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Vestibular da UEA começa hoje (13) para mais de 24 mil candidatos

O primeiro dia de prova do vestibular da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) começou a ser aplicado, neste domingo (13), para 24,8 mil inscritos. Os portões abriram por volta das 11h45, pelo horário de Manaus, e fecharam pontualmente às 12h50, dez minutos antes do início das provas.

De acordo com a UEA, até o momento, não há registro de incidentes envolvendo a aplicação do processo seletivo.

Ao todo, cerca de 24,8 mil candidatos concorrerão a uma das 2.321 vagas disponíveis para este ano. Neste primeiro dia, os candidatos farão as provas de Conhecimentos Gerais.

Já nesta segunda (14), no segundo dia do processo seletivo, serão aplicados o exame de Conhecimentos Específicos e redação

Estão sendo oferecidas 1.109 vagas para a capital e 1.212 para o interior. A divulgação do resultado final ocorrerá no dia 18 de março de 2022.

Protocolos contra a Covid-19

A UEA informou que seguirá todos os protocolos de prevenção contra a Covid-19 durante a realização das provas que serão aplicadas em Manaus e nos outros 61 municípios do Amazonas. A medida visa garantir a segurança dos candidatos e colaboradores que participarão do processo.

Entre os protocolos adotados no exame de 2022 estão: maior número de locais de prova; disponibilização de álcool 70%; exigência do uso de máscaras; aferição de temperatura dos candidatos e colaboradores; distanciamento social nas salas e sanitização dos ambientes.

*Com informações de G1

Orçamentos federais para educação e ciência voltam a níveis de 2000

FOTO: Altemar Alcântara/Semcom

Os recursos reservados para investimentos em educação e ciência pelo presidente Jair Bolsonaro em 2020, 2021 e 2022 foram os mais baixos no Brasil desde os anos 2000. Mesmo com aumento nos valores este ano, o orçamento para investir do Ministério da Ciência (R$ 720 milhões) fica 78% abaixo do registrado em 2010 (R$ 3,34 bilhões), que teve pico dessa verba para pesquisa.

Reitores de universidades federais, secretários de Educação e cientistas reclamam da falta de apoio federal neste período, marcado pela pandemia, para financiar políticas contra os efeitos da covid-19.

A constatação faz parte de um estudo do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), ligado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O grupo analisou os orçamentos dos Ministério da Educação (MEC) e da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI) entre 2000 e 2022, com foco em investimentos.

Investimentos são as verbas para reformas em universidades e escolas, obras em laboratórios, compra de equipamentos, livros e para novas políticas públicas. O restante é de despesas obrigatórias. A gestão Bolsonaro só elaborou o orçamento a partir de 2020; o de 2019 já havia sido feito pela gestão Michel Temer e aprovado pelo Congresso em 2018.

O MEC tem este ano R$ 3,45 bilhões para investimentos, ante R$ 3,12 bilhões em 2021, mas muito aquém de números entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões de 2009 a 2015 (em valores corrigidos pela inflação). O maior valor proposto pela gestão Bolsonaro foi de R$ 4,63 bilhões, em 2020.

Nas agências de fomento à pesquisa, os investimentos foram os menores em duas décadas. E as bolsas de mestrado e doutorado não têm reajuste há anos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligados ao MEC e ao MCTI, respectivamente.

A doutoranda Julia Santos, de 26 anos, recebia bolsa de mestrado de R$ 1,5 mil da Capes e precisava que os pais pagassem seu aluguel. Em 2021, foi aprovada no doutorado em Astronomia na Holanda, onde recebe € 2,3 mil (R$ 13,7 mil), o que paga aluguel e gastos dela e do marido. “No Brasil, não tínhamos dinheiro para ir a eventos ou publicar em revistas científicas, aqui isso é impensável. Não penso em voltar.”

Manutenção

Nos últimos anos, universidades federais pararam obras, buscaram doações e tiveram dificuldade para manter até estudos sobre o coronavírus. Em 2021, a queda se acentuou, e reitores disseram que mal conseguiam pagar contas de luz e água. Na Federal de São Paulo (Unifesp), um laboratório que trabalha com novos fármacos para covid e estudos pré-clínicos sobre vacina chegou a ficar desativado por falta de manutenção. “Havia risco de as pessoas se contaminarem, era preciso refazer ventilação, e não tínhamos dinheiro”, conta Soraya Smaili, reitora na época, que hoje coordena o Centro SouCiência.

A atual reitoria informou que a reforma no laboratório acabou sendo feita com verba da Fundação de Apoio à Unifesp, que é de direito privado e tem mais facilidade para buscar investimentos. O câmpus de Diadema da Unifesp, inaugurado em 2007, só este ano deve ter prédio próprio. Parte dos alunos teve de assistir às aulas numa sobreloja no centro da cidade, no ABC paulista.

Reitora da Universidade de Brasília (UnB), Marcia Abrahão conta que não teve dinheiro para comprar melhores computadores para os 3 mil alunos que precisavam deles para acompanhar aulas online. “Quando se tira o investimento da universidade, tira a oportunidade de estudantes com vulnerabilidade econômica permanecerem.” Falta verba para equipamentos de pesquisa e até para comprar memória para guardar arquivos digitais.

