O governador Wilson Lima afirmou, nesta quinta-feira (5), que vai ampliar os horários de abertura de lojas em geral, shoppings centers e restaurantes. O decreto entra em vigor na próxima segunda-feira (8) e será válido por 15 dias.
O período restrito de circulação de pessoas em espaços e vias públicas, em todos os municípios, será 21h às 6h.
As lojas em geral poderão abrir de 9h às 17h, de segunda a sábado. No domingo, fica proibido o funcionamento. Lojas de som, acessórios e similares podem funcionar de 9h às 17h, de segunda a sexta, com 50% da capacidade.
Supermercados e padarias podem funcionar entre 6h e 20h.
Restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos registrados como restaurantes podem funcionar de 6h às 20h, de segunda a sábado, com capacidade máxima de 50%. Nesses locais, delivery liberado por 24h. Drive-thru liberado de 6h às 20h; Música ao vivo está permitida com no máximo três integrantes na banda. Salão de dança não está permitido.
Shoppings centers também estão liberados de 10h às 18h, de segunda a sábado, com ocupação máxima de 50% da capacidade. Delivery e drive thru podem funcionar no mesmo horário do shopping. Praças de alimentação podem funcionar com as mesmas condições dos restaurantes.
Restaurantes localizados em hotéis, pousadas e similares podem funcionar conforme regras de restaurantes.
Flutuantes registrados como restaurantes podem funcionar de 9h às 16h, de segunda a sexta. Sem música ao vivo, com 50% de ocupação. Sábado e domingo devem permanecer fechados.
Marinas podem funcionar de 6h às 18h, de segunda a sexta.
Salão de beleza em shoppings pode funcionar de 10h às 16h, de segunda a sábado. Salões de rua podem funcionar de 9h às 15h, de segunda a sábado. Uso de máscara obrigatório em todos os procedimentos.
Academias de ginástica podem funcionar de 6h às 16h, de segunda a sábado. Atividades coletivas não são permitidas.
Transporte intermunicipal de passageiros permitido a partir de segunda-feira, condicionado a autorização da Arsepam e município de destino, com ocupação máxima de 50%
Escolas privadas de educação infantil
O governador afirmou que fica facultado para escolas da rede privada o funcionamento das atividades letivas para crianças até 5 anos, ou seja, creche e ensino infantil. A capacidade de cada sala de aula é de no máximo 50%.
“Essa é uma decisão que tem que ser tomada com muito critério pelas escolas, juntamente com o Sindicato que reúne essas unidades escolares, porque elas precisam ter as condições necessárias para dar a garantia de segurança sanitária”, afirmou o governador.
Fase vermelha
Atualmente, Manaus e os municípios do interior estão na fase vermelha, o que corresponde a alto risco para transmissão de Covid-19.
No dia 28 de fevereiro, o governador já havia publicado o decreto que autorizava a abertura de academias e estabelecimentos similares por 5h diárias, com limite de 50% da capacidade. Na semana anterior, em meados de fevereiro, ele já havia liberado a abertura de lojas, shoppings e restaurantes.
No Distrito Federal, governador Ibaneis Rocha (MDB) permitiu, nesta sexta-feira (5), a realização de aulas presenciais em instituições de ensino, creches particulares e a reabertura de academias, desde que não haja atividades coletivas.
O governador afirmou também que se reuniu com outros governadores da Amazônia e também com o embaixador dos Estados Unidos, Todd C. Chapman, para discutir a compra de vacinas diretamente de empresas norte-americanas. A previsão é que os EUA termine a imunização da população em maio. Segundo Wilson Lima, a intenção é comprar as vacinas excedentes depois do término da campanha de vacinação.
Caos na saúde
Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, o Amazonas registra mais de 319 mil infectados e o número de mortes supera os 11, mil.
Após um primeiro pico de mortes em abril e maio do ano passado, o estado teve um novo aumento de casos logo após o Natal. Por conta do surto dessa segunda onda, houve recorde de internações, os hospitais voltaram a ficar superlotados e faltou oxigênio nas unidades. Com o aumento de mortes, o governo voltou a instalar câmaras frigoríficas nos principais hospitais e até em cemitérios de Manaus. Sem condições de oferecer tratamento, o estado teve de remover pacientes para outros estados.
No fim de janeiro, a disseminação do novo coronavírus já havia feito de janeiro o mês mais trágico da história do Amazonas, com recordes de mortes, internações e casos confirmados de Covid-19.
A situação segue crítica no estado. Do início deste ano até o dia 2 de março, a Manaus registrou 4.430 mortes por Covid-19, o que representam 1.050 a mais do que no ano de 2020.
Além de Manaus, o estado também superou o registro de mortes. Nos primeiros 54 dias de 2021, o número registrado de mortes por Covid-19 no Amazonas foi maior do que em 2020. (G1)