As obras da primeira fase do programa “Nosso Centro”, da Prefeitura de Manaus, foram projetadas para atender uma ampla variedade de públicos, visitantes e residentes de todas as faixas etárias, além de turistas. Flexibilidade e acessibilidade são dois outros destaques pensados para o novo espaço público criado pela prefeitura, no início da avenida 7 de Setembro, promovendo a democratização tanto da arquitetura quanto do acesso a Pessoas com Deficiência (PcDs).
As obras somam 11 rampas de acessibilidade, sendo três distribuídas no acesso ao mirante Lúcia Almeida, sete no largo de São Vicente e uma no casarão Thiago de Mello. O mirante conta, ainda, com dois elevadores, que podem ser usados pelos PcDs e Pessoas com Mobilidade Reduzida (PMRs) e o casarão tem uma plataforma exclusiva para PcDs.
O projeto arquitetônico é do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e os recursos investidos são do Tesouro municipal.
No Brasil, de acordo com o IBGE (2022), 18,6 milhões de pessoas ou 8,9% da população é composta por pessoas que possuem algum tipo de deficiência. E, nas obras da prefeitura, o projeto contemplou a criação de espaços públicos e ruas que sejam amplas, acessíveis e com foco na mobilidade a pé e por bicicleta, oferecendo mais segurança e conforto para todas as pessoas.
“O projeto e a obra foram pensados para serem espaços inclusivos, desde o estacionamento, com vagas exclusivas para PcDs e idosos. Na mobilidade, estamos atendendo pessoas com mobilidade reduzida, os idosos, grávidas, obesos, os que estão com a mobilidade reduzida temporariamente. Tem um conjunto de dispositivos, que vão desde as rampas até o piso podotátil, para atender as pessoas com deficiência visual, para facilitar o acesso a todos os espaços, internos ou externos, e em todos os pavimentos. A ideia é ampliar ao máximo a circulação de todas as pessoas”, explicou o diretor de Planejamento Urbano do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
Os conjuntos de banheiros do complexo também foram pensados para atender a todos com conforto e acessibilidade, tendo específicos para PcDs e para famílias, incluindo serviço para pessoas com crianças pequenas, em todos os andares do mirante. “Estamos falando da circulação vertical, do piso podotátil, das rampas, as vagas exclusivas. O próprio casarão Thiago de Mello também tem tanto um uma plataforma exclusiva para PcDs e PMRs quanto os próprios banheiros são acessíveis. Então, isso torna o espaço muito mais interessante e muito mais inclusivo. E logicamente todos estão conforme a NBR 9050, que rege dispositivos e equipamentos referente a acessibilidade”, explicou o arquiteto.
O piso podotátil na área externa é feito de concreto, sendo um material bastante resistente, e na área interna é de borracha. O piso tem os tipos direcional e de alerta, sendo o primeiro responsável por direcionar as pessoas e, o segundo, por alertá-las sobre possíveis obstáculos presentes no trajeto.
Construção
O mirante tem quase 5 mil metros quadrados de área construída e 58 metros de comprimento, fazendo parte de um conjunto de mais três intervenções: largo de São Vicente, casarão Thiago de Mello e píer turístico.
