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“Repugnante e abominável”, dispara filha a Elon Musk após ataque a Taylor Swift

Foto: Reprodução / Internet

Vivian, filha mais velha de Elon Musk, detonou o bilionário em sequência de posts na rede social Threads, na quarta (11). A jovem, de 20 anos, abordou o tweet machista que seu pai fez sobre a cantora Taylor Swift e não economizou nas críticas.

Antes, vale o contexto de toda essa treta. Em 11 de setembro, Taylor publicou um post em que anuncia seu apoio a Kamala Harris contra Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. No texto, assina como “solteirona dos gatos”, em alusão à declaração dada por JD Vance, vice da chapa republicana, em 2021, quando ele disse que o país estava tomado por “um monte de solteirona dos gatos, sem filhos, infelizes com as suas próprias vidas”.

Após a manifestação de Taylor Swift, Elon Musk compartilhou um tweet machista em seu perfil para a cantora. “Tudo bem, Taylor… Você venceu… Eu te darei um filho e protegerei seus gatos com a minha vida”, disparou.

Por isso, ao enaltecer o posicionamento de Taylor, Vivian aproveitou para mandar um recado a Musk. “Sim, eu vi o tweet [de Elon Musk]”, esclareceu, antes de rotular o pai de “incel repugnante”. “Eu realmente não tenho nada a acrescentar sobre isso, é simplesmente abominável”, continuou. O termo incel descreve homens incapazes de encontrar uma parceira romântica e que descontam suas frustrações com ódio direcionado a mulheres.

Ela concluiu: “Isso é óbvio, e se você não consegue ver isso, então você faz parte do problema. Eu só gostaria de dizer aos meus seguidores: não deixem que as pessoas falem com vocês desse jeito. É nojento, desrespeitoso e incrivelmente sexista. Vocês merecem algo melhor”.

Na sequência, acrescentou: “Eu realmente não sou a maior fã desse assunto. Afinal, sou uma pessoa independente, com meu próprio nome. No entanto, sinto que isso precisava ser dito, mesmo que seja algo extremamente óbvio”.

Esse é mais um capítulo público do desentendimento entre pai e filha. Ainda em julho, Vivian sofreu ataques transfóbicos de Elon Musk e se defendeu. Na ocasião, o CEO da Tesla atacou Vivian, que é uma mulher trans, por causa de sua redesignação de gênero e mudança de nome em 2022, quando completou 18 anos. A própria garota pediu a alteração de sua identidade e quis tirar o sobrenome dele para não “estar relacionada com meu pai biológico de qualquer forma”.

Vivian e seu irmão gêmeo, Griffin, são frutos do relacionamento de Musk com sua primeira esposa, Justine. Eles ainda tiveram trigêmeos e um filho que morreu logo após o nascimento. Além dos seis, o empresário é pai de mais seis com outras duas mulheres, Grimes e Shivon.

Com informações da Revista Monet

Eliakin Rufino, Neuber Uchôa e Zeca Preto se apresentam hoje no Teatro Amazonas

Foto: Jorge Macedo

Na noite deste domingo (15), às 19h, Eliakin Rufino, Neuber Uchôa e Zeca Preto celebram 40 anos do Trio Roraimeira, com participações especiais, no Teatro Amazonas. Entre os convidados estão Euterpe, Halisson Crystian, Leka Denz, Nathana Lindey e Kell Silva, além de Tauã Uchôa, Odara Rufino e Miro Garcia, filhos do trio que é referência em Roraima. A entrada é gratuita.

Para Leka Denz, estar no palco com o Trio Roraimeira em uma ocasião que celebra os 40 anos de história desse movimento é um privilégio e uma consagração artística.

“Desde que iniciei minha carreira como cantora e compositora, os tenho como grandes referências norteadoras do meu trabalho. Eles foram fundamentais para a construção da minha identidade artística e o despertar do sentimento de pertencimento que tenho por Roraima”, afirma a artista. “Tenho profunda admiração e carinho por eles e todos os integrantes desse elenco, então é um show muito afetivo para mim”.

“Me sinto privilegiada em viver no mesmo tempo de compositores como Eliakin Rufino, Neuber Uchôa e Zeca Preto”, reforça a cantora Euterpe .

Ela destaca que o Movimento Cultural Roraimeira é um acontecimento na arte nacional, é uma das manifestações mais criativas do nativismo na Amazônia. Segundo Euterpe, retrata ainda em suas canções o estado de Roraima de uma forma alegre e festiva, a partir das veredas estéticas da beleza das paisagens naturais, e dos costumes interculturais do nosso povo.

“O Roraimeira nos envolve em um grande abraço fraterno de amor à  arte e a cultura, de respeito entre os povos, de contemplação da natureza e de valorização de tudo que é nosso, deixando um legado artístico musical para as novas gerações”, comenta Euterpe.

