Amazonas recebe 102.960 doses de vacinas contra a Covid-19
O Governo do Estado recebeu, nesta quarta-feira (03/11), uma nova remessa com 102.960 doses de vacinas contra a Covid-19. O carregamento enviado pelo Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), é do tipo Pfizer/BioNtech e dará continuidade à campanha de vacinação no Amazonas.
O lote chegou à capital amazonense em voo comercial da Latam Linhas Aéreas, desembarcado às 11h05, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, zona oeste de Manaus. O lote foi recebido por agentes da Fundação de Vigilância e Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Escoltado pela Polícia Federal, o lote de vacinas foi transportado para a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), onde as vacinas foram contabilizadas e armazenadas.
A vacina Pfizer tem sido o imunizante aplicado como terceira dose. Profissionais da saúde afirmam que o tipo é totalmente seguro e recomendado para realizar o reforço da imunização nos grupos selecionados, no caso do Amazonas os trabalhadores da saúde e idosos a partir de 60 anos, que tomaram a segunda dose há seis meses ou mais; além dos imunossuprimidos que tomaram a segunda dose há 28 dias ou mais.
Vacinômetro
Dados parciais do Programa Nacional de Imunização, apontam que 4.544.082 doses foram aplicadas em todo o estado até esta quarta-feira (03/11), sendo 2.615.338 de primeira dose, 1.801.389 de segunda dose, 51.593 com dose única e 75.762 de terceira dose (dose de reforço). A informação está disponível no site da FVS-RCP – www.fvs.am.gov.br.
Nova onda de covid-19 já afeta com força Itália, Bélgica e Alemanha
A taxa de infectados e mortos na Bélgica por covid-19 registrou, respectivamente, um aumento de 36% e 31% na última semana de outubro, com quase 8.000 infecções e cerca de 20 mortos por dia, informaram hoje as autoridades sanitárias locais.
“Estamos a ver aumentos [do número de infectados] em todas as faixas etárias, mas sobretudo entre os que têm mais de 65 anos. Isso é preocupante porque estas pessoas têm alto risco de sofrer complicações e ser hospitalizadas, já que nem todas receberam ainda a terceira dose” da vacina, explicou o virologista Steven Van Gucht à imprensa local.
No total, desde o início da pandemia, em março de 2020, a Bélgica contabilizou 1.393.358 casos de covid-19 e 26.083 mortes entre uma população de 11,4 milhões de pessoas.
Entre 28 de outubro e 03 de novembro, foram registradas 164 hospitalizações diárias de pacientes com o coronavírus, estando atualmente 343 pessoas nos cuidados intensivos.
Também a Itália registra um aumento das infecções, com o noroeste — local onde se têm realizado os maiores protestos antivacinas registrando o maior número novos doentes.
Em Trieste, para enfrentar a emergência epidemiológica, o presidente da câmara, Roberto Dipiaza, emitiu hoje uma portaria para impor o respeito pelo distanciamento e o uso de máscaras entre os participantes das manifestações convocadas na cidade para este mês.
A medida foi tomada numa altura em que os dados epidemiológicos colocam a região de Trieste como a que apresenta o maior número de infecções no país, com 376 casos por cada 100.000 habitantes
Dezenas de estivadores do porto de Trieste, porta de entrada do leste europeu, ocuparam o cais durante vários dias, diminuindo a atividade portuária, em protesto contra as vacinas contra o SARS-CoV-2.
Também em Pádua (Veneto, nordeste), os casos de covid-19 aumentaram, atingindo nos últimos dias 110 pessoas por cada 100.000 habitantes.
Na Alemanha, o dia de hoje ficou marcado por um novo recorde de infecções, com 33.949 casos detectados nas últimas 24 horas, segundo o instituto de vigilância da saúde Robert Koch.
No total, mais de 4,6 milhões de pessoas foram infectadas na Alemanha desde o início da pandemia.
Apesar da nova vaga já ter chegado à Europa ocidental, ainda é na região do leste e centro que se sentem mais as consequências.
A Croácia e a Eslovênia também registraram hoje novos máximos de infectados, tendo os especialistas alertado para um possível colapso do sistema de saúde dos dois países nas próximas semanas.
Causada pelo baixo nível de vacinação – 45% da população na Croácia e 53% na Eslovênia – a vaga atual de covid-19 já é considerada como fora de controle e ainda não atingiu o seu pico.
