Defesa da Zona Franca é destaques do Grande Expediente na Câmara Municipal de Manaus

Fraude no INSS: governo diz que crise está sob controle; entenda a situação

A revelação de um esquema de fraude bilionária envolvendo o INSS abalou o governo federal e expôs falhas na proteção de dados dos aposentados e pensionistas. A operação Sem Desconto, da Polícia Federal, resultou no afastamento de servidores de alto escalão, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Apesar do impacto, o Palácio do Planalto afirma que a situação está “sob controle” e que o governo Lula agiu assim que teve conhecimento dos fatos. A narrativa oficial busca responsabilizar gestões anteriores, especialmente a do ex-presidente Jair Bolsonaro, onde os primeiros indícios teriam surgido.
escândalo envolvendo descontos indevidos em benefícios do INSS tomou proporções nacionais e gerou uma das maiores crises enfrentadas pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até agora. A deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal revelou um esquema que teria movimentado R$ 6,3 bilhões em fraudes, com prejuízos diretos aos aposentados e pensionistas da Previdência Social.
Em meio à pressão, o governo tenta se reposicionar politicamente. O discurso oficial é o de que a situação está “sob controle” e que a atual gestão agiu de forma diligente assim que os primeiros indícios de fraude no INSS chegaram aos seus quadros. No entanto, documentos internos e relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que a demora em tomar providências pode ter agravado a situação.
A oposição já articula uma ofensiva no Congresso Nacional, cobrando explicações de autoridades envolvidas e pedindo o afastamento do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que resiste no cargo com apoio do Palácio do Planalto. A crise atinge também o núcleo administrativo do INSS, com o afastamento de diretores e coordenadores suspeitos de omissão ou conivência com o esquema.
Como começou o escândalo dos descontos indevidos
O modelo fraudulento investigado pela Polícia Federal baseava-se na adesão forçada de beneficiários do INSS a entidades de classe, muitas vezes sem que os aposentados sequer soubessem que estavam sendo filiados. Essas entidades obtinham autorização para descontar mensalidades diretamente no benefício dos segurados, sob a justificativa de representatividade ou prestação de serviços que nunca eram ofertados.
A brecha que permitia esse tipo de desconto era o Acordo de Cooperação Técnica (ACT), firmado entre as entidades e o INSS. Em tese, esses acordos deveriam facilitar parcerias legítimas, mas foram usados para aplicar golpes em larga escala. A investigação revelou que cerca de 70% das entidades conveniadas descumpriram obrigações legais, como a apresentação de documentos que comprovem autorização expressa dos segurados.
A maioria das vítimas só percebeu o golpe ao notar valores indevidos no contracheque. Em muitos casos, os descontos somavam entre R$ 20 e R$ 40 mensais, valores considerados baixos o suficiente para passarem despercebidos por longos períodos — o que facilitou a perpetuação da fraude.
O que fez o governo Lula após a descoberta
Segundo fontes do Ministério da Previdência, o ministro Carlos Lupi foi oficialmente alertado sobre a suspeita de irregularidades ainda em junho de 2023. No entanto, o assunto só foi incluído na pauta de uma reunião do Conselho Nacional da Previdência Social em abril de 2024. Durante esse intervalo, mais de 1.300 entrevistas com beneficiários indicaram que a maioria nunca autorizou os descontos realizados.

Diante da pressão, o governo decidiu afastar o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e cinco outros servidores de alto escalão. O objetivo era sinalizar controle da situação e garantir que a investigação avançasse sem interferências. Ainda assim, o governo se esforça para demonstrar que a origem do problema remonta a gestões anteriores, especialmente à do ex-presidente Jair Bolsonaro, período em que teriam se intensificado os convênios com entidades suspeitas.
A estratégia política de Lula é evitar o desgaste direto sobre sua gestão. O Palácio do Planalto instruiu ministros e líderes a reforçarem o argumento de que a atual administração está corrigindo erros herdados e tomando as providências necessárias.
