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Polícia do Rio indicia madrasta acusada de envenenar enteados com chumbinho

Filhos de Cíntia Mariano reafirmam culpa da mãe no envenenamento dos enteados. (Imagem: Reprodução)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou o indiciamento de Cíntia Mariano Cabral, de 49 anos, presa sob suspeita de matar sua enteada envenenada e tentar matar seu enteado da mesma forma. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público do Estado do Rio, que vai analisar se denuncia Cintia à Justiça, arquiva o caso ou pede a continuidade da investigação. Ela está presa desde 20 de maio.

No dia 15 daquele mês, Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, almoçou na casa que seu pai, Adeílson Cabral, dividia com a então mulher, Cintia – Adeílson era separado de Jane Cabral, mãe de Bruno – em Padre Miguel, na zona oeste do Rio. O adolescente passou mal após a refeição – ele reclamou do gosto do feijão e estranhou a presença de uma substância azul.

O adolescente se sentiu zonzo, ficou molhado de suor e logo não conseguia mais falar, com a língua enrolando. Foi internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio), e conseguiu se recuperar da intoxicação – teve alta quatro dias depois.

Cintia foi presa no dia 20 sob a suspeita de tentar envenenar o enteado. Inicialmente ela afirmou à Polícia Civil que a substância azul detectada no feijão era um tempero industrializado para alimentos. Depois, em depoimento oficial e acompanhado por advogado, manteve-se em silêncio.

A partir da suposta tentativa de matar o enteado, a madrasta começou a ser investigada também pela morte da irmã de Bruno, Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos. Ela morreu em 28 de março, após apresentar sintomas semelhantes aos do irmão e passar 13 dias internada no mesmo hospital.

Quando ela chegou à unidade de saúde ainda não havia suspeita de envenenamento, por isso não houve tratamento imediato específico para isso. O corpo de Fernanda foi exumado em 26 de maio e os exames realizados pelo Instituto Médico Legal foram inconclusivos, devido ao tempo passado desde a morte. Mas, segundo a polícia, o conjunto de informações permite concluir que ela foi envenenada.

A perícia indicou que Fernanda foi vítima de intoxicação por algum inibidor da enzima acetilcolinesterase, fundamental para a propagação do impulso nervoso. Esse tipo de inibição é produzida por carbamatos (substâncias popularmente conhecidas como chumbinho) e pesticidas e causa exatamente os sintomas apresentados por Fernanda e Bruno.

Também foi feito exame do material gástrico de Bruno, que identificou dois tipos de pesticidas no estômago dele.

O delegado Flavio Rodrigues, titular da 33ª DP (Realengo) e responsável pela investigação do caso, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira e comentou a conduta da madrasta quando o enteado reclamou do gosto do feijão. “Chama muita atenção a indiciada recolher o prato de Bruno e levar ao cooktop, apagar a luz e servir mais feijão. Como isso vai passar despercebido? Quem de nós faria isso em nossa casa se reclamássemos do gosto amargo da comida? Quando alguém reclama de gosto, geralmente joga a comida fora. Mas ela recolhe o prato e serve mais feijão. E só o garoto reclamou do gosto do feijão. Foi o primeiro evento que chamou a atenção”, afirmou.

O delegado também citou os depoimentos prestados por dois filhos biológicos de Cíntia, que afirmaram ter ouvido dela a confissão do crime. “Lucas fala: ‘Minha mãe me confessou em uma conversa que tive com ela que envenenou o Bruno e a Fernanda há dois meses porque não queria dividir a atenção do companheiro. Minha mãe confessou isso para mim’. Há 21 anos na polícia, eu nunca tinha visto alguém vir a público pedir justiça por um crime praticado pela própria mãe”, afirmou.

*Com Estadão Conteúdo

 

Vaticano anuncia adesão à Convenção do Clima

Documento oficial também aborda a intenção da Santa Sé de aderir ao Acordo de Paris. (Foto: Reprodução/Flickr)

O documento de adesão à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas foi entregue pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, dom Gabriele Giordano Caccia.

