O Centro de Biotecnologia da Amazônia sai da tutela da Suframa, a partir do decreto presidencial e passará a ter gestão de instituições de ensino e pesquisa (Foto: Divulgação)

Decreto foi assinado hoje (3), pelo presidente Lula. Com isso, o CBA deixa de ser vinculado à Suframa e passa a ser gerido por uma Organização Social (OS), que ainda precisa assinar um contrato de gestão com o MDIC.

A expectativa de instituições e pesquisadores da Amazônia é que o espaço, situado no Distrito Industrial de Manaus, seja um ambiente de negócios e pesquisas sobre a biodiversidade da região.

O decreto que dá autonomia ao CBA, antes chamado de Centro de Biotecnologia da Amazônia, vem após duas décadas. Com isso, o centro ganha um CNPJ e poderá captar recursos públicos e privados para ampliar pesquisas, desenvolvimento e inovação.

Com a assinatura do documento, o CBA deixa de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), e passa a ser gerido por Organização Social (OS), responsável pela gestão da instituição.

A OS é formada por um consórcio de três instituições:

• Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea)
• Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
• Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP)

Assinatura do decreto

No evento de assinatura do decreto estavam presentes o vice-presidente e ministro Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; a ministra do Estado da Ciência Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; o novo superintendente da Suframa, Bosco Saraiva; o governador em exercício, Tadeu de Souza, e o presidente da bancada do Amazonas, senador Omar Aziz.

Geraldo Alckmin afirmou que o MDIC fará um contrato de gestão entre o ministério e a organização social, traçando metas, objetivos e resultados.

Tadeu de Souza disse que o novo CBA vai atrair investimentos, pesquisas e principalmente incentivos que garantirão produtos sustentáveis produzidos na Amazônia.

“O Amazonas terá um imã de atração, e será o Centro de Biotecnologia da Amazônia. Orbitando e atraindo pesquisadores, investimentos, inovações que garantirão empregos e produtos sustentáveis. O novo CBA passa a chamar atenção, agora será uma geradora de soluções, deixando ser uma geradora de preocupações”, ressaltou o governador em exercício.

Alckmin reconhece importância do CBA

“O CBA está operando 10% do seu potencial e já faz trabalhos maravilhosos. O caminho é fazer pesquisa, criar patente, depois empregos e riqueza pra região. Houve uma questão jurídica que conseguimos resolver e deveremos assinar o contrato de gestão com a Organização Social”, informou o vice-presidente e ministro, na ocasião.

Proteção do patrimônio ambiental

A mudança de gestão do CBA passou por um longo processo. Em maio do ano passado, foi lançado o Edital de Chamamento Público, visava modernizar a atuação do CBA, instituição com 20 anos de existência, que será redirecionada para a transformação de pesquisas em negócios.

O certame se destinou a entidades com atividades dirigidas ao desenvolvimento de novos negócios e projetos, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e inovação, e à formação e qualificação de fornecedores, preferencialmente em bioeconomia.

Na época, o superintendente declarou que a falta de personalidade jurídica do centro, por meio do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), não permitia que o mesmo recebesse investimentos privados, que poderiam impulsionar as pesquisas.

Com informações do g1-AM