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Um dos principais temas da reunião da  cúpula do G20, em Roma, não deve conseguir atingir os objetivos ambiciosos que eram propagados antes o encontro: as metas climáticas.

Após a agência Reuters divulgar neste sábado (30) que o relatório final deve confirmar apenas a intenção de limitar a elevação da temperatura do planeta em 1,5°C , mas sumir com a data de referência para atingir a neutralidade de carbono, fontes do governo italiano afirmaram que ainda estão trabalhando no documento.

“Os rascunhos vazados até o momento são versões preliminares. Os sherpas [termo italiano para os funcionários que trabalham nos acordos de alto nível] estão trabalhando e vão continuar a trabalhar por toda a noite”, disse um representante do Palazzo Chigi à ANSA.

Caso a informação da Reuters se confirme, não só a reunião do G20 pode terminar em fracasso nesse tópico. A informação lança também um alerta para 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26, que começa neste domingo (31) em Glasgow.

Segundo o documento obtido pela agência, os líderes afirmam que “permanecem empenhados com o objetivo de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo dos 2°C e de prosseguir nos esforços para limitá-la em 1,5°C”, mas não se menciona “ações imediatas”. Já o ano de 2050, na questão sobre zerar as emissões líquidas, foi trocado por um genérico “metade do século”.

Fontes ouvidas pela ANSA apontam que China e Índia são os países que colocaram obstáculos na data, já que querem atingir esse objetivo só em 2060, mas que Rússia e Arábia Saudita também não estariam interessadas em fixar um ano específico. (ANSA)