Foto: Assessoria de Imprensa do senador Plínio Valério

Senador amazonense defende a pavimentação da rodovia como essencial para a integração do Amazonas com o restante do país, denunciando interferências de ONGs internacionais, criticando as barreiras impostas pela ministra Marina Silva e reafirmando o impacto positivo para o desenvolvimento econômico e social da região

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reafirmou seu compromisso na luta pela pavimentação da BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho, considerada crucial para a integração do Amazonas com o restante do país. Em artigo publicado no Poder 360, o senador amazonense destacou que, embora a estrada já exista e seu traçado esteja definido, o reasfaltamento tem enfrentado uma série de barreiras impostas por ONGs internacionais e autoridades ambientais, como a titular do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

“A BR-319 representa o resgate da nossa dignidade. Não há igualdade nem justiça enquanto os amazonenses estiverem isolados, reféns da falta de uma estrada. O isolamento impede o crescimento econômico e social da região e nos mantém à margem do desenvolvimento nacional. É inaceitável que, em nome de uma agenda externa, se negue à população do Amazonas o direito de viver com dignidade. Precisamos da BR-319, precisamos ir e vir, precisamos escoar nossos produtos e nos conectar com o Brasil. É nosso direito”, disse o senador na publicação.

Na publicação, o senador destacou que a BR-319 é essencial para o transporte de produtos da Zona Franca de Manaus e para garantir o fornecimento de itens de primeira necessidade, incluindo medicamentos para o Amazonas. Plínio Valério também criticou duramente a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que, segundo ele, tem se posicionado contra o asfaltamento da rodovia e representa interesses de ONGs internacionais que visam manter a Amazônia isolada sob pretexto de preservação ambiental.

O parlamentar chamou a atenção para os desafios enfrentados pelos amazonenses, que, em pleno 2024, ainda não têm o direito de se deslocar por terra para fora do estado. Ele destacou que o Amazonas preserva 97% de sua vegetação original e que o asfaltamento da BR-319 não representaria ameaça ao meio ambiente, visto que a estrada já foi construída e não haveria derrubada de árvores.

Em sua crítica à ministra Marina Silva, o senador mencionou sua fala na CPI das ONGs, na qual teria afirmado que a construção da estrada serviria apenas para que a população “passeasse de carro”. Para Plínio Valério, essa declaração reflete um desconhecimento da realidade local e ignora as necessidades das populações da região. Ele também apontou para o papel de ONGs internacionais, como o Observatório do Clima, que entraram na justiça para impedir o avanço da obra, recebendo, segundo ele, vultosos recursos de grandes fundos estrangeiros.

O senador destacou que o financiamento internacional dessas ONGs, que, na sua visão, atrapalha o desenvolvimento do Norte, ameaça a soberania brasileira. O Instituto Clima e Sociedade (ICS) e a Open Society Foundation, de George Soros, foram mencionados como financiadores dessas ações, que o senador considera contrárias ao interesse nacional.

O parlamentar também apontou o impacto social e econômico causado pela ausência da rodovia, mencionando o colapso vivido durante a pandemia de covid-19, quando caminhões com oxigênio ficaram atolados no caminho para Manaus. Segundo ele, o asfaltamento da BR-319 garantiria maior agilidade no transporte de bens essenciais e melhoraria a fiscalização contra o desmatamento ilegal e o tráfico na região.

Além das críticas e das denúncias, o senador manifestou esperança com a recente aprovação do projeto de pavimentação pelo Ministério dos Transportes, que concluiu pela viabilidade técnica e sustentabilidade ambiental da obra. “O estudo conclui que a BR-319 é indispensável para a região, com viabilidade ambiental assegurada e que a pavimentação da rodovia garantirá o acesso a serviços essenciais e impulsionará o desenvolvimento social e econômico da Amazônia. Nos resta saber se os obstáculos serão vencidos para a rodovia avançar”, concluiu.