Kell Silva conta que, desde muito pequeno, sempre foi encantado por tudo aquilo que era de criação no estado, o regional.

“É o que vem da terra, da nossa gente, e o Roraimeira sempre teve essa essência, de escrever nossos costumes, nossas manias, nosso modo de viver. Então quando me descobri como compositor, eu vi que me sentia bem à vontade, de fazer e viver essa estética musical já construída por eles, e simplesmente colocar minha musicalidade nisso”, pontua o compositor. “Agora, neste momento tão especial, pude ser agraciado de comemorar os 40 anos de estrada, de um movimento consolidado, consistente, com a cara de Roraima, dividir o palco com meus ídolos e ver que eu sou a continuidade de um movimento tão importante”.

Show

Durante a apresentação, o Trio Roirameira vai ser acompanhado pela banda formada por Amaury Gomes (percussão), Alfredo Rolins (bateria), Vitor Piani (guitarra) e Sérgio Barros (baixo). O show vai compor o documentário “Roraimeira”, com registro audiovisual em Manaus feito pela La Xunga Produções.

O circuito comemorativo iniciou na primeira semana de setembro, com shows no Centro Amazônico de Fronteiras (CAF), na Universidade Federal de Roraima; e no Mormaço Cultural, no Teatro Municipal de Boa Vista.

A equipe técnica em na capital amazonense, coordenado por Carol Uchôa na produção executiva, tem Líber na direção de palco, Renato França na assistência de produção, Haroldo Cruz na coordenação técnica, Ryan Cristofer no som, José Elpídio na iluminação, Winícius Sousa na projeção e Manuella Barros na assessoria de imprensa.

O projeto tem apoio cultural do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Prefeitura Municipal de Boa Vista, via Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista, e Fecomércio Roraima.

Movimento Roraimeira

Neuber Uchôa, Eliakin Rufino e Zeca Preto se uniram nos anos 80, em um movimento homônimo com uma série de espetáculos de música, dança, poesia, artes plásticas e fotografias com temática regional.

As riquezas naturais, costumes, sotaques, miscigenação e valorização das raízes dos povos originários foram as principais fontes de inspiração dos três artistas.

Com informações da assessoria

Especialistas lutam para salvar a maior árvore do Brasil ameaçada pelo garimpo ilegal

A maior árvore da América Latina, um angelim-vermelho de 88,5 metros de altura, pertence a uma espécie dependente de luz cujas mudas são intolerantes à sombra; daí seu crescimento em busca do sol (Foto cedida por Havita Rigamonti / Imazon / Ideflor-Bio)

O angelim-vermelho (Dinizia excelsa Ducke), árvore que pode atingir quase 90 metros de altura, deve ser protegido por seu valor simbólico e ecológico, segundo especialistas e órgãos ambientais.

Encontrada em vários estados brasileiros, a espécie está sendo ameaçada pela invasão do garimpo ilegal e pelo desmatamento que está atingindo até mesmo as áreas protegidas. As autoridades do Pará e do Amapá estão se esforçando para proibir seu corte.

Os especialistas destacam que, além da legislação, os estados também precisam combater as atividades ilegais e proteger as árvores através de melhorias nas inspeções locais.

“O que torna essas árvores tão especiais ainda é um grande mistério, e é preciso tempo e estudos para desvendá-lo” diz Eric Gorgens. O professor de análise espacial e ambiental da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) está falando sobre o angelim-vermelho (Dinizia excelsa Ducke), árvore amazônica com altura de até 60 metros encontrada em várias áreas de floresta tropical do Brasil e da Guiana. Mas foi na Bacia do Rio Jari, entre Pará e Amapá, que angelins de até quase 90 metros de altura foram descobertos há alguns anos, em uma expedição da qual Gorgens fez parte. Até então, os cientistas não imaginavam que árvores tão altas existissem na Amazônia.

“O clima tropical traz muitas dificuldades para a sobrevivência das árvores devido ao ambiente agressivo, à alta umidade, aos ventos fortes e à favorabilidade a pragas e doenças” acrescenta Gorgens. “Apesar desse cenário, a mais alta tem entre 400 e 600 anos de idade, 88,5 metros de altura e é capaz de sequestrar carbono equivalente a uma floresta de 1 hectare com um dossel médio de 45 metros.”

Com a COP30 das Nações Unidas a ser realizada em 2025 em Belém, os esforços para proteger legalmente as árvores gigantes ganharam impulso. No Pará, o Ideflor-Bio (Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade) pretende reduzir a área da Flota Paru (Floresta Estadual do Paru) (Floresta Estadual do Paru) e criar um parque estadual totalmente protegido, em uma área de cerca de 562 mil hectares, para ajudar a preservar os angelins-vermelhos. A unidade de conservação abriga o mais alto angelim-vermelho conhecido e é a terceira maior reserva de floresta tropical de uso sustentável do mundo, com 3,6 milhões de hectares.