Quem foi afastado e o que a PF encontrou
Além de Stefanutto, foram afastados pela Justiça:
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Virgílio Ribeiro de Oliveira Filho (procurador-geral do INSS);
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Vanderlei Barbosa dos Santos (diretor de Benefícios e Relacionamento);
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Giovani Batista Fassarella Spiecker (coordenador de Suporte ao Atendimento);
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Jucimar Fonseca da Silva (coordenador de Pagamentos e Benefícios);
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Um agente da Polícia Federal, cuja identidade não foi divulgada.
Durante as buscas realizadas pela PF em 13 estados e no Distrito Federal, foram apreendidos carros de luxo, dinheiro em espécie, joias, obras de arte e documentos falsificados. O Ministério da Previdência e a CGU acompanham de perto a apuração.
Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, organização criminosa e violação de sigilo funcional.
Como o beneficiário pode se proteger
Para os milhões de segurados do INSS, o mais importante é verificar regularmente o extrato de pagamento no aplicativo ou site Meu INSS. Caso identifique valores não reconhecidos, o aposentado ou pensionista pode solicitar a exclusão do desconto diretamente pela plataforma, sem a necessidade de ir até uma agência.
O procedimento é gratuito e deve ser finalizado em até 5 dias úteis. O Ministério da Previdência também criou um canal de denúncias específico para esse tipo de irregularidade. Até o momento, não há previsão oficial para reembolso dos valores já descontados indevidamente, mas a CGU afirmou que pretende propor mecanismos de compensação ao final da investigação.
Carlos Lupi resiste, e governo mantém aliança com o PDT
Mesmo sob forte pressão da oposição, o ministro Carlos Lupi permanece à frente da pasta. A avaliação do núcleo político do governo é que sua saída neste momento criaria instabilidade e poderia comprometer a aliança com o PDT, considerado um partido estratégico para as eleições de 2026.

Internamente, o governo reconhece que houve falha na comunicação e no tempo de resposta, mas atribui parte do problema à complexidade dos convênios herdados. Mais de 200 Acordos de Cooperação Técnica foram firmados entre 1994 e 2023, abrangendo diversos governos e com critérios frágeis de fiscalização.
Impactos sociais e políticos da fraude no INSS
O escândalo gerou grande repercussão entre os aposentados, que se sentem desamparados diante da dificuldade em recuperar os valores perdidos. A confiança no sistema previdenciário foi abalada, e o governo precisará investir em mecanismos de transparência para restaurar essa relação.
Politicamente, a crise se soma a outros desgastes enfrentados pelo governo Lula, especialmente no campo econômico. O Executivo sabe que manter o controle da narrativa será essencial para evitar que o caso se torne um símbolo de ineficiência administrativa.
Escândalo revela fragilidade e exige resposta firme
O escândalo da fraude no INSS não se resume a falhas administrativas. Ele evidencia uma fragilidade sistêmica no controle de parcerias com entidades privadas, a vulnerabilidade digital dos aposentados e a demora do Estado em proteger os mais vulneráveis de esquemas de corrupção.
A resposta do governo foi tardia, mas a operação deflagrada pela PF marca o início de um novo ciclo de apuração e responsabilização. O desafio agora é duplo: garantir que os responsáveis sejam punidos e oferecer suporte aos beneficiários que tiveram seus rendimentos reduzidos de forma ilegal.
A sociedade espera mais que explicações: exige mudanças concretas. A fiscalização sobre os Acordos de Cooperação Técnica precisa ser revista, e os sistemas do INSS devem ser aprimorados para oferecer maior segurança e transparência. Enquanto isso, os beneficiários devem permanecer atentos aos extratos de pagamento e, ao menor sinal de irregularidade, buscar os canais oficiais.
