Ministra Marina Silva na COP29 em Baku - Foto: Maxim Shemetov / Reuters
As ações para conter o aquecimento global estão em risco devido a um efeito triplamente negativo desencadeado pelo retorno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Casa Branca, disse hoje a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enquanto o Brasil se prepara para sediar a COP30 no final deste ano.
Trump se retirou do Acordo de Paris sobre mudança climática, lançou uma guerra comercial com Canadá, China e México e alterou a política dos EUA sobre a guerra na Ucrânia.
Marina disse a repórteres em Déli, falando por meio de um tradutor, que o “contexto geopolítico cada vez mais complexo”, caracterizado por turbulências e tarifas comerciais, pode interromper o progresso na contenção das mudanças climáticas… – Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/reuters/2025/03/06/efeito-trump-pode-ser-triplamente-negativo-para-o-clima-diz-marina-silva.htm?cmpid=copiaecola
“Eles podem drenar recursos e também podem prejudicar o ambiente de confiança entre as partes. Temos um efeito negativo triplo, pois quanto menos ação vemos, menos dinheiro vemos, resultando em menos cooperação entre os países.” afirmou Marina Silva.
O Brasil, que sediará a COP30 em novembro, disse que usará sua presidência para pressionar pelo multilateralismo e pelo respeito à ciência, em uma réplica a Trump.
Desde o rompimento realizado por Trump da prioridade dada pelos Estados Unidos à ajuda para resolver problemas globais e fornecer financiamento internacional, Marina disse que outros países podem sentir que precisam redistribuir as finanças para áreas como a defesa.
Ela colocou em dúvida o acordo alcançado na COP do ano passado para triplicar o financiamento às nações pobres para US$ 300 bilhões anuais até 2035, dizendo que isso “não pode ser dado como certo”.
Marina também disse que as disputas sobre tarifas comerciais são “ruins para todos” e só trazem benefícios políticos de curto prazo.
“No longo prazo, elas podem levar à inflação, podem levar a uma diminuição da popularidade… As pessoas não serão solidárias se suas casas forem queimadas por incêndios, se houver impacto em sua segurança alimentar por causa da inflação”, afirmou ela.
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