No MCTI, o valor deste ano para investir (R$ 720 milhões) é maior ante 2021 (R$ 240 milhões) mas ambos só são comparáveis ao de 2004 (R$ 530 milhões). “Não há priorização da educação e da ciência. Mesmo em outros momentos de baixo crescimento econômico houve valores maiores”, diz Joyce Luz, uma das autoras do estudo. O MCTI diz que “houve aumento expressivo da disponibilidade de recursos” em 2022 e que isso “marca um ponto de inflexão nos investimentos públicos” na área.

Ensino Básico

“Já não tínhamos dinheiro sobrando na educação. Numa emergência como a pandemia, um país organizado deveria ter aproveitado o tempo de escolas fechadas para deixá-las seguras para o retorno”, diz a diretora do centro de políticas educacionais da FGV, Claudia Costin. Só recentemente o MEC anunciou projetos para escolas na pandemia, mas não houve formação docente, conteúdos para aulas online e programas de recuperação da aprendizagem, diz.

O governo ainda vetou projeto aprovado no Congresso que daria internet a alunos pobres. E, ao sancionar a lei orçamentária, em janeiro, cortou R$ 800 milhões do MEC, o que atingiu mais a educação básica. “Não é possível você pensar num Brasil mais competitivo e desenvolvimento inclusivo tirando dinheiro de educação e ciência”, diz Claudia. Procurado, o MEC não se manifestou

*Com informações de Terra

Bolsonaro volta a ameaçar a Globo sobre renovação de concessão

IMAGEM: Reprodução / YouTube

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ameaçar neste sábado,12, a renovação da concessão pública da TV Globo. Segundo o presidente, a emissora carioca poderá “enfrentar dificuldades” para obter a renovação da outorga de serviços de radiodifusão, que vence em 5 de outubro, quando completa o prazo de quinze anos.

“A renovação da concessão da Globo é logo após o primeiro turno das eleições deste ano. E, da minha parte, para todo mundo, você tem que estar em dia. Não vamos perseguir ninguém, nós apenas faremos cumprir a legislação para essas renovações de concessões. Temos informações de que eles vão ter dificuldades”, disse o presidente em entrevista ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PROS), na Rádio Tupi.

O presidente retomou, dias depois de alegar que defende a liberdade de imprensa, críticas à Globo e se disse “perseguido” pelo jornalismo do canal. “Eu fui muito mais perseguido que você, Garotinho”, acenou o presidente ao radialista da Tupi, agora seu aliado político. “Com todo respeito, eu sou um herói nacional. Sempre disseram que ninguém resiste a dois meses de Globo. Eu estou resistindo.”

As declarações de Bolsonaro também ocorrem num contexto de reiteradas críticas à ideia defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu virtual adversário nas eleições presidenciais deste ano, de regulação da mídia.

Ao longo do mandato, Bolsonaro deu diversas declarações dúbias, que deixam dúvidas sobre sua intenção de não recomendar a renovação da outorga à empresa da família Marinho. Ele costuma usar essas declarações como forma de mobilizar seus simpatizantes, principalmente nas redes sociais, contra a emissora. Em uma delas, disse que a empresa deveria estar “arrumadinha”, do ponto de vista tributário.

Apesar de sugerir a não renovação do canal aberto da Globo, Bolsonaro não tem o poder de decisão sobre essa e outras concessões. Pela lei em vigor, cabe ao presidente apenas indicar uma posição por meio de decreto, mas a palavra final é do Congresso Nacional.

Além da concessão da TV Globo, também vencem neste ano as concessões para exploração de canais abertos como a Band, TV Cultura e Record TV, em São Paulo. Mas, sobre elas, Bolsonaro nada fala.

As concessões pala exploração dos canais abertos de TV duram quinze anos. A detentora da outorga pede a renovação ao Ministério das Comunicações, que encaminha parecer ao Palácio do Planalto. Fontes do setor afirmam ser improvável uma derrubada, se os requisitos documentais estiverem atendidos, e que a não renovação exigiria motivos graves, como dívidas junto à União.

A Presidência envia sua posição ao Congresso, que delibera pela renovação ou não. O pedido passa por comissões temáticas e pelo plenário, na Câmara e no Senado. A não renovação exige votação nominal do Congresso. Já a cassação de uma outorga tem de ser feita por via judicial, conforme fontes do setor.

As reiteradas ameaças de Bolsonaro contra a Globo causam apreensão do setor de rádio e TV. Isso porque, se o presidente enviar ao Congresso mensagem contrária à renovação, deverá justificar o ato e adotar os mesmos critérios ao analisar o caso das demais emissoras. Um ato casuístico poderia repercutir negativamente, inclusive, em avaliações sobre a liberdade de imprensa no País, o que é analisado na adesão à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Procurada pela reportagem, a TV Globo não respondeu sobre a declaração do presidente, até a conclusão desta edição.