Segundo o Vaticano, assim que possível, com base nos requisitos legais previstos no Acordo de Paris, a Santa Sé também pretende depositar o instrumento de adesão para este tratado.

A nota destaca que estes desafios assumem “relevância não só ambiental, mas também ética, social, econômica e política, afetando, sobretudo, a vida dos mais pobres e vulneráveis”.

*Com ANSA

 

Flamengo quer Maracanã mas analisa terrenos e conversa com governo por estádio próprio

Foto: Flamengo

Apesar de mirar a concessão do Maracanã, a diretoria do Flamengo avança com o projeto de construção de um estádio próprio. Dirigentes do clube já analisam as possibilidades de terrenos, de Deodoro, Barra da Tijuca à zona central do Rio de Janeiro. E já iniciaram conversa com o governo federal.

O presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, está à frente das conversas relacionadas ao estádio. A repercussão positiva do projeto entre torcedores fez o dirigente criar um senso de urgência para a ideia. Até porque o Flamengo levantou que é um dos poucos clubes da Série A sem estádio próprio.

O clube já tem um acordo com o Fluminense para disputar a concessão definitiva do Maracanã. Mas a disputa judicial recente do Flamengo com o Vasco para o uso do estádio deixa os rubro-negros com um pé atrás sobre a segurança jurídica do estádio. O entendimento é de que o clube pode obter uma concessão e, mesmo assim, o governo do estado impor condições durante o contrato.

Assim, a diretoria iniciou as conversas sobre o estádio com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. A intenção era ver a viabilidade do uso da área do Parque Olímpico para a construção do estádio, o que demanda uma negociação com o consórcio da Odebrecht e Carvalho Hosken, que é dono da maior parte do terreno. Paes sugeriu Deodoro, na zona norte, onde há um terreno do Exército, isto é, pertencente à União.

Landim foi a Brasília para conversar com representantes do governo federal sobre terrenos da União. Deodoro é só uma das opções. O dirigente também faz levantamos sobre outros terrenos federais em áreas mais centrais da cidade que poderiam ser utilizados.

Na dinâmica do projeto, a prefeitura do Rio garantiria transporte até o local. Além disso, Landim vai iniciar conversas com empresas para parcerias para bancar a construção. A ideia é incluir um projeto imobiliário conjunto em troca de viabilizar a construção.

Certo é que o projeto do estádio será tocado em paralelo com a concessão do Maracanã. Primeiro porque o clube ainda vai jogar bastante no estádio até uma futura construção. Segundo, poderia se manter atuando no Maracanã em jogos maiores. Até porque ainda não há uma decisão sobre o tamanho da casa própria.

Com informações do Uol

Amazonas registra 749 novos casos de Covid-19 e duas mortes só nessa sexta-feira

Casos de Covid registram aumento em todo o Brasil

Dos 749 novos casos, 302 casos foram diagnosticados no interior do estado, enquanto 447 são de Manaus.

O Amazonas registrou 749 novos casos de Covid-19 nesta sexta-feira (8), de acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Duas novas mortes foram confirmadas após a data da ocorrência por critério clínico, imagem, clínico epidemiológico ou laboratorial.

Com os novos registros, o Amazonas contabiliza 589.688 casos da doença. O número de mortes desde o início da pandemia é de 14.182.

Dos 749 novos casos, 302 casos foram diagnosticados no interior do estado, enquanto 447 são de Manaus.

Em todo o estado, há 98 pessoas internadas com a doença. Desse total, 78 estão em hospitais da capital e 20 estão sendo atendidos no interior

Com informações do G1-AM

MEC pretende cortar mais R$ 300 mi no orçamento dos institutos federais para 2023

Reitores de institutos federais foram ao Congresso para discutir sobre corte no orçamento de 2022 e previsão de perda para o próximo ano (Foto: Divulgação / Conif)

O MEC (Ministério da Educação) prevê para 2023 um orçamento com R$ 300 milhões a menos em relação ao dinheiro disponibilizado neste ano para os institutos federais. Reitores afirmam que os cortes de verba têm aumentado nos últimos seis anos.