*Com informações de Meu Cadastro Unico
Pesquisa Direto ao Ponto: Roberto Cidade lidera corrida à Câmara Federal com 11% das intenções de voto
O primeiro levantamento de 2025 realizado pelo instituto Direto ao Ponto Pesquisas revelou os nomes mais competitivos na disputa pelas 10 vagas que o Amazonas terá na Câmara dos Deputados em 2026 — e trouxe uma novidade significativa: Roberto Cidade aparece na liderança, com 11% das intenções de voto, despontando como principal nome na corrida.
Logo atrás dele, em empate técnico, estão Sargento Salazar (10%) e o atual deputado Amom Mandel (10%). Em seguida, aparecem Coronel Menezes (8%), Arthur Neto (5%) e um grupo com 4% formado por Fausto Jr., Silas Câmara, Adail Filho e Marcelo Ramos.
Com forte presença em Manaus e atuação marcante como presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cidade consolida-se como um nome de peso para a renovação da bancada amazonense no Congresso Nacional. Sua colocação à frente de figuras de projeção nacional e ex-parlamentares mostra o crescimento de sua força política no estado.
Cenário completo para deputado federal:
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Roberto Cidade – 11%
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Sargento Salazar – 10%
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Amom Mandel – 10%
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Coronel Menezes – 8%
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Arthur Neto – 5%
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Fausto Jr., Silas Câmara, Adail Filho e Marcelo Ramos – 4% cada
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Átila Lins, Alfredo Nascimento e Zé Ricardo – 3% cada
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Saullo Vianna, Sidney Leite, Bi Garcia, Jesus Alves, Pauderney Avelino e David Reis – 2% cada
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Outros nomes – 2%
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Em branco ou nulo – 9%
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Não souberam ou não responderam – 8%
A pesquisa também mediu a percepção dos eleitores sobre quem mais trabalha e representa o Amazonas na Câmara. Os mais citados foram Capitão Alberto Neto (18%), Amom Mandel (14%) e Silas Câmara (10%). Roberto Cidade ainda não foi incluído nesse ranking, por não ser deputado federal no atual mandato — mas seu desempenho na intenção de voto o projeta como uma das novidades de maior destaque.
Sobre a pesquisa
O levantamento foi feito entre os dias 12 e 19 de abril de 2025, com 2.002 entrevistas presenciais em Manaus e em 15 municípios do interior do Amazonas. A margem de erro é de 2,25 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95,5%.
O estudo também avaliou a disputa pelo Senado, a rejeição dos nomes, o reconhecimento do eleitorado e o perfil ideológico do estado, que se mostra dividido: 28% se consideram bolsonaristas, 22% petistas, e 37% dizem não se identificar com nenhum dos lados.
Aprovação a governo Trump cai nos primeiros cem dias, mesmo em temas como economia e imigração

Pesquisas divulgadas ao longo da última semana apontam uma queda nos índices de aprovação de Donald Trump ao longo dos cem dias do segundo mandato. O republicano, que já ostentava o pior índice do período entre os presidentes da história moderna, acentuou essa marca.
Trump tem imprimido um ritmo acelerado na tomada de decisões e provocado transformações importantes em diversas áreas do governo nestes primeiros meses do ano. As ações passam por desde realizar demissões em massa em órgãos do governo federal, passando pelo endurecimento nas políticas de imigração, e mudanças na diplomacia americana, bem como na economia e na ordem comercial global.
Segundo o Pew Research Center, a aprovação dele caiu de 47% para 40% de fevereiro a abril. Isso seria impulsionado pela aplicação do tarifaço, que tem uma desaprovação de 54% segundo o mesmo levantamento.
De acordo com pesquisa da ABC News em parceria com o The Washington Post, o republicano tem 39% de aprovação —seis pontos a menos do que no início do governo— e 55% de desaprovação. No primeiro mandato, ele tinha 42% de aprovação nessa época.