Urnas

Na mesma entrevista ao aliado Garotinho, Bolsonaro repetiu a estratégia de colocar em suspeita a segurança das urnas eletrônicas, sem mostrar evidências. “Temos um sistema eleitoral que não é de confiança de todos nós ainda. A máquina não mente, mas quem opera a máquina é um ser humano”, disse.

Na última quinta-feira, em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que as Forças Armadas identificaram “dezenas de vulnerabilidades” no sistema de votação e cobrou uma resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A resposta da Corte veio no dia seguinte, com desmentido. “As declarações que têm sido veiculadas não correspondem aos fatos nem fazem qualquer sentido”, disse o TSE em nota oficial. Conforme o Estadão havia antecipado, os quesitos elaborados por especialistas do Exército em Defesa Cibernética têm caráter técnico sobre o funcionamento do sistema de votação eletrônica.

Por iniciativa da base do governo, o Congresso votou e rejeitou no ano passado uma proposta para adoção do voto impresso. Mesmo derrotado, o presidente ignorou a decisão do Legislativo e continuou sua cruzada lançando suspeitas nunca comprovadas sobre o sistema de urnas eletrônicas.

O tom afável da entrevista revelou mais um ato na aproximação do presidente com outro político que esteve atrás das grades. Bolsonaro já havia ingressado no PL, presidido por Valdemar Costa Neto, um dos condenados no escândalo do mensalão.

Nos últimos dias, Bolsonaro visitou a família Garotinho em Campos dos Goytacazes (RJ), reduto do clã. O prefeito da cidade é Wladimir Garotinho, filho do ex-governador com a ex-governadora Rosinha Matheus. O casal foi preso mais de uma vez e depois solto, por causa de contratos da gestão municipal com empreiteiras. No ano passado, Garotinho foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão por compra de votos, usando recursos da prefeitura de Campos. Ele também foi condenado criminalmente por um esquema de loteamento de cargos em delegacias de polícia, no governo do Estado.

*Com informações de Terra

Vinho ganha espaço no país da cerveja com 50% de aumento nas compras

Foto: Skitterphoto / Pexels

O carrinho de compras do brasileiro se transformou durante a pandemia – e, entre os produtos que mais ganharam espaço na cesta de compras de supermercado durante o período de isolamento social, o vinho foi destaque. Pesquisa da Horus, empresa de análise de mercado que traça tendências a partir da análise das notas fiscais emitidas no varejo, mostra que o espaço do vinho nos carrinhos subiu mais de 50% em 2021.

Em janeiro do ano passado, entre as pessoas que compram bebidas alcoólicas nos supermercados, a presença de vinhos nas cestas era de 9,3%. No fim do ano, segundo a Horus, essa proporção passou para 15%, apesar de dezembro ser um período de “baixa temporada” para a bebida. Nos meses de inverno – junho e julho -, o vinho teve um “pico” de consumo e figurou em 18% dos carrinhos com bebida alcoólica.

Embora a cerveja ainda seja de longe o item preferido do brasileiro que consome álcool, a participação da bebida nos carrinhos caiu, em igual comparação. A cerveja aparecia em 80% das compras, em janeiro, e em 69%, em dezembro – uma retração de 11 pontos porcentuais. “Não foi apenas uma coisa sazonal, foi um movimento realmente de troca que nunca havíamos detectado antes”, afirma Luiza Zacharias, diretora de novos negócios da Horus.

No ano passado, o volume de vendas de cerveja teve retração de 0,7% segundo a consultoria Nielsen, na comparação com 2020. Já o vinho, de acordo com a empresa de pesquisa Ideal Bi, mudou de patamar durante a pandemia. Apesar de em 2021 a bebida ter ficado no “zero a zero” na comparação com 2020 – recorde histórico do setor -, o volume vendido ficou 30% acima do registrado em 2019.

Gigantes estão de olho

O músico paulistano Morris Picciotto não lembra qual foi a última vez em que tomou cerveja. “Na verdade, praticamente não tomo cerveja desde que a pandemia começou”, diz. “Sempre gostei de vinho, mas nos últimos tempos tenho gostado ainda mais. E tomado mais. É melhor para voz, não dá ressaca, acordo super ok e durmo bem também.”

O que aconteceu com Picciotto é um fenômeno que agora se confirma não só nos números de consumo da bebida e em sua participação no mercado total de itens alcoólicos, mas também nas estratégias das gigantes de bebidas, que têm diversificado seu portfólio. “O consumo de bebidas no Brasil, que antes era quase só de cerveja, agora está mais democrático, mais diversificado”, afirma Felipe Galtaroça, presidente da Ideal Bi Consulting, empresa de auditoria de importação, especializada em bebidas e alimentos.

Esse novo padrão de comportamento não passou despercebido pela Ambev, a gigante das cervejas, que está diversificando sua oferta de produtos. A cervejaria agora é dona de uma vinícola na Argentina, onde produz o vinho Dante Robino, disponível desde julho na plataforma Zé Delivery, seu app de entregas. Em dezembro, a empresa também lançou, em parceria com a Pernod Ricard, fabricante de destilados, uma mistura de gim Beefeater com a tônica Antarctica. Procurada, a Ambev não deu entrevista.