A previsão de orçamento desse setor para o próximo ano é de R$ 2,1 bilhões. A informação foi enviada pelo MEC nesta semana aos reitores dos institutos. Essa verba é destinada ao pagamento das despesas de custeio, que incluem gastos como água, luz, limpeza e bolsas dos alunos.

“São R$ 300 milhões a menos comparado com 2022, que já tem um orçamento insuficiente, que não considera a inflação nem o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]”, explica Cláudio Alex Jorge da Rocha, presidente do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica).

O valor ainda é uma previsão, porque o governo precisa enviar o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) até agosto ao Congresso. A expectativa é que os recursos para 2023 comecem a ser discutidos pelos parlamentares após as eleições, que acontecem em outubro.

Rocha, que também é reitor do IFPA (Instituto Federal do Pará), afirma que o orçamento ideal deveria ser de R$ 3,2 bilhões. A verba para 2022 é de R$ 2,4 bilhões.

Na comparação com os últimos dez anos, o orçamento previsto para 2023 só não será menor do que o de 2021 —que ficou em R$ 2.080,54 com a correção pelo IPCA.

A diferença, no entanto, é que no ano passado a maioria dos institutos federais estava com aulas remotas ou em sistema híbrido, diminuindo assim os gastos básicos de funcionamento das instituições.

Para impedir um orçamento tão baixo, os reitores se reuniram na quarta-feira (6) com diferentes deputados para falar sobre o tema. Segundo o Conif, há uma preocupação com os estudantes de baixa renda —70% da rede federal é formada por alunos de famílias da classe C e D, que dependem, por exemplo, das bolsas de permanência.

“Não tem como iniciar o ano com esse valor”, disse o reitor do IFPI (Instituto Federal do Piauí), Paulo Borges da Cunha. Ele atua na rede federal há mais de 20 anos e contou nunca ter vivido uma situação de tantas reduções como a atual. “A gente precisa deixar bem claro que, com esse valor, a rede federal fica totalmente prejudicada”, disse Cunha.

Procurado pelo UOL, o MEC não respondeu aos questionamentos da reportagem. O espaço fica aberto para atualizações.

Para o presidente da Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação), Nelson Cardoso do Amaral, a prioridade do governo não tem sido a educação e a situação atual é “dramática”. “Por que só estão reduzindo dinheiro da educação, ciência e tecnologia? Essas são áreas fundamentais para o futuro. Como pensar em um futuro sem investimento nessas áreas?”, questiona Amaral.

Gastos aumentam, orçamento não

O valor de referência foi enviado pelo MEC nesta semana para que os reitores comecem o planejamento do próximo ano. Segundo a reitora do IFB (Instituto Federal de Brasília), Luciana Massukado, o orçamento previsto pela pasta não considera um real para investimento em obras e modernização dos institutos. “Não teremos dinheiro, por exemplo, para contratação de profissionais que atendem alunos com deficiência”, afirma a reitora. Para ela, mesmo que o orçamento se mantivesse, não seria suficiente, já que os gastos acompanham a inflação, diferentemente da verba disponibilizada pelo governo.

Como exemplo, ela cita o serviço de um motorista terceirizado que leva as turmas para visitas técnicas. Em 2015, segundo a reitora, o IFB pagava R$ 4.500 por esse trabalho. Em 2022, esse mesmo motorista custa R$ 7.000. “É uma tragédia anunciada, não tem como dizer outra coisa”, afirma.

Corte em 2022

Além da mobilização em relação ao orçamento do próximo ano, os reitores têm trabalhado para reverter o corte na verba de 2022. “Precisamos da recomposição de R$ 184 milhões, um dinheiro que foi tirado pelo governo federal para remanejar para outras áreas”, disse o presidente do Conif.

O corte afeta o funcionamento pleno dos campi, que voltaram ao ensino presencial em sua totalidade neste ano.

