(Foto: Reprodução/Rondônia Agroa)

A cereja do bolo de qualquer presente no Dia das Mães está mais cara do que o normal neste ano. Com o retorno dos eventos, as flores de corte frescas estão até 400% mais caras neste mês, segundo relatos de empresários do setor.

A demanda é muito maior do que a oferta. O problema começou na pandemia da Covid-19 e continua até hoje, como explica o diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Renato Opitz.

“O que está acontecendo é que está faltando flor de corte por causa dos casamentos, que não foram feitos antes e agora voltam ao normal. Muitos pararam de produzir porque não venderam em 2020 e 2021, porque não tinha oferta. Muita gente deixou o setor”, afirma.

Mesmo com a baixa da produção, o Ibraflor prevê um aumento de 12% no faturamento do setor de floriculturas neste ano com a retomada dos eventos presenciais.,

“Os produtores estão começando a voltar a plantar. Mas, isso não é de uma hora para outra. Até a flor poder ser colhida, demora um pouco. Vai normalizar em breve”, diz o diretor.

Proprietária do ateliê botânico Eu Vou Cuidar do seu Jardim, no bairro São Lucas, Centro-Sul de BH, a empresária Soraya Belusi fugiu das flores de corte para apostar em outro tipo de produto, justamente pelo preço elevado.

“Esse é o primeiro Dia das Mães que eu não vendo nenhum buquê de flores frescas. Não está na minha cartela de produtos. Como vou repassar um aumento de 400% ao cliente? Vou vender só flores secas para meus clientes”, diz Soraya.

A distribuidora de flores Ser Arte também notou uma escassez na oferta de produtos para revenda. Alexandre dos Reis trabalha na empresa e isenta os produtores de culpa. “O produtor é o menos favorecido nisso, porque ele não teve condições de plantar. Não tinha recurso para isso. A demanda, como é muito grande devido à data comemorativa e aos eventos, oscilou para esse preço exorbitante”, explica.

Alef Teixeira, proprietário da Mirum Flores, compartilha da opinião dos colegas sobre o alto preço dos produtos. Mas, ele indica uma opção com melhor custo-benefício para o cliente.

“As rosas são o carro chefe, mas esse ano a gente vem com a inovação das tulipas. A safra dela veio mais cedo neste ano por conta do tempo, então saiu bastante. É a opção. Geralmente, ela é mais cara, mas com essa explosão dos preços, ela está cotada igual a rosa e a bromélia”, afirma.

*Com O Tempo