Nessa busca por novos sabores, o vinho é destaque absoluto. Quem trabalha com a bebida há muito tempo, como o diretor de operações da Wine, Alexandre Magno, sentiu a diferença: “Em 2018, o número estimado de bebedores de vinho no Brasil era de 32 milhões de pessoas. No ano passado, chegamos a 39 milhões. Foram 7 milhões de consumidores a mais. É muito acelerado”, afirma o executivo.

No entanto, o consumo de vinho por pessoa no Brasil ainda é baixo em relação a outros países. Cada português com mais de 15 anos consumiu, em média, 51,9 litros de vinho em 2021, superando os italianos, com 46,6 litros, segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Por aqui, a média, mesmo com toda a expansão, está em 2,7 litros ao ano. Ou seja: há espaço para crescer muito mais.

‘Caseira’

A pandemia ajudou muito o vinho, segundo Adalberto Viviani, da consultoria em alimentos e bebidas Hariot. “É um reflexo da pandemia. A cerveja é uma bebida social, de agrupamento. Já o vinho é mais doméstico, individual”, diz o especialista. A psicóloga paulistana Aline Constantino diz ter mudado hábitos durante o isolamento social. “Agora só tomo cerveja para ver jogo do Palmeiras. Mas gosto de tomar vinho à noite em casa. Comprei até uma adega”, diz.

Empresas de outros tipos de bebida alcoólica também sentem o efeito positivo. Segundo Patricia Cardoso, diretora de marketing da multinacional francesa de bebidas Pernod Ricard, a empresa teve alta de 44% das vendas de uísque premium, de 17% na vodca premium e de 15% no gim – crescimento puxado pelo varejo, e não por bares. “Receber em casa os amigos com uma boa bebida ou consumir sozinho virou uma saída para não gastar em restaurantes”, afirma.

*Com informações de Terra

Dermilson Chagas apoia pesquisas da Ufam sobre o comércio de pescado

Foto: Aguilar Abecassis

A pesquisa está sendo realizada pelo grupo Estudos Econômicos da Pesca e Aquicultura do Estado do Amazonas da Faculdade de Ciências Agrárias da Ufam e a sua continuidade já foi garantida com a liberação de nova emenda_

O deputado Dermilson Chagas destinou um total de R$ 400 mil em emendas parlamentares para a realização de pesquisas que estão sendo conduzidas pelo grupo de pesquisa Estudos Econômicos da Pesca e Aquicultura do Estado do Amazonas (Geepaam), da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Os dois projetos estão sob a coordenação da Profa. Dra. Maria Angélica de Almeida Corrêa, do Departamento de Ciências Pesqueiras (Depesca-FCA).

No ano de 2021, o projeto “Comercialização e o consumo de pescado no município de Manaus – Conhecer as demandas para desenvolver o setor” recebeu R$ 150 mil de emenda impositiva do deputado Dermilson Chagas. O projeto iniciou em dezembro do ano passado e está previsto para ser anual. Após a conclusão da primeira etapa, o estudo terá continuidade com o projeto “Fatores que afetam a comercialização e o consumo de pescado no município de Manaus, AM – Bases para a garantia da segurança alimentar”, que recebeu R$ 250 mil.

De acordo com a coordenadora do projeto, os recursos são necessários para custear as atividades de coleta de dados, pagamento de bolsistas que compõem a equipe do projeto, e criação de um banco de dados econômico sobre o setor. Ela explicou que os projetos estão sendo desenvolvidos no âmbito do edital do Programa de Apoio a Projetos Financiados por Emendas Impositivas (Proemend), por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam).

Banco de dados e fomento de políticas públicas

O deputado Dermilson Chagas destacou que os recursos destinados a essas pesquisas são de suma importância para o setor, cujo objetivo é a sistematização dos dados do pescado desembarcado, comercializado e consumido no município de Manaus, principal centro consumidor do Estado do Amazonas. Ele explicou que, com a criação da série histórica dos dados, será possível analisar indicadores econômicos e de eficiência do setor, principais espécies comercializadas, preços médios praticados, tendências de consumo do pescado local, questões relacionadas à segurança do alimento e perfil do consumidor.

“Esses dados subsidiarão a elaboração de normas técnicas, investimentos e tomadas de decisão mais assertivas dos diversos setores envolvidos com a pesca no Estado do Amazonas”, destacou o deputado Dermilson Chagas, que é o parlamentar que mais defende o desenvolvimento do setor primário do Amazonas. “A pesquisa dá um norte, um direcionamento para proporcionar uma política pública e é disso que nós estamos em busca. Estamos direcionando recursos para a universidade para que ela nos mostre um caminho no segmento pesqueiro. Então, baseado nesses dados sobre a origem do pescado, o percurso que ele faz até chegar às feiras, como é feito o transporte dele e o modo como ele é comercializado, nós podemos direcionar mais recursos através de emendas e pedir para o Governo fazer investimento no segmento para que os pescadores e feirantes tenham uma qualidade de vida melhor”, concluiu.