A Croácia, com cerca de 4 milhões de habitantes, registrou 6.310 novas infecções nas últimas 24 horas, quase 2.000 a mais que na quarta-feira, e 32 mortes.
Na Eslovênia, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas, também foi batido o recorde, com 4.511 infectados nas últimas 24 horas, 735 dos quais tiveram de ser hospitalizados (169 nos cuidados intensivos) e ainda nove mortes.
Os números indicam um aumento de 65 novos doentes relativamente a quarta-feira, incluindo um bebê de um mês.
Mais para leste, a Rússia está há várias semanas batendo recordes sucessivos de infectados e regisrtou hoje mais um máximo de mortes por covid-19, com 1.195 óbitos, mais seis do que na quarta-feira.
A Organização Mundial da Saúde considerou hoje a situação da pandemia de covid-19 na Europa “muito preocupante” e apontou a cobertura insuficiente de vacinas e o relaxamento de restrições para explicar o aumento de casos nas últimas semanas.
A covid-19 provocou pelo menos 5.020.845 mortes em todo o mundo, entre mais de 248 mil milhões infecções pelo novo coronavírus registradas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Polêmica! Ex-loira do Tchan rebate críticas por assumir cargo de confiança na PRF
Silmara Miranda ficou conhecida no Brasil ao substituir Sheila Mello como loira do Tchan, do grupo “É o Tchan” em 2003. Mas ela voltou aos holofotes por um assunto diferente: aprovada em um concurso da Polícia Rodoviária Federal, de Florianópolis, ela foi nomeada em 2020 e, menos de um ano depois, foi promovida a um cargo de confiança no setor de comunicação da PRF em Brasília (DF), gerando polêmica na web.
Para colegas da loira, segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, Silmara teve uma “ascensão supostamente meteórica” e que a função de chefia deveria ser ocupada por pessoas que estão há mais tempo na PRF.
Nas redes sociais, ela se intitula como “jornalista, servidora pública federal e ex-loira do grupo É o Tchan, que conquistou um distintivo, e é muito feliz no que faz”. Após ver seu nome envolvido na polêmica, usou o Instagram para emitir uma nota de repúdio contra reportagem do jornal e explicar sua função pública.
“A matéria sugere que a minha gratidão ao presidente Jair Messias Bolsonaro se refere ao cargo que ocupo hoje na Polícia Rodoviária Federal (PRF). No entanto, a foto, retirada de seu contexto original, foi tirada há um ano, momento em que eu agradecia ao presidente por ter nomeado todos os aprovados do concurso da PRF 2018”, disse ela, que ainda reiterou que “para esta função não existe absolutamente nenhum critério de antiguidade, sendo um cargo de livre nomeação e exoneração”.
A ex-loira do Tchan argumentou também que a oportunidade de transferência para Brasília foi oferecida para todos os policiais que integram o quadro da PRF, em um processo seletivo interno, divulgado em 22 de fevereiro passado. “Apenas 10 se inscreveram manifestando a vontade de morar na capital federal”, pontuou ela, que ainda falou da promoção para cargo de chefia.
“Vale salientar, que em outro recente recrutamento NACIONAL (EDITAL 14/2021/DGP em 22/09/2021) realizado pela Diretoria Executiva da PRF para os servidores atuarem na Coordenação-Geral de Comunicação Social da instituição, em Brasília, tivemos apenas 9 inscrições. Não houve interessados o suficiente para atender a demanda interna e ainda há um déficit na área de comunicação social da PRF”, salientou.
Silmara disse ainda que foi vítima de uma fake news para prejudicar sua imagem e anular todo o esforço que fez para chegar onde está, além de destacar sua trajetória. “Ainda destaco que sou formada em Jornalismo e curso MBA em jornalismo estratégico e assessoria de imprensa. No entanto, a minha vontade de desempenhar um bom trabalho com iniciativa, proatividade e boa comunicação certamente ajudou na escolha para o cargo. Vou continuar dando o meu melhor para a polícia na área de Comunicação Social”, escreveu.
É O Tchan
No “É o Tchan”, Silmara Miranda substituiu Sheila Mello em 2003 e permaneceu no grupo baiano até 2007. “Foram quatro anos e eu fui muito feliz. Tinha uma relação ótima com os integrantes da banda e também com o pessoal do escritório. Fui sempre muito respeitada por todos e nunca tive problema nenhum. Na época do concurso, sim, as sete finalistas brigavam muito e foi bem tenso”, contou Silmara sobre o concurso para virar dançarina do É o Tchan.
