. O interesse em comum pelo Vale aproximou o jornalista do indigenista.

*Com informações de Uol

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