A frente da educação da Câmara dos Deputados afirma que tem atuado nessa mobilização. “Temos conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), com o MEC, e feito uma série de estudos buscando a recomposição desse orçamento”, disse o presidente da frente, o deputado federal Israel Batista (PSB-DF). Ele participou da reunião dos reitores com Lira. Ele alerta também para a queda no investimento de alimentação e ajuda de permanência aos estudantes. A rede federal conta com mais de 1,5 milhão de alunos e mais de 600 campi pelo Brasil.

A reportagem também questionou o MEC sobre uma possível recomposição e como a pasta tem trabalhado para ajudar os institutos federais. Caso o ministério responda, o texto será atualizado.

Com informações do Uol

Elon Musk desiste de comprar Twitter por U$ 44 bi e rede social promete batalha judicial

Foto: Brendan Smialowski / AFP

Bilionário afirmou que houve violação de várias disposições do acordo e que a plataforma não forneceu dados suficientes sobre o número de contas falsas existentes. Empresa disse que empresa vai à Justiça para que o acordo seja cumprido.

O bilionário Elon Musk informou hoje (8) que desistiu do acordo de compra do Twitter. Em documento enviado à SEC, órgão americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários, ele afirmou que houve uma violação de várias disposições do acordo.

Em comunicado, o Twitter disse que a empresa vai recorrer à Justiça para fazer valer o negócio firmado com Musk.

O anúncio da saída do bilionário do negócio acontece três meses depois que ele chegou a um acordo com o conselho de administração do Twitter para comprar a rede social por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 231 bilhões na cotação de hoje).

Antes da oferta da compra, Musk chegou a adquirir 9% das ações da rede social.

O homem mais rico do mundo vinha questionando a plataforma sobre o número de contas falsas e de spam, e já havia ameaçado desistir da compra se não pudesse realizar sua própria análise. A rede social diz que os perfis fake representam menos de 5% de sua base de 229 milhões de usuários.

Mas Musk diz que sua análise parcial, a partir de dados fornecidos pela companhia, mostram que o número é maior. Segundo seus advogados, tudo indica que as informações divulgadas sobre as contas suspeitas são “falsas ou materialmente enganosas”. “A análise preliminar dos consultores de Musk das informações fornecidas pelo Twitter até o momento faz com que Musk acredite fortemente que a proteção de contas falsas e de spam incluídas na contagem de usuários relatada é muito superior a 5%”, afirmam advogados do bilionário em carta enviada à SEC nesta sexta-feira (8).

O novo documento aponta que o Twitter não forneceu todos os dados que, na avaliação de Musk, seriam necessários para finalizar a negociação.

“O Twitter não cumpriu suas obrigações contratuais. Por quase dois meses, Musk buscou os dados e informações necessários para ‘fazer uma avaliação independente da prevalência de contas falsas ou spam na plataforma do Twitter'”, diz a carta. “O Twitter falhou ou se recusou a fornecer essas informações. Às vezes, o Twitter ignorou os pedidos de Musk, às vezes os rejeitou por razões que parecem injustificadas e, às vezes, afirmou cumprir ao fornecer informações incompletas ou inutilizáveis a Musk”, continuou.

Ele tornou o assunto público no próprio Twitter e quando o presidente-executivo da rede social, Parag Agrawal, defendeu a empresa em uma série de tuítes, Musk respondeu com um emoji de cocô.

O que acontece agora?

O acordo determina que Musk deve pagar multa de US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões) se houver quebra de contrato ou se o negócio virar uma disputa judicial. A empresa também pode ser obrigada a pagar a mesma taxa de rescisão ao bilionário em circunstâncias específicas.

Após o anúncio da desistência do dono da empresa de foguetes SpaceX e da fabricante de carros elétricos Tesla, o Twitter prometeu uma batalha judicial para fazer o negócio ser cumprido. “O conselho do Twitter está comprometido em fechar a transação no preço e nos termos acordados com o sr. Musk e planeja entrar com uma ação legal para fazer cumprir o acordo de fusão. Estamos confiantes de que prevaleceremos no Tribunal de Chancelaria de Delaware”, afirmou a empresa.

As ações da rede social caíam 5% no fim da tarde desta sexta, na bolsa de Nova York.