Angelins-vermelhos de diferentes tamanhos povoam a Floresta Estadual do Paru, no Pará. A área, no entanto, está ameaçada pela mineração e pelo desmatamento.

Atualmente, a Floresta Estadual do Paru tem status de unidade de conservação de uso sustentável, que permite atividades de manejo florestal, como a extração de madeira e de produtos não madeireiros e o ecoturismo. “Nossa intenção é garantir a segurança da maior árvore da Amazônia e da América Latina”, diz Crisomar Lobato, diretor de gestão da biodiversidade do Ideflor-Bio. O órgão tem realizado expedições ao noroeste da Flota Paru, onde se encontra a maior dessas árvores. A mais recente ocorreu entre 16 e 29 de maio, quando os cientistas coletaram informações sobre a flora, a fauna, o solo e a topografia locais.

“Precisamos do máximo de dados possível para tentar mudar o status de proteção do angelim-vermelho”, diz Lobato. “Estamos contando com a COP30 para nos ajudar com [a proteção dos] angelins-vermelhos.”

De acordo com Lobato, o Ideflor-Bio encaminhará a proposta de criar um parque estadual ao governo do Pará ainda este ano. Se implementada, a nova UC será de proteção integral.

Pouca ajuda local

Os especialistas, no entanto, ressaltam que a criação de novas áreas de proteção integral, permitindo apenas atividades de pesquisa científica e educação ambiental, também precisa de supervisão de campo.

“Mudar a categoria de proteção de uma área não é suficiente”, diz Jakeline Pereira, pesquisadora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e assessora da Flota do Paru. “É uma iniciativa boa e necessária, mas não deveria ser a única. Desde a criação da floresta, em 2006, o governo do Pará nunca fez uma inspeção de campo no local.”

A escassez de recursos alocados para as operações de campo e a falta de integração entre os órgãos governamentais resultaram, nos últimos anos, em um aumento da mineração ilegal na floresta e em outras áreas protegidas onde se encontram os angelins-vermelhos.

“Há uma grande diferença entre fazer um sobrevoo e percorrer o território [a pé]” , diz Pereira. “Muitos garimpos ilegais de ouro na Flota Paru trabalham com mineração aluvial, que não abre clareiras [na floresta] e é difícil de detectar sobrevoando.”

Em uma das expedições, Pereira e outros pesquisadores detectaram várias minas ilegais ao longo da rota. “A exploração de ouro existe há muitas décadas na região e não é uma linha imaginária com os limites do [futuro] parque que impedirá a chegada da mineração”, ela argumenta. “A Reserva Biológica de Maicuru, que tem angelins gigantes e fica próxima à Flota do Paru, é um exemplo. É uma unidade de proteção integral, mas a mineração ilegal nunca foi removida de lá. Isso pode ser comprovado por imagens de satélite e dados do MapBiomas.”

Em 2009, mais de 600 garimpeiros estavam ativos na Flota Paru, de acordo com dados da S (emasSecretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade). Atualmente, são mais de 2.000.

Em outubro de 2023, em uma ação controversa, o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, autorizou a Mineração Carará Ltda a explorar ouro na UC, apenas três meses após a empresa ter apresentado o pedido. O proprietário da Mineração Carará, Eduardo Ribeiro Carvalho Pini, foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter atividades de mineração ilegal na própria floresta. O pedido, que ainda carece de licenciamento ambiental, está na Semas para análise. Pinto não respondeu ao pedido de entrevista da Mongabay.

“O conselho consultivo [da floresta] pede inspeções de campo, mas eles dizem que as operações contra a mineração ilegal exigem coordenação com outros órgãos governamentais, como o Ibama e a polícia federal,” disse Pereira. “Há três funcionários do Ideflor para supervisionar as florestas de Trombetas, Paru e Faro, uma área de 7,1 milhões de hectares. A Semas, por outro lado, tem que fiscalizar todo o estado, e o sul da Floresta do Paru sofre com o desmatamento devido à mineração. Se a UC não está muito desmatada [96% de sua cobertura vegetal permanece], isso se deve à dificuldade de acesso à região, e não à ação do governo.”

Lobato, do Ideflor-Bio, concorda que o que as UCs mais precisam é de mais agentes de campo. “Fazemos o que podemos com sobrevoos e monitoramento por satélite. A agência tem uma estrutura pequena, com 162 funcionários administrativos.”

Uma pesquisa do Ideflor de 2015 — quando o Pará tinha 21 unidades de conservação — mostrou a necessidade de 300 agentes de fiscalização em campo. Desde então, o número de UCs estaduais subiu para 28. “O governo está reestruturando a inspeção do Paru para expandi-la em 2025”, diz o diretor.