A professora-doutora Maria Angélica de Almeida Corrêa explicou que o estudo foi motivado pela necessidade de acompanhamento dos fatores que incentivam a pesca e o consumo de pescado, por se tratar do principal produto do extrativismo da região, que sustenta, econômica e socialmente, milhares de pessoas. Recentemente o setor foi abalado com os impactos da doença de Haff, mais conhecida como “doença da urina preta”, que acometeu importantes espécies de pescado do estado. Esse evento trouxe prejuízos econômicos e sociais aos agentes envolvidos com a pesca e aquicultura, e insegurança alimentar aos consumidores.

“Esse problema envolve a comunidade científica e os agentes governamentais na busca de compreensão e solução para essa doença, que traz consequências negativas ao comércio e ao consumo do pescado para a região. Nossa pesquisa pode mostrar, ao longo do tempo, como fatores a exemplo deste podem afetar significativamente a economia do primeiro setor do nosso estado. O incentivo às pesquisas aplicadas, com o destino de emendas impositivas visando o desenvolvimento econômico do primeiro setor, propicia maior aproximação da academia, setor produtivo e agentes governamentais, e apresenta resultados efetivos aos investimentos realizados pelos parlamentares, como esta iniciativa do deputado Dermilson Chagas. Nosso objetivo comum é trazer respostas à sociedade, constantemente”, enfatizou.

A professora também destacou que os estudos ajudarão a formular futuras políticas públicas para o setor pesqueiro. “É necessário que a gente acompanhe anualmente e termos uma série temporal de dados para que a gente possa saber o comportamento do setor pesqueiro: época de safra, entressafra, qual a espécie mais pescada, o preço que as espécies são comercializadas e quais as mudanças de comportamento do consumidor, porque isso afeta muito as vendas e o comércio de pescado em si”, comentou Angélica Corrêa.

Após a conclusão das pesquisas, todos os dados e indicadores gerados serão inseridas no banco de dados do Laboratório de Economia e Administração Pesqueira (Leap) da FCA-Ufam e serão disponibilizadas à sociedade para subsidiar a tomada de decisões dos agentes da pesca e agentes públicos, bem como apoiar as pesquisas acadêmicas e aplicadas em prol do desenvolvimento do setor pesqueiro.

Amazônia tem recorde de alertas de desmatamento em janeiro de 2022

Foto: Victor Moriyama

A Amazônia teve recorde de alertas de desmatamento no mês passado. Foi o pior janeiro desde 2016, quando começou o monitoramento.

Geralmente, janeiro é um mês em que o desmatamento diminui por causa das chuvas constantes na Amazônia. Mas o gráfico no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra claramente como este ano foi diferente. Os alertas de desmatamento detectados somaram 430 quilômetros quadrados – quatro vezes maior do que em janeiro do 2021.

Imagens de satélite mostram que o desmatamento está acelerando também em partes da floresta antes preservadas, como o sul do estado do Amazonas, perto da divisa com Acre e Rondônia. Na região, a destruição da floresta tem um ritmo de 420 campos de futebol por dia.

“Pode estar se construindo um novo flanco de abertura da Amazônia que vai chegar no centro mesmo da Amazônia, que é a parte mais preservada dela. Esses números de janeiro são um alerta. A gente pode estar passando por um ano que vai ser muito dramático em termos de desmatamento”, afirma Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas.

Pesquisadores, servidores e fiscais de órgãos como o Ibama ouvidos pelo Jornal Nacional afirmam que o desmatamento registrado em janeiro é resultado da contínua falta de ação do governo federal para conter os crimes ambientais na Amazônia. Eles apontam o desmonte da fiscalização ambiental e a postura do presidente da República como incentivos à ação de criminosos.

Um estudo do Observatório do Clima mostra que, durante o governo Bolsonaro, o desmatamento aumentou, enquanto o número de multas aplicadas pelo Ibama caiu ao menor nível da série histórica. No ano passado, os embargos de propriedades rurais com dano ambiental caíram 70% em relação a 2018, último ano do governo Temer. As apreensões, 81%.

Em 2021, o Ibama gastou R$ 89 milhões em ações de fiscalização, o que representa 41% do orçamento previsto.

Em campo, as intimidações e agressões contra fiscais têm se repetido com frequência. Em dezembro de 2021, um escritório do órgão foi incendiado em Rondônia. Em janeiro de 2022, dois helicópteros foram depredados no Amazonas.

De acordo com a associação de servidores, em fevereiro de 2019, início do governo Bolsonaro, o Ibama tinha 543 fiscais aptos para operações de campo em todo o Brasil. Agora, são apenas 168.

“E isso eu estou falando para o Brasil inteiro. Para todos os biomas, incluindo todo o mar territorial. Então, de fato é um número que não é condizente com a realidade que a gente tem de enfrentar. A gente não tem como atender o que a sociedade espera com esse número tão pequeno de fiscais”, afirma Wallace Lopes, diretor-adjunto da Associação Nacional dos Servidores Ambientais (Ascema).

O Ibama afirmou que o valor empenhado para ações de fiscalização no ano passado pode ser usado em 2022.