O levantamento do Post aponta que, nessa mesma época, Joe Biden tinha 52% de aprovação do governo, e Barack Obama, 50%, no seu segundo mandato. Depois de Trump, os piores índices ficam com George W. Bush, que tinha 47% de aprovação nessa época. Gerald Ford e Richard Nixon tinham 48%.
O que tem chamado atenção de analistas é que a visão dos americanos sobre economia e imigração, temas em que Trump encontrava maior apoio, também tem piorado.
A aprovação de Trump na condução da economia caiu para 39%, enquanto a desaprovação subiu para 61%, de acordo com o Washington Post.
Dois meses atrás, antes do anúncio de novas tarifas comerciais impostas a diversos países, Trump registrava 45% de aprovação e 53% de desaprovação na área econômica.
Trata-se do pior índice de aprovação econômica registrado para o ex-presidente nesse levantamento, e o mais alto nível de desaprovação desde que ele voltou à Casa Branca.
Michael Traugott, professor emérito de pesquisa em estudos políticos no Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan, diz que geralmente os presidentes vivem uma espécie de “lua de mel” com o eleitorado, mas que isso foi embora muito rapidamente nesse mandato. O sinal negativo é o índice de desaprovação ao trabalho de Trump ficar maior do que o de aprovação em todas as principais pesquisas de opinião.
“A melhor palavra para descrever os primeiros cem dias é caótico, em parte porque a administração assinou todas esses decretos, tentando agir sem consultar o Congresso e tomando algumas ações de legalidade duvidosa”, avalia Traugott.
De acordo com pesquisa divulgada pelo The New York Times, 55% dos entrevistados desaprovam a condução da política econômica da Casa Branca, enquanto 43% a aprovam. Em relação à imigração, 51% desaprovam as ações do governo, contra 47% que demonstram apoio.
Para Traugott, as deportações sumárias conduzidas pelo governo Trump no último mês, com voos para El Salvador, sem que os atingidos tivessem a possibilidade de recorrer da ordem, têm impactado a avaliação sobre a imigração.
“Não é tanto ganhar controle da fronteira sul, reduzindo pessoas que cruzam, são as ações que eles tomaram sobre deportação e estão mandando pessoas embora sem oferecer-lhes o devido processo legal, uma chance de se defender perante o tribunal sobre por que não deveriam ser mandadas embora. Ele deportou crianças. Ele deportou cidadãos americanos.”
A forma como Trump tem imposto suas políticas é também alvo de insatisfação da população. Segundo pesquisa do Pew Research Center, 51% dizem acreditar que o republicano está exagerando na edição de decretos. Outros 27% dizem que ele está assinando as ordens na medida certa, e 5%, que ele está editando poucos decretos.
Presidente do Brazil Institute, Bruna Santos, avalia que mais do que o uso desenfreado de decretos, há um problema com o escopo delas. “Essa estratégia tem invadido, com frequência, competências tradicionalmente atribuídas aos estados”, avalia. “O uso abusivo de atos infralegais, medidas que contrariam a legislação ordinária ou a ordem constitucional, configura uma prática preocupante de ‘infralegalismo autoritário’. Todos os sinais apontam para uma crise constitucional iminente”, diz.
Trump já disse mais de uma vez que poderia tentar um terceiro mandato, algo vedado pela Constituição. Da última vez, em março, afirmou que não estava brincando.
Segundo professores ouvidos pela reportagem, a única maneira de ele fazer isso seria alterando ou violando a Constituição, que veda inclusive que um presidente em segundo mandato concorra depois ao cargo de vice-presidente.
Para mudar a Constituição, Trump precisaria da aprovação de dois terços da Câmara e do Senado dos EUA. Se eventualmente aprovada pelas duas Casas, ao menos 38 dos 50 estados americanos (três quartos do total) precisariam também concordar com a mudança por meio de votações nos Legislativos locais.
*Com informações de Folha de São Paulo
Atiradores em helicópteros abatem coalas; o que está por trás disso?