Do outro lado do Rio Jari, no Amapá, os angelins-vermelhos não estão melhor protegidos. Dos seis exemplares encontrados no estado, um está na Floresta Estadual do Amapá, uma UC semelhante ao Paru. Outros quatro estão localizados na região do Rio Cupixi e o último em um assentamento agroextrativista, no município de Mazagão. A Flota do Amapá é administrada pelo Núcleo de Gestão Integrada (NGI) ICMBio Amapá Central, unidade que também supervisiona o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, que abriga dezenas de angelins-vermelhos.

Quatro dos doze funcionários do NGI Amapá Central precisam gerenciar cerca de 3,7 milhões de hectares de terra. “Mas é uma realidade melhor do que há dois anos, quando havia apenas duas pessoas no NGI”, disse Cristoph Jaster, analista ambiental da unidade. “As operações de campo não são frequentes; seria ótimo se fossem uma vez por mês. Precisamos de apoio policial para segurança, e do Ibama para multas ambientais, pilotos e barcos.”

Jaster, ex-chefe do parque do Tumucumaque, disse que os primeiros alertas de desmatamento no local começaram em 2022, com 20 hectares. “Hoje são quase 80 hectares, e muito mais nos arredores imediatos, como na Bacia do Cassiporé, com mais de 1.500 hectares. Minas a céu aberto estão sendo escavadas na cabeceira do Rio Tajauí, dentro do parque, e as águas contaminadas fluem até o Rio Araguari. Houve relatos de ribeirinhos da região da Floresta do Amapá de que as águas do Araguari, que ficam a 300 quilômetros das novas frentes de mineração, estavam todas lamacentas [devido à mineração].”

Com a descoberta de seis angelins-vermelhos — e uma castanheira de 66 metros de altura — no Amapá, em outubro de 2022, a Prodemac (Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Conflitos Agrários, Habitação e Urbanismo) do MPAP (Ministério Público do estado) entregou uma minuta ao então governador Waldez Góes, propondo que as árvores se tornassem monumentos naturais — status reservado a elementos únicos da natureza — e, seus arredores, áreas de preservação permanente.

“O governador foi muito receptivo, o que nos trouxe muito entusiasmo. No entanto, houve uma mudança de governo em 2023, e ele saiu sem implementar o projeto”, diz Marcelo Moreira, promotor do Prodemac. “A ideia era que ele se tornasse um decreto, que entraria em vigor imediatamente com a assinatura do governador”, acrescenta João de Matos Filho, assistente técnico do órgão ambiental estadual. Góes é atualmente Ministro da Integração Nacional no governo Lula.

O promotor Moreira está atualmente em discussões com o governador Clécio Luís e o procurador-geral do estado sobre a mudança de status das árvores gigantes.

Enquanto isso, as operações de campo continuam raras, e a tecnologia por si só não protege as florestas. “Com as imagens de satélite, o grupo de apoio do MPAP pode ver quando uma área foi desmatada, mas visualizar uma única árvore é um desafio. Certa vez, no inverno, as nuvens cobriram o céu e, quando se dissiparam, a área de desmatamento por mineração havia dobrado”, disse Moreira. “Com o movimento pré-COP30, esperamos que nossas solicitações sejam ouvidas.”

Com informações do Notícias da Floresta / Ecoa / Uol

Promotora Leda Mara é nomeada procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do AM

Foto: Hirailton Gomes

Pela terceira vez em 132 anos, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) será chefiado por uma mulher. Com 28 anos no MPAM e vasta experiência administrativa, a promotora de Justiça de Entrância Final Leda Mara Nascimento Albuquerque, de 59 anos, irá chefiar o MPAM nos próximos dois anos (Biênio 2024-2026). Ela foi escolhida pelo governador Wilson Lima, após obter a maioria dos votos em eleição interna no MPAM e figurar na lista tríplice com 101 votos no total. É a segunda vez que Leda Mara assume o posto mais alto do MP do Amazonas, tendo comandado o Ministério Público anteriormente entre 2018 e 2020. A nomeação foi publicada no Diário Oficial deste domingo, na página 11.

A posse da nova procuradora-geral, que sucederá o atual PGJ Alberto Rodrigues do Nascimento, acontecerá no dia 15 de outubro no Teatro Amazonas, com a presença dos membros do MPAM, autoridades e convidados. A lista tríplice do MPAM havia sido encaminhada ao governador pelo Colégio de Procuradores de Justiça no último dia 3, um dia após a eleição virtual no MPAM, que definiu, entre nove concorrentes, os três mais votados por 183 promotores e procuradores.

Graduada em direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e doutoranda em Direito Constitucional pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), a nova procuradora-geral ingressou no MPAM em fevereiro de 1996. Com grande experiência administrativa, a procuradora Leda Mara Albuquerque foi secretária-geral do MPAM e subprocuradora-geral para Assuntos Administrativos do órgão, além de integrar o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) no ano de 2011, atuando em várias ações contra o crime organizado.