A loira, que é jornalista formada, atuou em uma rádio de Salvador ao deixar o grupo “É o Tchan”. (IG)
Dia de Fúria: Casal destrói guichê de companhia aérea
Um casal quebrou o guichê de atendimento da Gol no aeroporto de Guarulhos (SP). O voo deles iria para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais, e atrasou devido ao mau tempo. A aeronave chegou a decolar, mas teve de voltar.
O homem e a mulher estavam com uma criança de 5 meses. Eles pediam que a companhia aérea oferecesse um hotel até que eles pudessem pegar o próximo voo. No entanto, os dois se exaltaram, gritaram com funcionários da companhia e quebraram o guichê de atendimento.
“Vou começar a quebrar. Resolve, resolve. Ele só tem 5 meses”, disse a mulher. O pai da criança, então, pega um pedestal e bate na placa de proteção do guichê da Gol. Em seguida, ele quebra também o pedestal.
A Gol informou que após a decolagem, o voo G3 1324 (Guarulhos – Confins) precisou retornar ao Aeroporto de Guarulhos, por conta das condições meteorológicas adversas em Confins.
Prefeitura implanta nova rede de drenagem para solucionar alagamentos no bairro Parque Riachuelo
Em uma ação emergencial, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), trabalha nesta quinta-feira, 4/11, com uma equipe de 30 homens na implantação de 100 metros de tubulação em um igarapé na rua Flor de Santa Rita, no bairro Parque Riachuelo, na zona Oeste da capital.
Em uma das margens do igarapé, que tem, no total, 16 metros de largura, já foi implantada a nova tubulação. A outra margem também ganhou nova rede de drenagem e em seguida será feito o envelopamento com camada de concreto, a terraplanagem, com recuperação de base e sub-base, para que os trabalhos sejam finalizados com a pavimentação asfáltica.
As equipes da prefeitura utilizam na obra duas máquinas escavadeiras, hidrojato, retroescavadeiras e sete caçambas, que fazem o transporte de materiais como o rachão e toda a tubulação implantada na nova rede de drenagem.
O engenheiro Kelton Aguiar, responsável pela obra, disse que os alagamentos se tornaram comuns no local desde que a antiga rede foi rompida e que agora os moradores não vão mais passar por esse tipo de problema.
“A antiga tubulação, que foi rompida, já não suportava o volume da água do igarapé e causou um afundamento. O lado esquerdo do igarapé afunila, impedindo a vazão das águas, especialmente em dias de chuva, então isso faz com que a água represe e cause os alagamentos. Com a nova tubulação que estamos implantando, vamos solucionar de vez esse problema”, afirmou Aguiar.
O problema de represa no igarapé também causou danos na rua Flor de Santa Rita, como fissuras e o afundamento da pista. Por esse motivo, as equipes da Seminf também trabalham na recuperação de um trecho de 50 metros da via.
A obra na rua e no igarapé deve ser entregue até a próxima semana e vai beneficiar mais de 80 famílias, entre elas a do pedreiro Antônio Soares, 62, que diz já ter perdido vários móveis durante os fortes alagamentos.
“Aqui, quando chovia, a gente não tinha como dormir, era todo o tempo em estado de alerta. Na última chuva forte, perdi meu guarda-roupas, e agora, ver a prefeitura trabalhando aqui para arrumar esse igarapé é uma alegria muito grande”, afirmou o morador.
Pescadores de Tefé são beneficiados com crédito rural
O Governo do Amazonas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), em parceria com a Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), já aplicou, neste ano, mais de R$ 500 mil em crédito rural voltado às atividades de pesca, avicultura e cultivo de mandioca, no município de Tefé (distante 523 quilômetros de Manaus).
No último final de semana, o Idam entregou mais de R$ 57,2 mil em equipamentos (canos de alumínio e motor de popa 15HP), financiados por pescadores da região, durante a 18ª Feira do Pirarucu Manejado e Produtos da Agricultura Familiar. O evento foi promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) com apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Idam e prefeitura.
O pescador Josué Oliveira Souza, de 45 anos, da Comunidade Santa Clara, no rio Solimões, foi um dos beneficiados com o financiamento da Afeam.