*Com informações de G1

Ouro ilegal da Terra Indígena Kayapó termina em gigante italiana

Garimpo ilegal de ouro é realidade na terra indígena Kaiapó - Foto: Felipe Werneck / Ibama

O ouro extraído ilegalmente nos garimpos da Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará, alimentou a produção de um dos maiores líderes de metais preciosos da Europa. Trata-se de um grupo italiano especializado em refinar o minério para a confecção de joias, como alianças de casamento, e para a formação de barras de ouro que são guardadas em cofres de bancos suíços, ingleses ou americanos.

A compradora estrangeira deste metal de áreas proibidas da Amazônia – “legalizado” por meio de fraude antes de ir para o exterior – é a Chimet SPA Recuperadora e Beneficiadora de Metais, sigla em italiano para Química Metalúrgica Toscana, uma gigante do setor que ocupa a posição número 44 entre as empresas que mais faturam na Itália. Em 2020, ela teve a maior receita da sua história: mais de 3 bilhões de euros (cerca de R$ 18 bilhões), um aumento de 76% em relação ao ano anterior.

Para chegar ao nome da refinadora italiana, a Polícia Federal investigou uma complexa organização criminosa do garimpo ilegal, formada por dezenas personagens que atuam no sul do Pará e que mantêm conexões com empresas sediadas em São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro – que, por sua vez, “lavam” (legalizam por meio de fraude) e exportam o metal.

O esquema foi desnudado em outubro do ano passado com a Operação Terra Desolata, quando foram expedidos 12 mandados de prisão e 62 de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 469 milhões das contas dos investigados. Hoje, três meses depois da operação, todos os detidos foram soltos por meio de habeas corpus.

A Chimet nasceu nos anos 1970 de um braço da Unoaerre, outra líder do setor na Itália e empresa quase centenária, que se apresenta como a responsável por produzir 70% das alianças de casamento vendidas no país. As duas são controladas atualmente pela mesma família, a Squarcialupi, e estão sediadas em Arezzo, cidade que tem tradição milenar na produção de joias.

Descrita no seu próprio site como uma empresa “amiga do meio ambiente” e detentora de certificados de sustentabilidade “por sua atuação responsável”, a Chimet afirmou à Repórter Brasil que sempre compra o metal acompanhado de documentos que atestem sua origem legal.

“As compras em questão sempre estiveram acompanhadas de documentação que atesta a proveniência lícita do metal, como demonstrado também das faturas e das autorizações para a exportação do fornecedor, além dos documentos da aduana, sejam brasileiros ou italianos”, disse em nota. Entretanto, a empresa reconheceu “o risco de que efeitos negativos possam ser associados ao comércio e exportação de minerais de áreas de alto risco”. Leia aqui a resposta na íntegra.

O Brasil, nesse caso, é “a área de alto risco” devido à facilidade de se fraudar a origem do ouro, bem como à fragilidade da fiscalização por parte da Associação Nacional de Mineração (ANM) e demais órgãos. As notas fiscais que declaram a origem do minério são em papel, preenchidas pelo vendedor, que facilmente pode mentir sobre o local de onde foi extraído o metal.

“Infelizmente, o ouro ilegal é uma realidade no mercado europeu. As empresas têm essa dupla face, compram ouro de procedência ilegal para atingirem certos padrões internacionais de quantidade de produção”, afirma Nunzio Ragno, presidente da A.N.T.I.C.O., sigla da associação italiana para a proteção do setor do ouro.

O inquérito da PF aponta ainda que a Chimet adquire o produto da brasileira CHM, em uma relação de parceria “estabelecida há décadas” por intermédio do italiano Mauro Dogi e seu filho Giacomo, que moram no Brasil. Ambos são os sócios da CHM e figuram como investigados pelo comércio ilegal de minério.

Eles são descritos pelos investigadores como “os principais destinatários do ouro ilegal oriundo das terras indígenas da região”. Mauro Dogi já foi funcionário da Chimet na sua fábrica em Arezzo. “Observa-se que o próprio nome da empresa CHM é a simplificação de Chimet”, diz o inquérito da PF, revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo e obtido pela Repórter Brasil.

Entre setembro de 2015 e setembro de 2020, a Chimet pagou à CHM do Brasil o equivalente a 317 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) na aquisição de cerca de uma tonelada do metal. A empresa europeia alega que esse volume é irrelevante em relação ao total – 70 toneladas – trabalhado anualmente nas fábricas do grupo.

A CHM, por sua vez, comprou o metal da Cooperouri (Cooperativa de Garimpeiros e Mineradores de Ourilândia e Região) que, segundo a PF, extrai o ouro do território indígena. Como prova, os policiais informam que a empresa fundada por Dogi fez 25 depósitos à cooperativa, no total de R$ 11,7 milhões, no período de um ano (entre 2019 e 2020).

Exportação em voos privados

A CHM também atua como exportadora do ouro ilegal. O inquérito aponta que a exportação acontece “em voos privados, sem o devido conhecimento das autoridades competentes, sem passar pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex)”.