Durante seu primeiro mandato, Leda Mara Albuquerque imprimiu importantes realizações em sua gestão, como as entregas das promotorias novas ou reformadas de Boca do Acre, Parintins, Humaitá e Tabatinga, além de melhorias estruturais no edifício-sede em Manaus. A continuidade no processo de implantação dos sistemas SAJ (capital) e MP Virtual (interior) foi outro ponto alto da gestão, superando os desafios impostos pela pandemia de Covid-19.

Na gestão de Leda Mara Albuquerque, o órgão também se aproximou ainda mais da população, com avanços no alcance dos projetos sociais, eventos e ações, bem como na melhoria do atendimento. O biênio 2018-2020 teve como principal saldo o estreitamento dos laços entre os membros e o povo do Amazonas.

“Sou movida pelo propósito de promover mudanças estruturais e institucionais que atendam os anseios da população do Amazonas. Faremos um Ministério Público moderno e inovador”, afirmou a nova PGJ, em vídeo encaminhado aos membros durante campanha pré-eleitoral.

Trajetória e reconhecimento

Docente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) desde 1992, Leda Mara ingressou no MPAM em fevereiro de 1996, após passagem como delegada de polícia na Polícia Civil (1993-1996). No Ministério Público, além de promotora de Justiça e PGJ, integrou o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em 2011. Também foi secretária-geral, de 2015 a 2016, e subprocuradora para Assuntos Administrativos de 2016 a 2018.

Como personalidade pública, presidiu a União de Mulheres de Manaus em 1991; dirigiu a Associação Docente da Universidade Federal do Amazonas (Adua) em 1994; coordenou o Fórum de Combate ao Turismo Sexual e à Prostituição Infantojuvenil no município de Parintins (2002-2003); coordenou o Escritório Modelo “Professor Aderson Dutra” da Ufam em 2003; e chefiou o Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito da Ufam em 2006.

A nova PGJ, Leda Mara Nascimento Albuquerque, também coleciona reconhecimentos públicos: título de Cidadã Parintinense por Relevantes Serviços Prestados, concedido pela Câmara Municipal de Parintins em 2004; ordem do Mérito Judiciário TRT 11ª Região em 2018; medalha do Mérito do Ministério Público do Estado do Amazonas em 2018; medalha de Ouro Cidade de Manaus, concedida pela Câmara Municipal de Manaus em 2019; e Ordem do Mérito Judiciário do Estado do Amazonas concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) em 2020.

Solenidade de posse será em outubro

A cerimônia de posse de Leda Mara Nascimento Albuquerque como procuradora-geral de Justiça do Estado do Amazonas acontecerá no dia 15 de outubro de 2024, no Teatro Amazonas, às 17h.

A solenidade será conduzida pelo atual procurador-geral de Justiça Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior e contará com a presença dos membros do Colégio de Procuradores de Justiça, promotores, outras autoridades, entre elas o governador Wilson Lima e o prefeito David Almeida, e convidados.

Com informações do MPAM

‘Coca-Cola comunista’: bebida tcheca continua a crescer após sua criação na Guerra Fria

Em 2023, a Kofola também se lançou no mercado de cervejas (Foto: Divulgação / Kofola)

Uma bebida posta à venda pela primeira vez em 1960, em um contexto sociopolítico muito distinto do atual e que continua a fazer sucesso, em crescente expansão. Vários nomes podem ter passado por sua cabeça com essa descrição, mas duvido que tenha sido esse: Kofola.

A criação remonta a Guerra Fria, quando o mundo era dividido em dois: comunistas x capitalistas; aliados da União Soviética x aliados dos Estados Unidos. É nesse contexto que surge a bebida, na República Tcheca, que integrou o regime soviético.

Em 1957, segundo conta o site da Kofola, uma farmacêutica recebeu a tarefa de desenvolver uma bebida puramente tcheca que pudesse “competir com as bebidas de cola do ‘oeste'”. Em outras palavras, a Kofola surge como a “Coca-Cola comunista”, que perdura até os dias hoje.

Segundo o último balanço financeiro da empresa, referente ao primeiro semestre de 2024, a marca registrou aumento de 11% nas vendas. O EBTIDA — lucro antes da incidência de juros, depreciação, impostos e amortização –, uma das principais referências em um balanço de uma empresa, cresceu 21,6% comparado com o mesmo período de 2023.

Os números não se referem apenas ao refrigerante similar à Coca-Cola. Atualmente, a Kofola também é dona de algumas marcas de sucos, água mineral e outras bebidas gaseificadas. No ano passado, a empresa se lançou na indústria da cerveja.

Além da República Tcheca, Kofola possui fábricas na Eslováquia, Eslovênia e Cróacia. No TikTok, é possível encontrar vídeos de pessoas experimentando o refrigerante pela primeira vez e dando suas impressões.

Por lá, os internautas parecem estar certos de que a bebida não deixa a desejar em nada quando comparada às rivais feitas mais ao ocidente do globo.