“Para nós é uma vitória ter conseguido o crédito pela Afeam. Depois de muito utilizarmos o motor rabeta como meio de transporte e equipamento para a pesca, agora podemos contar com uma canoa de alumínio e um motor de popa 15 HP, que irão beneficiar de forma rápida e segura o transporte do pescado até o município de Tefé para comercialização”, disse Josué.
Projetos
Cerca de 100 projetos de crédito foram elaborados pelo Idam no município. A meta é atingir, até o final do ano, a margem dos R$ 1.143.411,96 para financiamentos das atividades de pesca, avicultura, cultivo de mandioca e aquisição de equipamentos.
Pirarucu manejado
A Feira do Pirarucu Manejado e Produtos da Agricultura Familiar, que acontece todos anos, é uma alternativa para geração de emprego e renda para famílias que vivem da pesca do pirarucu. Esta edição contou com a participação de 120 integrantes das Colônias de Pescadores dos municípios de Tefé e Alvarães, que estão envolvidos diretamente no processo de manejo do pirarucu.
A iniciativa proporcionou ao consumidor um pescado de procedência, oriundo de área de manejo legalizada.
TJ de Alagoas é alvo de operação da PF por suspeita de esquema de corrupção

A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (04), 15 mandados de busca e apreensão para investigar um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça de Alagoas, autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O principal alvo da operação é o desembargador Celyrio Adamastor Tenorio Accioly, que foi vice-presidente do tribunal.
A suspeita da investigação é que agentes públicos e advogados intermediaram a tomada de decisões judiciais favoráveis para uma empresa do ramo de educação em troca do pagamento de gastos pessoais do magistrado.
Além do crime dos crimes de corrupção passiva e ativa, há suspeita do crime de advocacia administrativa.
Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Alagoas, na sede do Tribunal de Justiça e em outros endereços. Também há mandados sendo cumpridos em Curitiba. (AGÊNCIA O GLOBO)
Ações concretas da indústria nacional são apresentadas na COP-26

Uma indústria sustentável, inovadora e com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo marcará presença na 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-26), de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
Em busca de investidores, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrará no estande do Brasil ações concretas em prol do meio ambiente desenvolvidas dentro do país. O estúdio da CNI, na sede da instituição em Brasília (DF), transmitirá em tempo real a participação no evento de empresas que são cases de sucesso.
Mesmo com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e possuir a maior floresta tropical do planeta, o Brasil ainda tem uma participação tímida na obtenção de recursos no mercado internacional. Segundo dados da CNI, enquanto a Ásia recebeu 38% dos recursos de fundos climáticos, foram destinados à América Latina e ao Caribe apenas 4,5% do total.
— O Brasil sempre foi protagonista na agenda ambiental e continua tendo enorme potencial para atuar firmemente nesse campo. O patrimônio natural e os feitos brasileiros não são nada triviais. Temos cerca de 60% do território nacional coberto por vegetação nativa e a maior disponibilidade hídrica do mundo — 12% das reservas do planeta. Nossa matriz de energia elétrica conta com 85% de fontes renováveis, e somos o segundo maior produtor de biocombustíveis — destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Andrade afirma, no entanto, que é imprescindível que o país consolide uma economia de baixo carbono. Para isso, a CNI construiu uma estratégia baseada em transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação das florestas.
— É necessário definir uma estratégia nacional para enfrentar inteligentemente os desafios provocados pela mudança do clima — observa o executivo.
PROPOSTAS
A indústria brasileira entregou ao Congresso Nacional propostas para o mercado regulado de carbono no país elaboradas a partir da análise de experiências internacionais. O setor defende um período inicial, de aprendizado, em que haja o reinvestimento de recursos financeiros advindos da comercialização de permissões para emitir gases de efeito estufa em tecnologias de baixo carbono.
Os industriários também propõem a regulamentação do uso de offsets (geração de créditos para compensação) a serem utilizados em créditos de reflorestamento, investimento em energias renováveis e projetos de gestão de resíduos, entre outros.
A proposta inclui ainda a implementação de um sistema robusto de mensuração, relato e verificação (MRV) de emissões e remoções de gases de efeito estufa e a criação de um órgão colegiado que conte com a participação do governo e do setor privado e de comitês técnicos especializados.
Para o diretor executivo e embaixador da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), José Carlos da Fonseca Junior, a chegada da COP-26 é a oportunidade para se discutir os próximos passos para uma economia de baixo carbono.
