Dorival Júnior convocou a Seleção Brasileira para a Copa América - Foto: Rafael Ribeiro / CBF

O Palmeiras x Botafogo da Libertadores uniu dois lados de uma moeda que Dorival Júnior quer valorizar na seleção brasileira.

Luiz Henrique e Estêvão foram convocados em um movimento do treinador que deixa explícita a insatisfação com a parte ofensiva da seleção.

Difícil imaginá-los como titulares de cara. Mas diz muito não só o fato de trazer dois pontas que estão jogando muito no futebol brasileiro, mas também apostar na ótima fase do centroavante Pedro.

Esse bloco de novidades se junta a Vini Jr, Savinho, Endrick e Rodrygo como responsáveis por um setor que ficou devendo na Copa América. Foi uma seleção travada, engessada, que não fluiu e caiu logo nas quartas de final, diante do Uruguai.

“Têm nos mostrado coisas muito boas. Acredito que sejam merecidas as convocações. Estêvão é um jogador que vem despontando e mostrando coisas muito boas. Cabe a nós acreditarmos. Peço que tenhamos um pouco de paciência com esses garotos. Como foi com o Endrick. Não podemos fazer qualquer avaliação de um menino que vem evoluindo muito nos últimos meses. Temos que ter cuidado. Ele poderá nos dar um retorno muito grande”, disse Dorival.

Agora, é hora de Dorival dar seus primeiros passos nas Eliminatórias. As vagas para Copa 2026 são muitas (seis diretas), mas o técnico reconhece a necessidade de uma mudança de curso na seleção. E já traz apostas para os jogos contra Equador e Paraguai, em setembro.

Luiz Henrique e Estêvão podem aportar à seleção um combo de velocidade, drible e ousadia.

Como organizar essa turma? Os dois novatos atuam pelo lado direito em seus clubes. Luiz Henrique consegue fazer até uma movimentação para a faixa central. A ponta direita também tem Savinho. Mas o lado esquerdo conta com Vini Jr. Rodrygo fica de stand by para funções nas três faixas do campo. Já Pedro é o 9 característico.

Foto: Reprodução / CBF

Quem ficou fora

No papel, Martinelli e Raphinha, convocados entre os 23 iniciais para a Copa América e preteridos agora, também poderiam ser esses jogadores insinuantes pelas pontas. Tanto que não estão descartados no ciclo. Raphinha, inclusive, ficou fora por causa da suspensão no primeiro jogo por conta dos cartões amarelos.

Mas de qualquer forma, Dorival busca o novo. Nomes novos, combinações novas, uma nova cara. Até porque o horizonte é 2026.

Nem mesmo Evanílson e Pepê, jogadores ofensivos da lista complementar da Copa América, apareceram nesta vez. Até porque estão em começo de temporada na Europa, o que pende a favor de quem está em rotação altíssima no Brasil. O que ele quer?

“Equilíbrio entre marcação e criação. O que faltou para completarmos os processos ao longo das partidas. O importante é que tivemos uma amostra que nos fez acreditar muito ao longo dos treinamentos. Espero que possamos levar isso a campo. E uma presença mais frequente no campo do adversário”, disse Dorival.

Jovens demais?

Nessa equação, Dorival enxerga que há equilíbrio entre experiência e juventude nesse grupo. Dez jogadores estiveram na Copa do Mundo.

Como falta tempo, não dá para esperar uma revolução tática e de ideia de jogo na seleção agora. Mas dar oportunidade individualmente a quem ainda não teve o sabor de vestir a amarelinha pode trazer o tempero que falta à seleção, na cabeça da comissão técnica.

Tudo isso em uma seleção que segue à espera de Neymar. Dependendo da recuperação no Al Hilal, provavelmente ele estará de volta na data Fifa de outubro. Os novatos da seleção vão dizer qual o nível de carência e necessidade gerada pela ausência do craque.

*Com informações de Uol