Foto: Reprodução / TJRJ

A pastora, cantora e ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, de 61 anos, que está sendo julgada no fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, teve uma crise de choro e precisou ser retirada do auditório durante o quarto dia do julgamento.

O fato ocorreu durante o depoimento da terceira testemunha de defesa, o desembargador Siro Darlan. Aos prantos, enquanto era amparada por advogados de defesa, ela pronunciou algumas palavras: “Me perdoa, doutor Siro, obrigada por tudo. Sou inocente, estou envergonhada”, disse a pastora. O desembargador, que estava a poucos metros dela, não se manifestou.

Amiga de Flordelis ‘treinou’ testemunhas para não envolvê-la no crime, diz neta

Neta de Flordelis dos Santos de Souza, Rebeca Vitória Rangel Silva afirmou em depoimento na manhã desta quinta-feira, 10, que Paula Neves Magalhães de Barros, amiga e braço direito da avó, simulou a coleta de depoimentos de testemunhas do processo para instruí-las a não acusar a ex-parlamentar.

De acordo com Rebeca, segunda testemunha de acusação ouvida no quarto dia de julgamento na comarca de Niterói do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Paula do Vôlei, como é conhecida, procurou os filhos e netos de Flordelis para submetê-los a perguntas.

“Ela sentava com a gente e simulava que ela era a delegada. Se a gente falasse algo sobre a Flordelis, ela dizia que não. Ela fazia a nossa cabeça para chegar na DH (Delegacia de Homicídios) e não acusar a Flordelis. Se eu falasse que a Flordelis era a mandante do crime, ela cortava”, afirmou.

Flordelis ‘permitiu’ crime, diz filha adotiva

A primeira testemunha do dia, Roberta dos Santos, filha adotiva da ex-parlamentar e de Anderson do Carmo, disse ainda que o assassinato do pastor “só aconteceu porque ela (Flordelis) permitiu”. Questionada se Flordelis foi a mandante do crime, Roberta foi taxativa: “Com certeza”.

Segundo ela, a família de Flordelis “não era uma família normal, mas era uma família”.

“Torta, errada, mas era uma família. Aprendemos a normalizar. Era uma família enorme. O Niel (apelido de Anderson, marido da ex-parlamentar) tratava a Flordelis como um Deus. O Niel tinha muito respeito por ela”, disse.

*Com informações de Terra