— Trata-se de um momento decisivo, pois o planeta está chegando a um ponto de inflexão. Nesse cenário, o Brasil é uma grande potência agroambiental, detentora da maior biodiversidade do mundo, de ativos florestais e hídricos de vitalidade incomparável — destaca Fonseca Junior.
AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL
A vitrine da indústria brasileira exibe, entre diversas iniciativas bem-sucedidas, o Instituto Amazônia+21, recentemente inaugurado para atrair investimentos privados para projetos inovadores e sustentáveis na região da Amazônia Legal. A iniciativa empresarial tem o objetivo de promover negócios sustentáveis na Amazônia com abordagem ESG, sigla em inglês para ambiental, social e governança.
O Instituto Amazônia+21 apoiará empreendimentos novos e já instalados na região, além de conectá-los com fundos de investimentos e grandes empresas interessadas em financiar ou participar de negócios sustentáveis. A abordagem ESG permite identificar mais facilmente a aplicação de princípios de sustentabilidade no cotidiano das empresas e em suas cadeias produtivas, a partir de cuidados com o meio ambiente, responsabilidade social e boas práticas de governança corporativa.
O movimento por uma economia global de baixo carbono é irreversível, e nenhum outro país tem o diferencial comparativo que o Brasil tem, que é a Amazônia. O bioma amazônico expressa a nossa vocação natural para a economia verde e, estruturando o desenvolvimento sustentável local, podemos fazer a diferença na contribuição do Brasil para a sustentabilidade da economia global. É isso que vai atrair negócios e investimentos para a Amazônia. Mas precisamos aprender a realizar as oportunidades guardadas na biodiversidade — afirma Marcelo Thomé, diretor executivo do Instituto Amazônia+21.
Propostas da indústria para a criação de um mercado voluntário de carbono que permita um ambiente de segurança jurídica:
- Reinvestimento de recursos da comercialização de permissões para emissões de gases de efeito estufa em tecnologias de baixo carbono
- Regulamentação do uso de offsets (geração de créditos para compensação) para ações como reflorestamento e gestão de resíduos
- Implementação de um sistema de mensuração, relato e verificação (MRV) de emissões e remoções
de gases de efeito estufa - Criação de um órgão colegiado que conte com a participação do governo e do setor privado e de comitês técnicos especializados
CNI mostra em Glasgow estratégia para economia de baixo carbono
Matriz energética limpa, enorme biodiversidade e reservas de água doce são algumas das características que certificam o Brasil a ocupar posição de vanguarda na agenda de sustentabilidade mundial. A presença na COP-26 será uma boa oportunidade para a indústria brasileira mostrar a estratégia de transição para uma economia de baixo carbono da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e, quem sabe, ampliar os investimentos climáticos no país.
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) reforça a urgência da implantação de medidas para evitar que a temperatura do planeta ultrapasse 1,5°, e o setor industrial brasileiro participa ativamente desse processo com propostas para as negociações internacionais relacionadas ao clima e à sustentabilidade.
— Há décadas, a sustentabilidade está na estratégia da indústria brasileira, que não só usa a matriz energética a seu favor, mas está constantemente se atualizando para aumentar sua eficiência — observa Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI.
O projeto nacional da CNI para a consolidação da economia de baixo carbono é baseado em quatro pilares. O eixo transição energética defende a expansão do uso de fontes renováveis, o reconhecimento da importância dos biocombustíveis, o estímulo ao consumo racional de energia e ações de eficiência energética. Para o mercado de carbono propõe a adoção de um mercado baseado no sistema cap and trade, em que empresas com volume de emissões inferior ao autorizado podem vender o excedente para as que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera, o que estimulará investimentos em tecnologias limpas.
No pilar economia circular, é prioridade a gestão estratégica dos recursos naturais, ampliando práticas como ecodesign, manutenção, reúso, remanufatura e reciclagem, ao longo de toda a cadeia de valor.
Talvez seja difícil para um leigo associar conservação ambiental e crescimento industrial, mas o eixo conservação florestal consiste justamente na defesa da ampliação das áreas sob concessão florestal no país, fortalecimento do manejo florestal sustentável e o estímulo aos negócios voltados à bioeconomia. Trata-se de ações mais efetivas de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, sobretudo na Amazônia, onde é fundamental reduzir os riscos associados às secas nas áreas de produção agropecuária e à perda da biodiversidade.
