Denúncias assim não são incomuns, mas só Luiz Estevão e Demóstenes Torres perderam o mandato, ainda assim porque eram acusados de crimes graves. FOTO: Marcos Oliveira/Agência Senado

Ao atacar o relator da CPI da Pandemia, chamando-o de “vagabundo”, o senador Flávio Bolsonaro (Rep-RJ) ficou sujeito a responder por “quebra de decoro” no Conselho de Ética do Senado. Não será a primeira vez que parlamentares são alvo de denúncias assim, mas no Senado raramente casos de quebra de decoro evoluem para punição grave. Até hoje, só os ex-senadores Luiz Estevão e Demóstenes Torres perderam o mandato, ainda assim porque eram acusados de crimes graves. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O presidente da CPI, Omar Aziz, mandou retirar dos autos da sessão de ontem as palavras de Flávio Bolsonaro contra Renan Calheiros.

Se foi essa a intenção, Flávio Bolsonaro conseguiu: sua intervenção interrompeu a discussão sobre a prisão de Fábio Wajngarten.

A longa suspensão da sessão permitiu aos senadores da CPI negociar a solução de encaminhar o caso Wajngarten para o ministério público.

A confusão na CPI reverteu a impressão de que o depoimento do ex-secretário tinha sido, de um modo geral, positivo para o governo.