Questionada, a Receita Federal disse à Repórter Brasil que “se a exportação é clandestina não há que se falar em registro no Siscomex, pois sua característica é evadir-se dos controles do Estado”, e que a Receita e a PF “trabalham em conjunto em ações de combate ao contrabando e ao comércio ilegal de ouro”.

A Chimet, por meio do advogado Roberto Alboni, afirmou que Mauro Dogi trabalhou como operário na sede italiana durante cinco anos, entre 1990 e 1995, dando a entender que não se trata de pessoa que mantenha relação com os altos escalões da empresa. A companhia ainda contestou a informação citada na investigação brasileira: disse que sua relação com a CHM do Brasil durou “de quatro a cinco anos”, sendo interrompida em outubro passado após a notícia da operação realizada pela Polícia Federal (e não décadas, como afirma o inquérito).

Em nota, a CHM negou que tenha adquirido ouro de terras indígenas e disse que suas aquisições foram feitas “de cooperativas aptas a minerar em suas respectivas áreas, as quais sempre apresentaram a documentação legalmente exigida e necessária para exercer suas atividades.” A empresa confirmou que o minério adquirido tem como destino grupos estrangeiros e afirmou que “todo o ouro comprado no mercado interno passa pelo crivo da Receita Federal e da Polícia Federal quando do processo de exportação”. As atividades da empresa, segundo seus advogados, estão temporariamente suspensas. Leia aqui a resposta na íntegra.

A Repórter Brasil tentou contato com a diretoria da Cooperouri, mas o advogado responsável pela defesa da cooperativa e de um dos seus diretores, Douglas Alves de Morais, não respondeu às perguntas enviadas pela reportagem até a publicação deste texto.

O patrão de Badia al Pino

O fundador da Chimet, Sergio Squarcialupi, que já foi presidente da Unoaerre, é descrito na imprensa da Toscana como “il patron di Badia al Pino” [o patrão de Badia al Pino], em referência a um distrito de Arezzo onde está uma das instalações da empresa. Sua filha, Maria Cristina Squarcialupi, é a atual presidente do conselho de administração da fabricante de joias Unoaerre.

A família Squarcialupi, em especial o patriarca Sergio, foi investigada pela Procuradoria de Arezzo a partir de 2008, em um caso que envolveu agentes públicos acusados de favorecer a companhia com licenças ambientais forjadas.

O fundador da Chimet foi condenado por diversos crimes, como dano ambiental, organização para tráfico ilícito de rejeitos e falsidade ideológica, mas as decisões foram revertidas na Suprema Corte de Cassação (equivalente ao Supremo Tribunal Federal) em 2017.

Quem enfrentou o grupo, inclusive judicialmente, alega se tratar de um conglomerado demasiadamente forte e poderoso. Para quem defende a família, como o advogado Roberto Alboni, o que houve foi uma perseguição judicial marcada por erros. “Foi um processo doloroso, Sergio Squarcialupi até perdeu a saúde por causa disso, mas a empresa teve a oportunidade de mostrar que não houve nada de errado”, ressaltou.

Procurada, a Unoaerre disse nunca ter comprado ouro diretamente do Brasil. No entanto, em seu balanço de sustentabilidade de 2020, ela informa que realiza a maioria de suas aquisições, bem como o refinamento do ouro, com a parceira Chimet, descrita no mesmo documento como uma companhia que atende os critérios de atestar que o ouro tem uma “origem legítima” e “livre de conflitos”.

Como se tratam de empresas irmãs, é provável que o ouro extraído ilegalmente da terra indígena dos Kayapós tenha terminado nos dedos dos noivos italianos.

Procurada pela Repórter Brasil, a Guardia di Finanza, uma das forças policiais que se ocupa de questões financeiras e econômicas na Itália, disse que atividades como a descrita pela Polícia Federal brasileira no inquérito – ouro ilegal brasileiro que é “lavado” e vai parar numa empresa italiana – poderia ensejar alguma investigação das autoridades italianas. Mas, por ora, ressaltou a assessoria de imprensa, não há nenhuma análise a respeito.

Uma das dificuldades para esse tipo de investigação é o fato de o ouro brasileiro ser “lavado”, ou seja, “legalizado” no Brasil antes da exportação. Como há um documento que atesta tratar-se de metal supostamente legal e lícito, o problema passa a ser das autoridades brasileiras, escapando da atribuição das autoridades italianas.

Tanto a Chimet como a Unoaerre têm certificados de boas práticas de organizações como a Responsible Jewellery Council, com sede em Londres, que elaborou uma linha guia para o setor de modo a observar a legalidade do ouro e a preservação dos direitos humanos, inclusive durante a sua extração. Elas ainda estão sujeitas a um regulamento aprovado pelo Parlamento Europeu em 2017 que impõe a obrigatoriedade do controle das fontes dos metais preciosos originários de fora da União Europeia e comprados por alguma empresa sediada na Europa.

*Com informações de Brasil de Fato

 

Ong internacional apoia Semsa com insumos para atendimento a refugiados

Foto: Divulgação / Semsa

A Prefeitura de Manaus recebeu a doação de insumos e equipamentos destinados ao fortalecimento das ações de atenção e cuidado à saúde de migrantes e venezuelanos, indígenas e outros segmentos em situação de vulnerabilidade social em Manaus. O auxílio veio da Fundação Pan Americana de Desenvolvimento para a América Latina (Fupad), uma Organização Não Governamental de ajuda humanitária com atuação na América Latina e Caribe, por meio do programa “Integrando Horizontes”.