Atiradores de elite em helicópteros atiraram em mais de 700 coalas no Parque Nacional Budj Bim, na região de Victoria Ocidental, na Austrália, nas últimas semanas. Acredita-se que seja a primeira vez que coalas são abatidos dessa forma.
O abate se tornou público na Sexta-Feira Santa, depois que defensores da vida selvagem local foram supostamente avisados.
Um incêndio queimou cerca de 20% do parque em meados de março. O governo disse que o abate era urgente porque os coalas estavam morrendo de fome ou queimados.
Grupos de defesa de animais expressaram séria preocupação sobre como os coalas foram escolhidos para o abate, porque os animais são avaliados à distância. Não está claro se o abate a partir de um helicóptero está em conformidade com os planos de resposta e bem-estar animal do próprio governo regional.
O governo de Victoria deve explicar por que está realizando o abate aéreo e por que o fez sem anunciá-lo publicamente. O incidente aponta para falhas contínuas no gerenciamento desses marsupiais icônicos, que já estão ameaçados em outros estados.
Por que isso aconteceu?
Os coalas vivem em florestas de eucalipto nos estados do leste e do sul da Austrália. A espécie enfrenta uma dupla ameaça devido à destruição do habitat e ao risco de incêndios florestais. Eles são considerados ameaçados de extinção em New South Wales, Queensland e no Território da Capital Australiana (Camberra).
Em Victoria, os níveis populacionais de coalas estão atualmente seguros. Mas eles estão densamente concentrados, geralmente em fragmentos de mata conhecidos como “ilhas de habitat” (ou ilhas ecológicas) no sudoeste do estado. O Budj Bim National Park é uma dessas ilhas.
Com o tempo, essa concentração se torna um problema. Quando os coalas são muito abundantes, eles podem arrancar as folhas de suas gomas favoritas, matando as árvores. Os coalas precisam então se mudar ou correm o risco de morrer de fome.
Se o fogo ou a seca tornarem essas ilhas de habitat impossíveis de serem habitadas, os coalas em concentrações densas geralmente não têm para onde ir.
Em Budj Bim, o Departamento de Energia, Meio Ambiente e Ação Climática de Victoria e o Parks Victoria têm enfrentado a superpopulação de coalas junto com os proprietários tradicionais, transferindo os coalas para novos locais ou esterilizando-os.
Mas Budj Bim também é cercada por plantações comerciais de goma azul. Os coalas se espalham pelas plantações para pastar nas folhas. Suas populações aumentam. Mas quando as plantações são derrubadas, alguns coalas têm de retornar ao parque nacional, onde pode haver escassez de alimentos.
Grupos de bem-estar animal afirmam que a exploração madeireira é uma das razões pelas quais Budj Bim tinha tantos coalas.
É difícil dizer com certeza se esse é o caso, pois o departamento estadual de meio ambiente não compartilhou muitas informações. Mas os pesquisadores descobriram que as ilhas de habitat levam à superabundância, impedindo a dispersão natural dos indivíduos.
Então, por que o abate foi feito? Os funcionários do departamento descreveram o programa como tendo sido motivado principalmente pelo bem-estar animal. Após o incêndio florestal do mês passado, coalas foram deixados famintos ou feridos.
Por que atiradores em helicópteros? Aqui, a justificativa dada é que o parque nacional é de difícil acesso devido ao terreno rochoso e aos danos causados pelo fogo, o que exclui outros métodos.
A eutanásia de animais selvagens deve ser feita com cuidado
De acordo com o plano de Victoria para o bem-estar dos animais durante desastres, o departamento de meio ambiente é responsável por examinar e, quando necessário, fazer a eutanásia de animais selvagens durante uma emergência.