Com informações do Terra

Eleição no MAG: Chapa Valorização & União reúne sócios para lançamento da candidatura

Foto: Assessoria

A chapa Valorização & União, que tem Juvenal Filho e Lia Castro, como candidatos a presidente e vice-presidente, respectivamente, do Movimento Amigos do Garantido (MAG), reuniu associados para o lançamento oficial da candidatura, com feijoada e toada.

Valorização dos associados, regaste de sócios efetivos e fundadores, gestão participativa, melhorias para as viagens a Parintins e um projeto de inclusão psicossocial aos sócios, são as principais propostas dos candidatos à eleição do Movimento, que acontece no próximo dia 29 de setembro, no Centro de Convenções (Sambódromo).

“Queremos valorizar os associados e resgatar quem está afastado para juntos trabalharmos pelo Boi Garantido, que é nossa principal missão com a Associação”, enfatizou Nanal, que é sócio fundador do MAG.

Da mesma forma, Lia destacou a importância da valorização dos associados e agradeceu a presença de todos no evento. “Queremos agradecer todos que vieram dar esse voto de confiança a nossa chapa e acreditam em nossas propostas”, disse.

Ainda durante o evento, foi divulgado o jingle da campanha. Uma versão de Gaspar Medeiros à Toada “Treme Terra” na voz de David Assayag.

Foram atrações da feijoada, cantando um repertório de toadas antológicas e novas, David Assayag, Tony Medeiros, Luciano Araújo e Michael Lima.

Surpresa

Foi também anunciado o apoio dos sócios Abrahão Ferreira e David Barbosa, que faziam parte de uma terceira chapa, que desistiu da disputa para apoiar Nanal e Lia.

“Decidimos em conjunto vir para somar. Queremos o melhor pelo movimento”, resumiu Abrahão.

Os ex-presidentes do MAG, Eliana Vasconcelos e Marco Aurélio de Medeiros, além dos sócios fundadores Mencius Melo, Gleyss Freire, Clemilton Pinto, Nonata Bezerra, Pedro Guatan, Ricardo Holanda, Cris Baía, Jonas Sampaio, Paulo Euzébio, José Bonifácio e Paula Mascarenhas, entre outros, também participaram do evento demonstrando apoio à chapa.

Com informações da assessoria

Prefeitura leva ajuda humanitária a 43 comunidades ribeirinhas afetadas pela seca

Foto: Assessoria

Em uma ação da primeira fase da operação Estiagem, a Prefeitura de Manaus iniciou, neste sábado (14), no Porto de Manaus, o carregamento de balsas com kits que somam aproximadamente 100 toneladas de alimentos e quase 110 mil litros de água que serão distribuídos entre 43 comunidades ribeirinhas do rio Negro.

No total, 18 caminhões são usados para carregar os mantimentos que serão levados até a população afetada pela seca e que vive na área rural da cidade. As equipes da prefeitura, nesta operação, vão partir já na próxima semana com balsas e produtos em direção às comunidades contempladas nesta fase.

De acordo com o secretário-executivo de Defesa Civil do município, Gladiston Alves da Silva, a prefeitura está totalmente mobilizada e integrada para atender as necessidades básicas da população impactada pela estiagem severa deste ano.

“Nós estamos levando alimentos e bebidas, para que as comunidades possam se manter por 60 dias. Caso o rio Negro não volte a subir ou, mesmo voltando a subir, não atinja o limite de normalidade, a Prefeitura de Manaus vai entrar com uma segunda onda de ajuda humanitária”, destacou.

Coordenada pela Prefeitura de Manaus, a operação vai contar com a participação de oito pastas: Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), de Infraestrutura (Seminf), da Saúde (Semsa), da Segurança Pública e Defesa Social (Semseg)/Defesa Civil, de Educação (Semed), de Limpeza Urbana (Semulsp) e da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman).

Devido à estiagem, que se encaminha para ser uma das mais severas da história, o prefeito David Almeida assinou, nesta semana, o Decreto de Emergência na capital amazonense. O objetivo é facilitar a liberação e o uso de recursos do governo federal para atenuar o impacto da vazante dos rios na vida da população. A medida tem validade de 180 dias.

Com informações da assessoria

Aos 83 anos, Betty Faria volta às novelas e diz que ‘a extrema direita é contra os velhos’

Foto: Reprodução / Globo

Aos 83 anos, Betty Faria estará no elenco da próxima novela das 7 da Globo, “Volta por Cima”. Em conversa com jornalistas, ela falou sobre a importância da representatividade no novo projeto.

A personagem de Betty Faria em ‘Volta por Cima’

No novo folhetim, Betty Faria interpreta Belisa, uma rica falida. Ela faz parte da família Góis de Macedo, que é composta por ela e pelos irmãos: Joyce (Drica Moraes) e Gigi (Rodrigo Fagundes).

Eles moram em uma mansão secular que, coberta de dívidas, têm dificuldade de bancar. Venderam tudo o que tinham de alto valor, como obras de arte e carrões, e agora tentam se desfazer de algumas antiguidades que ainda restam na casa.

