Uma bebida posta à venda pela primeira vez em 1960, em um contexto sociopolítico muito distinto do atual e que continua a fazer sucesso, em crescente expansão. Vários nomes podem ter passado por sua cabeça com essa descrição, mas duvido que tenha sido esse: Kofola.
A criação remonta a Guerra Fria, quando o mundo era dividido em dois: comunistas x capitalistas; aliados da União Soviética x aliados dos Estados Unidos. É nesse contexto que surge a bebida, na República Tcheca, que integrou o regime soviético.
Em 1957, segundo conta o site da Kofola, uma farmacêutica recebeu a tarefa de desenvolver uma bebida puramente tcheca que pudesse “competir com as bebidas de cola do ‘oeste'”. Em outras palavras, a Kofola surge como a “Coca-Cola comunista”, que perdura até os dias hoje.
Segundo o último balanço financeiro da empresa, referente ao primeiro semestre de 2024, a marca registrou aumento de 11% nas vendas. O EBTIDA — lucro antes da incidência de juros, depreciação, impostos e amortização –, uma das principais referências em um balanço de uma empresa, cresceu 21,6% comparado com o mesmo período de 2023.
Os números não se referem apenas ao refrigerante similar à Coca-Cola. Atualmente, a Kofola também é dona de algumas marcas de sucos, água mineral e outras bebidas gaseificadas. No ano passado, a empresa se lançou na indústria da cerveja.
Além da República Tcheca, Kofola possui fábricas na Eslováquia, Eslovênia e Cróacia. No TikTok, é possível encontrar vídeos de pessoas experimentando o refrigerante pela primeira vez e dando suas impressões.
Por lá, os internautas parecem estar certos de que a bebida não deixa a desejar em nada quando comparada às rivais feitas mais ao ocidente do globo.