O embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine cruzou o limite entre diplomacia e política (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

Daniel Zonshine esteve no Congresso com políticos de extrema-direita sob a justificativa de exibir imagens da guerra

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) reivindicou a expulsão do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, após o diplomata realizar uma reunião no Congresso Nacional com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de parlamentares da extrema-direita, na quarta-feira (9).

Em postagem na rede social X, Lindbergh escreveu que Zonshine “passou do limite” e que o Itamaraty deveria requisitar a retirada do embaixador do País.

“O embaixador de Israel, Daniel Zonshein, cruzou a linha do aceitável. Criticou publicamente Lula e o governo, que desde o início do conflito só pregam e trabalham pela PAZ, e agora se reúne com Bolsonaro e bolsonaristas pra fazer política? Devia estar seriamente empenhado em retirar brasileiros da região, isso sim. Basta. Que o Itamaraty avalie e requisite sua expulsão do País”, publicou.

Segundo a Embaixada de Israel, a reunião havia sido convocada por meio de um convite enviado a todos os deputados, independentemente de posição ideológica. No entanto, antes do evento, parlamentares de PT, PSOL e PV disseram à reportagem não tinham conhecimento do chamado.

Na ocasião, Zonshine exibiu vídeos da guerra que teriam provas de crimes cometidos pelo Hamas, grupo considerado terrorista por Israel. O encontro durou cerca de uma hora. Em seguida, Bolsonaro saiu do Congresso sem dar entrevista a jornalistas.

A reportagem procurou o Itamaraty, mas ainda não obteve resposta.

Com informações da Carta Capital