Líder de organização criminosa coordenou o desmatamento de 1,9 mil hectares em área protegida. (Foto: Divulgação/Nucom/PF-AC)

A Polícia Federal prendeu na última terça-feira (23) um homem suspeito de ordenar o desmatamento de áreas protegidas no Acre. Os crimes ambientais foram cometidos no interior do Projeto de Assentamento Extrativista Antimary.

A Operação Mundo Novo é uma continuação de uma ação de outubro de 2021, que desmantelou uma organização criminosa que causou desmatamento e grandes incêndios na área protegida, localizada na BR-364 entre Sena Madureira e a cidade do Bujari, interior do Acre.

A unidade ficou conhecida em 2005 por ser o local onde a missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta por pistoleiros, que também desmataram uma área de 600 hectares. O grupo também criava gado no local e ameaçava moradores, de acordo com a investigação do Ministério Público do Acre (MP-AC). As informações são do portal G1.

Em outubro do ano passado, a PF cumpriu duas prisões temporárias e oito mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. As equipes utilizaram um helicóptero e embarcações. Ainda assim, a atividade criminosa não cessou.

“Mesmo após a operação, os policiais federais identificaram que o principal investigado continuava a comandar os desmates na região, inclusive ampliando a degradação da área já afetada e efetuando queimadas”, afirma a nota da corporação;

Segundo laudo pericial da PF, o grupo desmatou cerca de 1,9 mil hectares (cerca de 19 milhões de metros quadrados). A corporação estima que cada hectare custe R$ 1,5 mil para ser desmatado, o que significa que a operação custou R$ 3 milhões à organização criminosa.

O líder foi preso na terça e conduzido até a Superintendência de Polícia Federal no Acre. Ele responderá por crimes ambientais, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A pena pode chegar a 28 anos de prisão, mais multa.

*Com Yahoo!