Para que a intervenção humana seja justificada, a eutanásia deve ser necessária por motivos de bem-estar. O plano de resposta de Victoria para animais selvagens afetados por incêndios diz que o abate é permitido quando a saúde de um animal está “significativamente” comprometida, quando for necessário tratamento invasivo ou a sobrevivência for improvável.
Para coalas, os incêndios podem causar a perda de dedos ou mãos, queimaduras em mais de 15% do corpo, pneumonia por inalação de fumaça, cegueira ou ferimentos que exijam cirurgia. As fêmeas submetidas à eutanásia também devem ser prontamente examinadas para verificar se há filhotes em suas bolsas.

O problema é que, embora o disparo aéreo possa ser preciso em alguns casos para animais maiores, o método tem eficácia questionável para animais menores, especialmente em habitats mais densos.
É provável que vários coalas tenham sido gravemente feridos, mas não mortos. Mas os atiradores empregados pelo departamento não puderam verificar completamente os ferimentos ou se havia filhotes em bolsas, pois estavam no ar e, segundo consta, a 30 ou mais metros de distância de seus alvos.
Embora o departamento tenha citado preocupações com os recursos alimentares como motivo para o abate, o plano estadual de combate a incêndios na vida selvagem apresenta outra opção: o fornecimento de ração suplementar. O fornecimento de folhas frescas de goma poderia ter evitado a fome enquanto a floresta se regenera.
O que o governo deve aprender com isso?
O governo estadual deve tomar medidas para evitar que incidentes trágicos como esse ocorram novamente.
A preservação do habitat remanescente em todo o estado é uma medida vital, assim como a reconexão de áreas isoladas com corredores de habitat. Isso não apenas reduziria a concentração de coalas em pequenos bolsões, mas também aumentaria os refúgios viáveis e daria aos coalas caminhos seguros para novas fontes de alimento após um incêndio.
As políticas futuras devem ser desenvolvidas em consulta com os proprietários tradicionais, que têm conhecimento detalhado da distribuição das espécies e das paisagens.
Precisamos de melhores maneiras de ajudar a vida selvagem em desastres. Um passo seria trazer as organizações de resgate de animais selvagens para o gerenciamento de emergências de forma mais ampla, conforme enfatizado na Victorian Bushfires Royal Commission de 2009 e na mais recente Royal Commission into National Natural Disaster Arrangements.
Esse último relatório apontou a organização de emergência especializada em resgate e socorro de animais da Austrália do Sul — Savem— como um modelo eficaz. De acordo com o plano de gerenciamento de emergências da Austrália do Sul, a organização pode acessar rapidamente as áreas queimadas após a passagem do incêndio.
As densas comunidades de coalas de Victoria seriam bem atendidas por uma organização semelhante capaz de trabalhar junto com os serviços de combate a incêndios qualificados existentes.
O objetivo seria possibilitar que os socorristas chegassem mais cedo aos animais selvagens feridos e evitar mais abates aéreos em massa.The Conversation
*Com informações de Uol
Apae realiza curso de capacitação profissional em Excel e Word com apoio da Fametro
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Manaus realizou, nos dias 24 e 25 de abril, um curso de capacitação profissional voltado para professores e equipe multidisciplinar da instituição. A formação, que teve carga horária de dez horas, abordou noções básicas de Excel e Word, ferramentas essenciais para o dia a dia dos profissionais.
O curso foi idealizado como parte do projeto de intervenção das acadêmicas do 7º período do curso de Serviço Social da Fametro, Fabíola Benevenuto e Thaissa Menezes, com apoio da Assistente Social da Apae Manaus, Jaifrance Nascimento de Santana. A iniciativa também contou com a orientação da professora Taysa Cavalcante Rodrigues, mestre em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia, e a coordenação da presidente da instituição, Ione Tôma.
A capacitação foi desenvolvida como resposta a uma orientação do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), reforçando a necessidade de aprimoramento dos conhecimentos técnicos dos profissionais da Apae Manaus.