Belisa conserva a elegância que adquiriu em sua formação e tenta ser influencer de etiqueta nas redes sociais. Ela é doce e naturalmente fina, mas a situação financeira difícil que a família enfrenta há algum tempo lhe dá armadura e, às vezes, ela eleva o tom.

Durante o papo com a imprensa, no qual Splash esteve presente, Betty falou como esses personagens cresceram com preconceitos que agora precisarão ser desconstruídos. “São pessoas normais, mas culturalmente eles têm preconceito, eles foram criados com preconceito de casta”.

Quem vive com os irmãos é o mordomo Sebastião, o Sebastian (Fábio Lago), único funcionário que restou na casa – e com o trabalho acumulado. “O mordomo, o Sebastião, é um escravo dessa família. Ele é escravo porque o Brasil vem com a escravatura, parou com a escravatura recentemente, mas não dentro do coração das classes mais altas”, afirmou a atriz.

Betty Faria se mostra feliz em fazer parte de uma novela que dá voz aos velhos, pretos e amarelos. “Quando o André [Câmara] me convidou para fazer essa personagem, a Beliza, e me expôs a história, eu vi a importância dessa novela nesse momento. Porque com a extrema direita, neofascista, entrando no mundo da maneira que está entrando… O neofascismo é contra pretos, é contra judeus, contra gays, contra velhos que não servem para o objetivo deles”.

“A Globo colocar uma novela com protagonistas jovens e outros mais pretos é uma coisa importante, inovadora. Eu me senti muito bem de abraçar esse projeto, essa coisa nova, essa proposta revolucionária da TV Globo, da Claudia [Souto] e do André [Câmara]. É um momento que nós temos que virar essa moeda mesmo”, diz Betty.

A história de ‘Volta por Cima’

“Volta por Cima” conta a história de Madalena, uma jovem mulher batalhadora que teve que adiar seus sonhos pessoais para ajudar no sustento da família. Apesar das dificuldades, ela não esmorece diante das lutas diárias e vislumbra no empreendedorismo o caminho para um futuro mais próspero.

E também a história de Jorge, conhecido como Jão (Fabrício Boliveira), um jovem que começou como trocador de ônibus, se esforçou para conquistar o sonhado diploma de administração. Agora ele almeja um cargo melhor na empresa, mas é preterido pela indicação de um amigo da mulher do patrão.

É uma novela sobre conquistas e o preço que estamos dispostos a pagar por elas. É também sobre dinheiro, e se ele pode estar acima dos laços familiares. Uma trama que envolve amor, humor, disputas e emoção, cruzando o cotidiano de diversas classes sociais.

“Volta por Cima”, que estreia dia 30 de setembro, é criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkingson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

Com informações do Splash / Uol

Retaliação de Putin a uso de mísseis de longo alcance pela OTAN pode incluir teste nuclear

"Tomaremos decisões condizentes com as ameaças que nos serão criadas", disse Vladimir Putin (Foto: Reuters)

As opções de Vladimir Putin para retaliar se o Ocidente permitir que a Ucrânia use seus mísseis de longo alcance para atacar a Rússia podem incluir um teste nuclear — é o que dizem analistas consultados pela Reuters.

Ulrich Kuehn, um especialista em armas do Instituto de Pesquisa para a Paz e Política de Segurança em Hamburgo, disse que não descartaria Putin optar por enviar algum tipo de mensagem nuclear.

“Isso seria uma escalada dramática do conflito. Porque o ponto é, quais tipos de medidas o Sr. Putin teria então para tomar se o Ocidente continuar, além do uso nuclear efetivo?” , disse em entrevista.

Gerhard Mangott, especialista em segurança da Universidade de Innsbruck na Áustria, disse em uma entrevista que também considerava possível, embora em sua opinião não provável, que a resposta da Rússia pudesse incluir algum tipo de sinal nuclear.

“Os russos poderiam realizar um teste nuclear. Eles já fizeram todos os preparativos necessários. Poderiam detonar uma arma nuclear tática em algum lugar no leste do país apenas para demonstrar que eles realmente pretendem usar armas nucleares se for necessário.”

Crise dos mísseis

À medida que as tensões Leste-Oeste em relação à Ucrânia entram em uma nova e perigosa fase, o primeiro ministro britânico Keir Starmer e o presidente dos EUA Joe Biden se reuniram em Washington nesta sexta-feira (13) para discutir se permitirão que Kiev use mísseis ATACMS dos EUA ou Storm Shadow britânicos contra alvos na Rússia.

Em seu aviso mais claro até agora, Putin disse na quinta-feira (12) que o Ocidente estaria lutando diretamente contra a Rússia se avançasse com tal medida, o que, segundo ele, alteraria a natureza do conflito.

