No local onde está a estátua, na praça do Vaporzinho, na orla 2 de Juazeiro, não há câmeras de segurança. Ação ocorreu na madrugada - Foto: Preto no Branco

A estátua em homenagem ao ex-jogador Daniel Alves em sua cidade natal, Juazeiro (BA), amanheceu coberta por tinta branca nesta quarta-feira, 28 de fevereiro. É a terceira vez que ela é alvo de protestos. Não há câmeras de segurança no local, nem suspeitos, mas ação ocorreu de madrugada.

No Instagram do portal Preto no Branco, que deu a notícia em primeira mão, as opiniões de juazeirenses se dividem. Em defesa do ex-jogador condenado por estupro, há afirmações como “não existe ninguém na face da terra que não errou” e “tem que prender quem fez isso”. O morador Diego Neves afirma que quem jogou tinta na estátua é “terrorista”.

Entre quem apoia o protesto, há postagens como a do empresário e fotógrafo Chico Egídio Segundo ele, “em todo o mundo o nome desse jogador tem sido retirado das homenagens, porque Juazeiro resiste tanto em se colocar contra o estupro?”. Para o médico e cantor Rogério Leal, “é só retirar a estátua, derreter e encomendar outra homenageando as mulheres”.

Ainda não há manifestação oficial da prefeita da cidade, Suzana Alexandre de Carvalho Ramos (PSDB), primeira mulher eleita para o cargo em Juazeiro. A polícia também não se manifestou oficialmente sobre eventual investigação.

A estátua foi inaugurada em 2020, na gestão do ex-prefeito Paulo Bomfim, que apoia a permanência da homenagem. O primeiro protesto contra ela aconteceu em 8 de março do ano passado, Dia Internacional da Mulher. Depois, em 7 de setembro.

A estátua está instalada na orla 2 de Juazeiro, na praça do Vaporzinho, próxima a outra, que homenageia o músico João Gilberto, juazeirense. Daniel Alves está representado em tamanho natural, com a bola no pé e o uniforme da seleção brasileira. A homenagem em bronze custou R$ 150 mil.

*Com informações de Terra