A entrega dos materiais foi realizada no Departamento de Logística (Delog) da Semsa. Dentre os itens doados destacam-se macas, estetoscópios, sonares portáteis, balanças pediátricas e testes para Covid-19.

Para a chefe do Núcleo de Saúde dos Grupos Especiais da Semsa, Wanja Leal, as doações articuladas junto aos organismos de ajuda humanitária, com foco especial às mulheres e às crianças, representam uma importante contribuição para o enfrentamento da pandemia.

“Sem dúvida essa parceria, tem grande relevância para o incremento das ações já em curso, desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde, junto às pessoas que, em razão da alta vulnerabilidade socioeconômica, encontram-se mais suscetíveis aos impactos da pandemia”, frisou Wanja.

‘Pacote do veneno’ conduz o Brasil a importar drogas que ninguém mais usa

A Câmara dos Deputados aprovou o chamado “Pacote do Veneno”. Assim, conduz o Brasil a se tornar o maior importador de agrotóxicos do mundo. Importando, inclusive, drogas que ninguém mais usa, e cujas consequências são extremamente danosas. Tanto para o território onde o agrotóxico é utilizado e a vida ao seu redor como para o consumidor de tais produtos.

Ao mesmo tempo, saiu um documento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês). Trata-se de uma organização internacional de cientistas, dedicada avaliar a situação climática e a questão da sustentabilidade no planeta. E esse documento sustenta que a atividade agrícola terá de envolver-se com a preservação do meio ambiente, caso queira continuar sua atividade.

Acontece, porém, que no Brasil a crença generalizada é a de que tudo se resolve com remédios alopatas. Só tivemos um problema na hora da vacinação contra a covid-19, por causa do negacionismo incutido pelo presidente da república. Mas, de resto, o brasileiro é bastante aberto à alopatia.

Por isso, qualquer problema com a produtividade agrícola será tratado como ausência de remédio, que agora não é mais chamado de agrotóxico, mas de pesticida. Ou, mais incorreto ainda, “defensivos agrícolas”.

É verdade que muita coisa se resolve com remédio. Mas, o IPCC está deixando claro que o remédio para alimentar o mundo é diminuir drasticamente a devastação do planeta.

Porém, como parece estar claro, o produtor brasileiro não trabalha com tais categorias. Haja vista que no mês de janeiro viu um novo recorde de devastação da Amazônia.

O triste é que há os defensores do meio ambiente, mas o meio ambiente propriamente dito não tem como se defender.

Por isso, insisto tanto em transformar o meio ambiente, pelo menos os que correm risco real de solução de continuidade, em sujeitos de direito. Desse modo, teria como, através de seus defensores legais, entrar na Justiça contra os agressores.

Quem sabe um dia possamos ter um Superior Tribunal da Sustentabilidade.

Enfim, o quadro mundial é extremamente preocupante. Contudo, a postura brasileira não só aumentou a possibilidade de importação de agrotóxicos, como tirou poderes de órgãos de contenção, como a Anvisa e o Ibama. Portanto, fica demonstrado que não há nenhuma boa vontade na liderança do país em considerar a ideia da contenção da destruição do planeta.

*Com informações de Rede Brasil Atual

Macron e Putin tem longo telefonema para debater Ucrânia

Macron se reúne com Putin e diz que quer evitar guerra - Foto: Ludovic Marin

O presidente da França, Emmanuel Macron, conversou por mais de 1h40 por telefone neste sábado (12) com seu homólogo russo, Vladimir Putin, para tentar diminuir a tensão sobre a crise ucraniana, informa o governo francês.

O telefonema ocorre menos de uma semana depois de um encontro formal entre os dois líderes em Moscou, que foi considerado um fracasso na tentativa de encontrar uma via diplomática para tentar aplacar o risco de um conflito bélico.

Os detalhes da conversa não foram divulgados, mas o governo francês destacou que “um diálogo sincero” não é compatível com “uma escalada militar” na fronteira.

Os dois líderes ainda “expressaram o desejo” de continuar a seguir pela via diplomática para tentar resolver a crise e para continuar a discutir “formas de avançar na implementação dos Acordos de Minsk”, assinados em 2015.

Os documentos assinados por russos e ucranianos tiveram a intermediação da Alemanha e da França, mas nunca foram plenamente implementados por Kiev e Moscou, apesar das disputas bélicas na área de Donbass terem se acalmado.

Além disso, Macron e Putin concordaram que é preciso continuar a debater “as condições para a segurança e a estabilidade na Europa”.

O presidente francês tornou-se uma espécie de líder das posições da União Europeia na crise e tenta mediar a situação também pensando nos efeitos negativos que uma guerra na Ucrânia teria para todo o continente, especialmente, no que tange a segurança e o fornecimento de gás natural.

*Com informações de Terra

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