Na Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo foram registrados 2.423 casos de violência contra a mulher. FONTE: Wikimedia Commons

Um estudo sobre violência contra mulher no Brasil revela que em sete estados brasileiros a cada quatro horas uma mulher foi vítima de violência em 2022. No total, esse estados registraram 2.423 casos de feminicídio, sendo que 495 deles terminaram com a morte das vítimas.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (6) no boletim “Elas Vivem: dados que não se calam”, da Rede de Observatórios da Segurança.

A terceira edição do levantamento reúne registros coletados em dados a partir de um monitoramento do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo .

São Paulo é a estado com maior número de casos de feminicídio com 898 resgistros. Isso representa um caso a cada dez horas.

A Bahia segue adiante como o estado com a maior taxa de crescimento. Os casos de feminicídio na tiveram um aumento de 58% nas ocorrências, representado também por ao menor um caso por dia, totalizando 91 registros.

Outro estado que apresentou um crescimento no número de casos é o Rio de Janeiro com 45% a mais que em 2021.

O Rio de Janeiro registrou um caso a cada 17 horas no ano passado e o número de casos de violência sexual praticamente dobraram, com um salto de 39 para 75.

Atrás da Bahia, o estado de Pernambuco é o segundo da região Nordeste do país com maior número de cados de violência contra a mulher. Com a marca de 225 registros, o que representa pelo menos um caso a cada dois dias.

O Maranhão no Nordeste regsistrou um número de 60 casos de agressões e tentativas de feminicídio.

Pernambuco também passou a liderar os números de transfeminicídios. Antes, o Ceará era o estado com maior número de casos.

As mulheres cearenses passaram a enfrentar um aumento de casos de violência sexual no estado. O número passou de 17 para 31 casos, quase que o dobro.

O Piauí também se posiciona como uma estado violento para as mulheres com 48 casos. Os equipamentos de acolhimento estão instalados na capital e isso faz com que mulheres de cidades menores do interior sofram também com o desamparo do poder público.