Ele prometeu uma resposta “apropriada”, mas não especificou o que isso implicaria. Em junho, no entanto, ele mencionou a opção de armar os inimigos do Ocidente com armas russas para atacar alvos ocidentais no exterior, e de implantar mísseis convencionais a uma distância de ataque dos Estados Unidos e seus aliados europeus.

A Rússia não realiza um teste de armas nucleares desde 1990, ano anterior à queda da União Soviética, e uma explosão nuclear sinalizaria o início de uma era mais perigosa, disse Kuehn, alertando que Putin pode sentir que está sendo visto como fraco em suas respostas ao crescente apoio da OTAN à Ucrânia.

“O teste nuclear seria algo novo. Eu não descartaria isso, e seria consistente com a Rússia rompendo uma série de acordos internacionais de segurança aos quais se comprometeu ao longo das últimas décadas”, afirmou.

Com informações do g1

Pesquisador da Fiocruz Amazônia recebe homenagem por estudos sobre suicídio no Brasil

Foto: ALE-AM

O epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia Jesem Orellana recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas pela contribuição dada para a compreensão e enfrentamento do fenômeno do suicídio, em suas diversas nuances, por meio de pesquisas, palestras e artigos científicos, realizados ao longo de sua trajetória como pesquisador e chefe do Laboratorio de Modelagem em Geoprocessamento e Epidemiologia (Legepi), da Fiocruz Amazônia.

A entrega do diploma de reconhecimento, realizada em sessão especial em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, ocorreu nesta semana, por propositura do deputado estadual Jose Luiz, que é presidente da Frente Parlamentar de Cuidados e Prevenção à Depressão, Suicídio e Drogas do Poder Legislativo e Comissão de Prevenção à Depressão e Drogas da União dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

“Fiquei feliz e motivado com o honroso reconhecimento, pois reflete parte do nosso empenho de aproximadamente 12 anos investigando o suicídio no Amazonas e em nível nacional. É realmente gratificante saber que, de alguma maneira, a Fiocruz Amazônia está contribuindo para a compreensão e enfrentamento de tão complexo problema de saúde pública”, destacou Orellana, em seu pronunciamento na ALE- AM.

Para o pesquisador, o Setembro Amarelo, é sem dúvida um período do ano que passou a fazer parte do cotidiano do brasileiro na luta contra o suicídio. “No entanto, sabemos que precisamos ir além, não apenas com ações estruturantes no campo da saúde mental e do bem-estar da população, mas também com reflexões sobre a necessidade de mais ações individuais oportunas, empáticas e acolhedoras com as pessoas que estão em sofrimento, seja ele discreto ou mais nítido”, comentou.

Num recado direto às autoridades e ao público presente, Jesem Orellana salientou que o primeiro e mais importante ponto em relação ao suicídio é que se trata de uma causa de morte evitável, sobretudo em adolescentes e adultos jovens. “No Brasil, em particular, o suicídio tem apresentado preocupante tendência de aumento nos últimos anos, tanto na população geral, como em indígenas. Para se ter uma ideia, somente entre 2020 e 2023 foram registrados cerca de 62 mil suicídios no Brasil, em maiores de nove (9) anos, um número 50% maior do que o total de Palestinos mortos no desleal conflito com Israel”, informou.  

E continuou: “Em 2022, o Brasil alcançou a sua maior taxa histórica de mortalidade por suicídio em maiores de nove (9) anos (9,3 por 100 mil hab.), o que evidencia a necessidade de mais progressos em termos de políticas públicas ao seu enfrentamento e prevenção, sendo o risco de suicídio entre indígenas no Amazonas, por exemplo, um dos mais desafiadores das Américas”, observou, em consonância com as falas dos especialistas, parlamentares e a titular da Secretaria Estadual de Saúde, Nayara Maksoud, presente à solenidade. “Esse evento serviu não apenas para reunir e evidenciar o esforço e o compromisso de diferentes atores no que tange à prevenção do suicídio no Amazonas, como também para quem sabe germinar uma agenda multisetorial e favorável à rede de atenção psicossocial no Estado, como destacado pelo Deputado João Luiz e pela Secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud”, agradeceu Orellana.

O pesquisador

Pesquisador e Epidemiologista da Fiocruz Amazônia, membro da Coordenação colegiada da Comissão de Epidemiologia da Abrasco e coordena o Laboratório de Modelagem em Estatística, Geoprocessamento e Epidemiologia (Legepi). Colabora em projetos relacionados à Covid-19, à saúde e nutrição de populações vulneráveis, suicídio e outros tipos de violências e projetos relacionados aos efeitos negativos da emergência climática sobre a saúde humana. Além de suas contribuições acadêmicas, Orellana presta consultorias técnico-científicas à imprensa, sociedade civil organizada e órgãos de controle como o Ministério Público e Defensoria Pública, bem como legisladores de diferentes níveis.

Com informações da Fiocruz Amazônia

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