A polêmica sobre contas falsas

O recuo vinha sendo desenhado há algum tempo. Em 13 de maio, Musk chegou a dizer que o acordo estava suspenso temporariamente, alegando que o Twitter não conseguiu justificar os pedidos dele para saber mais sobre a abundância de contas falsas e de spam na rede social.

O anúncio fez com que as ações da companhia caíssem em torno de 20% nas negociações prévias à abertura da Bolsa de Nova York.

Mas Musk disse que não acreditava que as “metodologias de teste negligentes” da empresa eram adequadas e que queria conduzir sua própria análise. Por isso, solicitou dados à rede social. Segundo o comunicado de encerramento do acordo, o primeiro pedido de Musk ao Twitter sobre a prevalência de contas falsas ou de spam na plataforma foi feito em 9 de maio.

O bilionário alega ter feito repetidas tentativas para conseguir os dados, mas que só recebeu dados incompletos da plataforma. O questionamento de Musk sobre a quantidade de contas suspeitas no Twitter foi apontado por analistas como uma possível tentativa do bilionário de renegociar ou até mesmo se afastar do negócio.

O que Musk queria com a rede social?

Em abril, quando o acordo foi anunciado, Musk afirmou que o Twitter tem um “potencial tremendo” e deve ser uma “arena” da defesa da liberdade de expressão.

“Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando bots de spam e autenticando todos os humanos”, disse o bilionário na ocasião. Musk afirmou que queria abrir o código do algoritmo da rede social, que orienta, por exemplo, a exibição de posts, e autenticar todos os usuários humanos.

Com informações do G1

Estudo reafirma importância da vacina contra Covid-19 para crianças e adolescentes

Foto: Fiocruz (2021)

Pesquisa apontou redução do número de óbitos por Covid-19 entre adolescentes de 12 a 17 anos, durante o período mais crítico da epidemia em 2022 e substancial aumento em menores de 12 anos, principalmente nos menores de 5. O estudo é resultado de uma parceria entre o Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD-Fiocruz Amazônia) e as Universidades do Estado do Amazonas (UEA) e Federal de Pelotas (UFPel).

O padrão se repete em junho de 2022, na vigência da quarta onda de contágios, devido à falta de acesso das crianças à vacinação. “Nos adolescentes de 12 a 17 anos, vacinados ainda em 2021, observamos uma queda significativa de 40% na mortalidade por Covid-19 no período mais crítico da terceira onda, de 23 de janeiro a 12 de fevereiro de 2022, em comparação com o período mais crítico da segunda onda (14 de março a 3 de abril/2021)”, explica o epidemiologista da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana. Segundo ele, nas crianças de 5-11 anos, houve aumento de 74% na mortalidade por Covid-19, comparando o período mais crítico de 2022, com o pior de 2021.

O pesquisador salienta que o impacto da mortalidade por Covid-19 em crianças segue aumentando no Brasil, sobretudo naquelas que ainda não foram vacinadas. Durante o levantamento, outro ponto importante identificado foi o da forte queda da mortalidade em adultos no Brasil, muito provavelmente devido ao efeito protetor das vacinas e mesmo em contexto de ampla circulação da variante de preocupação ômicron, muito mais contagiosa do que versões originais do novo coronavírus.

“Esse padrão de aumento nas mortes de crianças se repetiu e foi de 82% naqueles de 2-4 anos e de 54% em crianças de 0-1 ano de idade. Portanto, nas crianças, as taxas de mortalidade foram iguais ou piores do que em fases anteriores da epidemia, se contrapondo ao registro de queda consistente e forte dos adultos, reforçando não só a efetividade da vacina contra Covid-19, mas também a importância do seu uso oportuno e massivo”, afirma Orellana. A amostra final avaliada foi de 408.120 registros de mortalidade, com 0,34% (1.407 óbitos) ocorrendo antes dos 18 anos e 64,6% (263.771) naqueles com 60 anos e mais. “Observaram-se padrões opostos na mortalidade por Covis-19 no Brasil, com crianças majoritariamente não vacinadas ou insuficientemente protegidas pela vacinação em massa de um lado e apresentando taxas de mortalidade iguais ou maiores do que em fases anteriores da epidemia e, de outro, consistente e forte padrão de queda em indivíduos incluídos na campanha nacional de vacinação”, analisa Orellana.

