Foto: Alan Santos / PR / O Estado de Minas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) visitou nesta quinta-feira (18) o gabinete do filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no Senado . Ao falar com jornalistas, o antigo chefe do Executivo federal foi perguntado sobre o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que está preso desde 3 de maio.

“Cada um segue a sua vida”, resumiu o capitão da reserva. O ex-braço-direito de Bolsonaro foi preso por causa da operação que investiga supostas informações falsas em cartões de vacinação da Covid-19 para beneficiar o ex-presidente, parentes e funcionários.

Nesta quinta, Mauro prestou depoimento à Polícia Federal, só que preferiu não responder nenhuma pergunta. O antigo mandatário do país relatou que não tem obtido informações do ex-subordinado.

“Não tenho conversado com ele. Isso aí está em segredo de Justiça. Apesar de vazar, está em segredo de Justiça. O que eu vi agora no rodapé de uma TV é que ele ficou em silêncio”, explicou.

Apesar de tentar se afastar do ex-funcionário, Bolsonaro elogiou Cid. “Ele é um excelente oficial do exército brasileiro, jovem ainda, forças especiais, comandos, paraquedistas, primeiro lugar de quase todo curso que fez, tem dado o melhor de si. Peço a Deus que não tenha errado. E cada um siga a sua vida”, completou.

Investigação contra Bolsonaro e Mauro Cid

De acordo com as investigações, o ex-presidente e a filha teriam tomado a vacina, mas a informação é falsa. Estes comprovantes foram baixados a partir do aplicativo ConecteSus, do Ministério da Saúde, com base nas informações fraudulentas. Logo depois, estes registros haviam sido apagados.

Segundo a PF, isso ocorreu em dezembro de 2022, pouco antes de Bolsonaro e a família viajarem para a Flórida, nos Estados Unidos. A apuração dos policiais suspeita que tais informações foram inseridas no sistema com a intenção de beneficiar o ex-mandatário e a família e facilitar a entrada nos EUA.

Na terça (16), Bolsonaro negou a participação do ex-ajudante no esquema de fraudes. Além disso, ele também afirmou que não orientou ou ordenou qualquer pessoa a burlar o sistema.

No entanto, o ex-chefe do Executivo federal afirmou que a gestão de sua conta no aplicativo ConecteSUS estava sob gestão de Mauro Cid.

FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO