Foto: Tânia Rego (Agência Brasil)

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que a oferta de empregos temporários para a temporada de Natal em 2023 terá a maior alta em 10 anos.

A expectativa é de um aumento de 5,6% em comparação ao ano anterior, resultando em 108,5 mil novas vagas. Esse é o maior número desde o mesmo período de 2013, quando foram abertas 115,5 mil vagas temporárias.

A perspectiva para a temporada de Natal se fundamenta em padrões sazonais de admissões e desligamentos no comércio varejista, monitorados mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Mais da metade (54%) das oportunidades de emprego temporário previstas para o Natal de 2023 deverá se concentrar nos estados de São Paulo (28,41 mil vagas), Minas Gerais (12,13 mil vagas), Paraná (9,14 mil vagas) e Rio de Janeiro (7,96 mil vagas).

A taxa de desemprego atingiu o seu menor nível desde o último trimestre de 2014, situando-se em 7,7% no terceiro trimestre. A população desempregada totalizou 8,3 milhões, uma queda de 3,8% em relação ao trimestre anterior e 12,1% menor do que o terceiro trimestre de 2022, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados indicam que os setores de hiper e supermercados estão na liderança das oportunidades de contratações, com cerca de 45,47 mil vagas disponíveis.

Na segunda posição, encontra-se o setor de vestuário, com 25,17 mil vagas. Os segmentos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, livrarias e papelarias, e móveis e eletrodomésticos também apresentam oportunidades, com 15,98 mil, 9,31 mil e 5,7 mil vagas, respectivamente.

O rendimento médio real habitual do trabalhador, que foi de R$ 2.982, aumentou 1,7% em relação ao trimestre anterior e 4,2% em relação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos crescimentos dos salários na indústria, que tiveram um aumento de 5,3% no trimestre e 6,3% no ano.

Além disso, a massa de rendimento real habitual atingiu um valor recorde de R$ 293 bilhões, registrando um aumento de 2,7% em relação ao segundo trimestre deste ano e de 5% na comparação com o terceiro trimestre de 2022.

O número de trabalhadores informais totalizou 39 milhões de pessoas, representando 39,1% da população ocupada total. Em comparação com o trimestre anterior, a taxa de informalidade teve uma ligeira queda de 39,2%, enquanto no mesmo período do ano passado era de 39,4%.

*Com informações de IG