Além de Jesem Orellana, assinam o estudo os professores Lihsieh Marrero, da Escola Superior de Ciências da Saúde da (ESA-UEA), e Bernardo Lessa Horta, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (RS). O artigo “Mortalidade por Covid-19 no Brasil em distintos grupos etários: diferenciais entre taxas extremas de 2021 e 2022”, foi aceito para publicação, e em breve estará disponível na íntegra, na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, que debate políticas públicas e fatores que afetam as condições de vida das populações e os cuidados de saúde.

Com informações da assessoria do ILMD / Fiocruz Amazônia

Projeto ‘O Primeiro Emprego a gente nunca esquece’ chega a mais uma escola municipal

Foto - Thaís Araújo / Semed

Alunos da escola municipal Leonardo da Vinci, localizada no bairro Nova Esperança, zona Oeste, serão beneficiados com o projeto “O Primeiro Emprego a gente nunca esquece”, iniciado na rede municipal de ensino, da Prefeitura de Manaus, no primeiro semestre de 2022. O lançamento oficial da ação aconteceu na tarde de hoje (8), em uma solenidade realizada no auditório da escola.

O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e tem como objetivo estimular as competências dos alunos do 9º ano para a empregabilidade e o empreendedorismo.

Ao final da capacitação, os estudantes receberão certificados e serão indicados a vagas de emprego. As atividades iniciam no sábado (9).

Os alunos receberão capacitação sobre empreendedorismo, treinamento comportamental durante uma entrevista de emprego, aprenderão como criar um currículo, além de outras orientações voltadas para a inserção no mercado de trabalho.

“O objetivo maior desse projeto é levar aos jovens e adolescentes que têm interesse em sua inserção no mercado de trabalho o conhecimento sobre as informações necessárias, para que eles estejam de fato mais qualificados para isso. Os alunos daqui terão quatro encontros que iniciam a partir deste sábado, de 8h às 12h, onde terão acesso a inúmeras informações por meio de oficinas, workshops e em discussões de temáticas”, destacou o coordenador de Projetos do IEL, Almir Pereira.

A parceria entre a Semed e o instituto foi realizada por meio do Núcleo de Parcerias Institucionais (Nupi), da secretaria. O projeto começou em maio deste ano na escola municipal Antônia Pereira, localizada no bairro Santa Etelvina, zona Norte e hoje já beneficia 300 estudantes da rede municipal de ensino, contando com cem alunos da escola municipal Leonardo da Vinci.

Conforme Ricardo Simões, que faz parte da coordenação do Nupi, pelo menos mais uma escola será beneficiada com a ação.

“Com essa escola já beneficiamos 300 alunos e pelo menos nesse primeiro momento pretendemos contemplar mais uma unidade na zona Leste da cidade. Com isso, pretendemos atingir três unidades de ensino até o fim de 2022, sendo uma na zona Norte, uma na zona Oeste, e outra na zona Leste, respectivamente, beneficiando nesse primeiro ciclo do projeto, em torno de 400 alunos do 8º e 9º ano”, informou Ricardo.

Na escola municipal Leonardo da Vinci serão beneficiados cem alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental, com idade entre 14 e 18 anos. O treinamento será dividido em quatro encontros.

Uma das alunas contempladas é a estudante Jamili Vieira Fitzpatrick, de 14 anos, do 9º ano do ensino fundamental. Para ela, que já se encontra na expectativa das informações, o treinamento será uma novidade. “É a primeira vez que vou ter oportunidade de aprender sobre esses assuntos, então estou com uma expectativa muito grande e ansiosa por esse treinamento”, completou.

Com informações da Semed

Evento sensibiliza sobre importância da contratação de migrantes venezuelanos

(Foto: Cristie Sicsú)

A Organização da Sociedade Civil (OSC) Hermanitos promoveu uma roda de conversa especial com empresários de Manaus para destacar a importância da contratação de migrantes e refugiados venezuelanos. O evento aconteceu, nesta semana, no Casarão da Inovação Cassina, localizado na Rua Bernardo Ramos, bairro Centro.

Com o tema “Por que contratar refugiados venezuelanos para sua empresa?”, o principal objetivo do evento foi esclarecer e sensibilizar os empresários sobre os benefícios da contratação deste público e desmentir rumores que fortalecem preconceitos, facilitando as contratações e promovendo mais oportunidades de emprego aos profissionais que são migrantes e refugiados venezuelanos.

De acordo com o co-fundador do Hermanitos, Anderson Mattos, a contratação de venezuelanos proporciona para as empresas diversidade cultural. “Participaram do evento empresários, unidades patronais de Recursos Humanos, comércios e indústrias. Foi um evento importante, pois possibilitou uma conexão com representantes dessas áreas. Apresentamos um pouco das nossas ações com o objetivo de inserir venezuelanos no mercado de trabalho e garantindo apoio com capacitações, e cursos, por meio dos nossos parceiros. Essas oportunidades são transformadoras na vida dos migrantes e refugiados”, explicou Anderson.

A presidente do Conselho do Polo Digital de Manaus, Vânia Thaumaturgo, informou que já realizou contratações de venezuelanos por meio das indicações do Hermanitos. “Temos boas histórias de contratação de pessoas refugiadas com alto conhecimento, capacitação e formação. Quando eu estava trabalhando no Instituto Eldorado, nós contratamos um desenvolvedor de software que conseguiu, inclusive, crescer na empresa e hoje é líder de um time de trabalho. Então, significa que esses profissionais, que estão hoje subaproveitados em nossa região, podem contribuir muito com esse mercado de trabalho”, disse Vânia.

O evento também faz parte do Programa Integrando Horizontes, realizado pelo Hermanitos em parceria com a Fundação Pan Americana para o Desenvolvimento (PADF) e financiado pelo Governo dos Estados Unidos. O Hermanitos tem um Banco de Talentos com centenas de currículos de refugiados e migrantes venezuelanos. Para saber mais, acesse www.hermanitos.org.br.

*Com assessoria

 

UE pede que governo brasileiro ‘cumpra seus compromissos’

O Parlamento Europeu condenou os ataques a ambientalistas no Brasil. (Foto: Shutterstock)

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira, 7, um documento condenando ataques a ambientalistas no Brasil, incluindo a morte de Dom Philips e Bruno Pereira. O órgão legislativo lamentou ainda o desmantelamento da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo atual governo.

Com palavras duras, aprovadas por 362 votos favoráveis, o Parlamento Europeu pediu que o governo brasileiro fortaleça e melhor aplique a legislação contra desmatamento e mineração ilegal no País.

O órgão se mostrou “profundamente” preocupado com os potenciais efeitos de dois projetos de lei: o PL 191/2020, conhecido como “lei da destruição”, que prevê a exploração de minerais em terras indígenas, e o PL 490/2007, que trata sobre demarcação em terras indígenas. Se aprovados no Congresso, os projetos poderiam levar a maior desmatamento e áreas onde vivem indígenas, segundo o documento.

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, deve assegurar “que qualquer estrutura de cooperação (com o Brasil) inclua disposições fortes, vinculativas e aplicáveis em matéria de proteção dos direitos humanos, incluindo os direitos das comunidades indígenas, e a promover o respeito pelas normas e compromissos internacionais, incluindo sobre desmatamento”, diz o texto. Os parlamentares salientaram a importância de responsabilização empresarial sustentável e transparente e reiteraram que regulamentos do bloco sobre produtos sem desmatamento devem incluir a proteção de direitos dos indígenas.

No texto, o Parlamento “clama para que o governo brasileiro cumpra seus compromissos sob o acordo de Paris quanto a mudanças climáticas” e “encoraja fortemente” que o Estado combata crimes ambienteis e implemente nova abordagem sustentável para a Amazônia.

*Com Estadão Conteúdo

 

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