Animação de emissora estatal da China mostra os cilindros sendo ejetados da arma (à esquerda). À direita, as explosões sobre uma instalação elétrica - Foto: Reprodução / CCTV via X / @Defense785

A China divulgou imagens de uma nova bomba que, segundo a mídia estatal, poderia destruir sistemas elétricos de inimigos e causar um blecaute em áreas de até 10 mil m².

A CCTV, emissora estatal chinesa, publicou uma animação que mostra o dispositivo. Ele seria capaz de impactar o funcionamento de usinas elétricas inimigas e causar uma “perda completa de eletricidade” em uma área alvo de eventual operação. Os cortes direcionados a transformadores e demais componentes elétricos paralisariam as redes de energia sem a implicação de uma explosão no local.

Nas imagens, a arma é lançada de um veículo terrestre e, no ar, ejeta 90 submunições em forma de cilindro. Os cartuchos, por sua vez, ricocheteiam e se detonam no ar. A explosão dispersa finos filamentos de carbono quimicamente tratados e projetados para causar um curto-circuito em uma infraestrutura de energia de alta tensão.

A bomba busca interromper os sistemas de comando e controle inimigos, segundo a CCTV. A arma seria capaz de provocar cortes generalizados de energia em uma área de pelo menos 10 mil metros², conforme a emissora.

Segundo a estatal, a bomba tem um alcance de 290 quilômetros. Com uma ogiva de 490 quilos, a arma seria útil em ataques a subestações militares e outras infraestruturas elétricas.

A bomba busca interromper os sistemas de comando e controle inimigos, segundo a CCTV. A arma seria capaz de provocar cortes generalizados de energia em uma área de pelo menos 10 mil metros², conforme a emissora.

Segundo a estatal, a bomba tem um alcance de 290 quilômetros. Com uma ogiva de 490 quilos, a arma seria útil em ataques a subestações militares e outras infraestruturas elétricas.

Embora tenha publicado as imagens da bomba, a CCTV não detalhou como será seu futuro uso. A emissora se referiu à arma como “um tipo misterioso de míssil de fabricação nacional”. Conforme o jornal local South China Morning Post, ainda não há informações sobre o estágio de desenvolvimento da bomba ou se a mesma já foi implantada pelas Forças Armadas nacionais.

Após a divulgação das imagens, a mídia asiática tem especulado sobre os possíveis usos da bomba. O portal Asia Times, por exemplo, indica que a nova bomba de grafite pode ser uma forma de “cerco silencioso” a Taiwan, território que a China considera como seu. Nesta estratégia, as forças chinesas poderiam desabilitar a rede elétrica de Taiwan, o que facilitaria uma invasão em larga escala.

Bombas de grafite são utilizadas há décadas

Os Estados Unidos lançaram bombas de grafite contra territórios inimigos em diferentes ocasiões. Em 2003, três mísseis de cruzeiro Tomahawk da Marinha dos EUA lançaram variantes das bombas de grafite BLU-114/B contra o Iraque. Segundo a organização internacional não governamental Human Rights Watch, a cidade de Nassíria ficou sem energia elétrica por trinta dias após o ataque.

Durante o conflito do Kosovo, no final da década de 1990, este tipo de armamento foi utilizado contra a então Iugoslávia. Em maio de 1999, cerca de 70% do país ficou sem luz após uma bomba de grafite provocar um curto-circuito nas estações elétricas locais. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), responsável pelo lançamento da arma junto às Forças Aéreas dos EUA, disse que provocou o corte elétrico na maior parte da rede do país sem o objetivo de danificar a infraestrutura dos sistemas. A intenção, segundo a organização, era desgastar o governo local frente à população e pressionar as autoridades a atenderem as suas exigências.

*Com informações de Uol