Caso se confirme a conexão da explosão de bombas no STF, o relatório da investigação será anexado ao processo do 8/1 e encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto / TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado nesta sexta-feira, 14, por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália.

O que aconteceu?

O ministro foi hostilizado por três brasileiros por volta das 18h45 no horário local. A informação foi confirmada por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça.

Segundo a PF (Polícia Federal), uma mulher identificada como Andréia chamou o ministro de “bandido, comunista e comprado”.

Na sequência, um homem identificado pela PF como Roberto Mantovani Filho teria reforçado os xingamentos. Ele teria chegado a agredir fisicamente o filho do ministro, ainda de acordo com a PF.

Mantovani disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que viu o ministro, mas negou ter dirigido “palavra a ele”. Afirmou que aguarda um comunicado oficial de acusação para dar mais detalhes de sua versão.

Outro homem, identificado como Alex Zanatta, também proferiu palavras de baixo calão.

Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto

O ministro estava na Itália para palestrar no Fórum Internacional de Direito.

Após o ocorrido, os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da Polícia Federal, mas não chegaram a ser presos.

O STF informou que não se manifestaria sobre o caso.

Repercussão

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ligou para Moraes e se solidarizou.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também se solidarizou com Moraes.

“Toda solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e à sua família, agredidos por antidemocratas. A defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições, incluindo de seus agentes públicos, são pilares essenciais da democracia” afirmou Alexandre Padilha.

Ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Paulo Pimenta disse estar indignado “contra os atos de um grupo raivoso e antidemocrático que, infelizmente, ainda existe no Brasil e fora dele. Ao ministro e família, minha solidariedade. Fascistas não passarão!”.

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, falou se tratar de um ataque “deplorável, resultado do ódio disseminado por lideranças bolsonaristas, que só sabem estimular a violência alimentada por mentiras”.

*Com informações de Uol