“Este curso foi pensado para fortalecer o trabalho das nossas equipes e dar suporte às necessidades diárias dos nossos professores e técnicos. Com o domínio de ferramentas como Excel e Word, eles terão ainda mais autonomia e qualidade na execução de suas atividades”, afirmou a presidente da Apae Manaus, Ione Tôma.
Durante os dois dias de formação, os participantes puderam aprender desde a criação de documentos, formatação de planilhas, até o uso de fórmulas básicas, visando a organização e otimização das rotinas administrativas e pedagógicas.
Uma das palestrantes do curso, a acadêmica de Serviço Social Fabíola Benevenuto, destacou a importância da ação para o desenvolvimento profissional dos colaboradores. “Essa capacitação é um investimento na melhoria da prática profissional, além de contribuir para a valorização dos trabalhadores que atuam diretamente com o público atendido pela Apae Manaus”, ressaltou.
O projeto de intervenção reafirma o compromisso da Apae Manaus com a formação contínua de seu corpo técnico e reforça a parceria entre a instituição e o ensino superior, promovendo o fortalecimento de boas práticas no atendimento à pessoa com deficiência.
Como contribuir com a Apae Manaus
Quem deseja colaborar com a Apae Manaus, a doação é feita presencialmente na sede da Apae Manaus, na avenida Ivanete Machado, s/nº, conjunto Castelo Branco, no bairro Parque 10 de Novembro.
Para facilitar ainda mais, contribuições financeiras podem ser efetuadas por meio de transferências via PIX, utilizando o CNPJ 04.216.628/0001-80.
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (92) 99282-8220 ou enviar um e-mail para [email protected].
Débora Bloch diz maior medo ao viver Odete Roitman; saiba qual
Débora Bloch, escolhida para viver a vilã Odete Roitman no remake de Vale Tudo, contou que sua maior dificuldade é achar uma forma de recontar a história, sem imitar o trabalho que foi feito por Beatriz Segall (1926-2019) na versão original, em 1988. A atriz, no entanto, admitiu que tem muito medo de ser hostilizada na rua, devido às falas preconceituosas da vilã: “Vão tacar ovo em mim”.
Debora chegou até a frisar que, resolveu assistir alguns capítulos da primeira versão da novela, no entanto, decidiu parar. “Não estava me ajudando. Porque a ideia não é a gente reproduzir nem imitar o que já foi feito. Ao contrário, o grande desafio é a gente encontrar uma nova maneira de contar essa história”, disse à Folha de S. Paulo. Ela também conta que, está ciente das comparações da obra original e que isso é inevitável. “Tudo bem comparar, desde que estejam assistindo a novela”, afirmou.
Debora Bloch, no entanto, não consegue imaginar se Odete será uma vilã odiada ou amada pelo público. “Não tenho a menor ideia. Às vezes, falo o texto e penso: ‘Vão tacar ovo em mim na rua, socorro’. Mas a gente nunca sabe como o público vai receber”, disse.
“Acho que só vou saber quando ela entrar no ar. Ainda não vi nada [das próprias cenas]”, disse. Debora ainda conta que está preparada para viver um meme nas redes sociais. A artista ainda analisa como a vilã representa uma herança colonial e escravagista. : “Uma elite que não gosta do Brasil, que não se compromete com o bem-estar coletivo e que não entende que é responsável por esse subdesenvolvimento que critica do país”.
“As coisas que ela fala são muito graves, mas o texto é muito saboroso. Acho que isso dá às vezes um certo humor para a personagem. É tão absurdo que pode ficar divertido, mas não que seja exatamente engraçado o que ela defende.”
Debora ainda diz que pretende despertar o pensamento crítico do público, após algumas frases problemáticas. “Acho que o humor é um canal muito interessante para você provocar a reflexão. É o melhor canal para isso.”
*Com informações de ADTV
Pauderney vai pedir relatoria para barrar projeto que cria Zona Franca no DF