CAP AND TRADE
A CNI apoia o lançamento de um mercado regulado de carbono no Brasil, por meio da criação de um sistema de comércio de emissões no modelo cap and trade. Pelo processo, empresas com volume de emissões inferior ao autorizado podem vender o excedente para as que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera. As autorizações são distribuídas gratuitamente ou via leilões e podem ser comercializadas entre empresas.
Por meio do instrumento, o setor industrial defende a criação de um sistema de governança liderado pelo Poder Executivo e a organização de um sistema de compensação com metodologia consistente e transparente para mensuração, relato e verificação (MRV) das emissões.
Gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo argumenta que a tributação não funciona para as empresas, por isso um mercado regulado pode ser mais interessante, por trazer mais flexibilidade e ajudar o industrial a tomar decisões, inclusive de comprar ou vender créditos.
Caminhos para chegar ao baixo carbono:
CONSERVAÇÃO FLORESTAL
- Ampliação das áreas sob concessão florestal no país
- Fortalecimento do manejo florestal sustentável
- Estímulo aos negócios voltados à bioeconomia
- Ação mais efetiva de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, sobretudo na Amazônia
ECONOMIA CIRCULAR
- Gestão estratégica dos recursos naturais
- Ampliação de práticas de economia circular como ecodesign, manutenção, reúso, remanufatura e reciclagem, ao longo de toda a cadeia de valor
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
- Expansão do uso de fontes renováveis
- Fortalecimento do programa nacional de biocombustíveis
- Estímulo ao consumo racional de energia
- Apoio a ações de eficiência energética
MERCADO DE CARBONO
- Adoção de um mercado baseado no sistema cap and trade – empresas com volume de emissões inferior ao autorizado podem vender o excedente para as que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera
(CNI)
Manaus abre ‘Novembro Azul’ com intensificação da atenção à saúde do homem
Foi aberto oficialmente em Manaus, o “Novembro Azul”, mês de intensificação e conscientização para a importância dos cuidados com a saúde do homem, nesta quarta-feira, 3/11, na clínica da família Senador Severiano Nunes, bairro Jorge Teixeira, zona Leste. Promovida pela Prefeitura de Manaus, a campanha terá atividades em todas as unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Além do cuidado integral com a saúde, o foco da programação será ainda a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
O subsecretário de Gestão da Saúde, da Semsa, Djalma Coelho, explicou que durante todo o mês, serão oferecidos, além dos serviços de rotina das unidades, testes rápidos para identificação de HIV, hepatite e sífilis, consultas, aferição da pressão arterial e de glicemia, e atividades ligadas ao bem-estar masculino.
“Todos esses cuidados são necessários para a prevenção do câncer de próstata. Nosso objetivo é mostrar aos homens que mantendo hábitos saudáveis, evitando o consumo do álcool, do tabaco, praticando exercícios físicos e tendo uma alimentação adequada, será possível prevenir, também, outros agravos como hipertensão e doenças do coração, por exemplo”, disse.
No “Novembro Azul”, a Semsa irá trabalhar com promoção, prevenção e assistência à saúde. Em todos os distritos haverá ações de educação em saúde, para levar informações aos homens, principalmente sobre a importância da realização do exame periódico da próstata. Durante a abertura, foram realizadas palestras educativas, alertando sobre os cânceres de próstata e de pênis.
A diretora da CF Senador Severiano Nunes, Fabiane Onofre, orientou os homens a comparecerem a qualquer unidade da Semsa, para que possam realizar exames e receber os cuidados necessários.
“Nosso alerta é para todos os homens, mas principalmente para aqueles que tenham algum histórico de câncer de próstata na família, que procurem os nossos serviços. Estamos oferecendo consultas com clínico geral que, se necessário, fará o encaminhamento para o rastreio do câncer de próstata. Além, é claro, de todos os outros serviços que são oferecidos na rede municipal de saúde”, informou.
O líder comunitário Abdias Trindade, que esteve na abertura do “Novembro Azul”, contou que faz a prevenção do câncer de próstata há bastante tempo.
“Desde que completei 40 anos, todos os anos faço os exames para ter certeza de que está tudo bem com a minha saúde. Como líder comunitário, posso afirmar que ainda há, na cabeça dos homens, preconceito com relação ao exame de próstata. Muitos têm receio do procedimento, o que não passa de um tabu, que estamos trabalhando, juntamente com a Semsa, para derrubar”, salientou.