Ayo Tometi participou da abertura do Web Summit Rio, evento sobre inovação, e concedeu entrevista ao Fantástico (Foto: Reprodução / Fantástico)

A ativista esteve no Brasil na última semana e falou ao Fantástico sobre a necessidade de reparação para as vítimas de racismo.

Vidas Negras Importam ou Black Lives Matter, em inglês, é o nome de um movimento antirracista, criado nos Estados Unidos, e que liderou uma onda de protestos depois do assassinato de George Floyd, em 2020. Maju Coutinho conversou com Ayo Tometi, uma das fundadoras do movimento. Ela esteve no Brasil na última semana e falou ao Fantástico sobre a necessidade de reparação para as vítimas de racismo.

A força do Black Lives Matter foi percebida em maio de 2020. Milhares de americanos foram às ruas com faixas onde estava escrito o lema da organização. Um protesto pela morte de George Floyd. Um homem negro, que foi filmado enquanto um policial branco o asfixiava. Quatro policiais foram julgados e condenados.

“É péssimo ver que, mesmo depois do caso do George Floyd, isso ainda acontece na nossa sociedade, dia sim, dia não. Nós somos tratados com suspeita. Nós somos desumanizados. Nós temos que ter políticas sociais. Nós temos que ter recursos. Nós temos que reparar os danos que foram causados nas nossas comunidades”, afirma Ayo.

Ela destaca que o combate ao racismo não é só uma questão de Justiça criminal. É preciso investimento em educação, saúde e se faz necessária uma reparação histórica.

“As pessoas não entendem que o termo reparação significa reparar os danos. Recursos precisam ser direcionados para as comunidades aqui no Brasil e no mundo e isso para mim é o mais importante”, reforça.

E é para acabar com temores, injustiças e desigualdades, que Ayo, nome que significa alegria na língua iorubá, continua otimista, sem perder a firmeza, para encarar essa luta que começou muito antes dela nascer.

“Coragem é contagiosa. Eu sei que o movimento Vidas Negras Importam inspirou muitas outras campanhas e isso me traz esperança, porque eu vejo que cada vez mais pessoas se envolvem, mais pessoas estão dando as mãos e estou vendo os ganhos”, conclui.

Com informações do Fantástico