Na última sexta-feira (8), a Águas de Manaus participou da “Conferência Diálogos Amazônicos”, evento promovido pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP). O encontro reuniu representantes do Governo Federal, líderes comunitários, empresários, autoridades e acadêmicos para discutir estratégias para enfrentar os desafios ambientais e sociais da Amazônia, enfatizando a necessidade de ação conjunta entre diferentes setores.
O diretor-presidente da Águas de Manaus, Pedro Augusto Freitas, integrou a roda de conversa de abertura do evento e destacou a importância do saneamento como um pilar fundamental que abrange aspectos sociais, ambientais e econômicos. Ele ressaltou a necessidade de políticas eficazes e colaborativas, além da importância da parceria entre a indústria e o poder público para garantir a resiliência hídrica e o uso sustentável dos recursos na Amazônia.
Em operação desde 2018, a concessionária Águas de Manaus alcançou a universalização dos serviços de água três anos após a sua chegada na capital. Nos últimos anos, a cidade também teve um aumento na estrutura de coleta tratamento de esgoto da capital. No começo do ano, a concessionária lançou um plano que vai universalizar o esgotamento sanitário de Manaus em menos de dez anos e também apresentou uma solução para garantir o serviço à regiões de palafitas. “Temos avançado na cobertura, com investimentos ininterruptos para infraestrutura de saneamento em Manaus. Não vamos parar de investir, até levar o saneamento básico para todos. Cada casa que pudermos conectar à rede de água e de esgoto, nós o faremos”, disse.
A promoção da inclusão por meio do acesso ao saneamento básico, com atenção especial aos vulneráveis, diminuindo, assim, desigualdades e promovendo dignidade, também foi destaque. “Saneamento básico é essencial para dignidade humana. Manaus é a cidade com maior número de usuários da Tarifa Social no Brasil. Na capital, já são cerca de 20% da população beneficiada pela Tarifa Social Manauara e 25 mil famílias pela Tarifa 10, que estabelece a cobrança fixa de R$ 10 nas contas de água e de esgoto”, completou.
O cenário de dois anos seguidos com secas históricas acendeu um alerta para a discussão sobre a economia azul. Pedro enfatiza a importância do diálogo com a Zona Franca de Manaus sobre o que pode ser feito para manter a resiliência hídrica na Amazônia por meio de ações que unam sustentabilidade e inovação.
“Hoje, falamos muito sobre a economia verde, no entanto, nos dois últimos anos vivemos a necessidade de abordarmos o tema da economia azul em nossa região. A ZFM pode ser pioneira nesse discussão, desenvolvendo tecnologias voltadas para continuidade dos recursos hídricos superficiais (rios) e subterrâneos (lençois freáticos e aquíferos) e fomentando políticas públicas, para preservar nossas reservas de água para as futuras gerações”.
Em Manaus, durante a estiagem, foi colocado em prática um plano que incrementou o sistema de água e garantiu que a cidade não ficasse desabastecida nos dois últimos períodos históricos de seca.
“Promovemos um plano robusto de abastecimento desde o ano passado, para permitir que a companhia garantisse o abastecimento durante a estiagem. Neste ano, incrementamos estas melhorias, adquirindo bombas anfíbias e trabalhando com uma série de soluções para a estrutura de captação de água. Mesmo com o rio Negro atingindo os menores níveis da história, mantemos o serviço de água da cidade em plena operação nestes dois anos, garantindo o abastecimento da população atendida”, finalizou Pedro.
A conversa de abertura foi liderada por Márcio Holland, Professor da FGV EESP, que destacou a atuação da Águas de Manaus como “um estudo de caso extraordinário”. “Saneamento básico é um pilar da promoção da produtividade e do trabalho”, completou.
A abertura do evento também contou com a presença de executivos Alexandre Horta (ABIR), Luiz Augusto Rocha (CIEAM), Rildo de Oliveira da Silva (SINAEES-AM) e Marcos Bento (ABRACICLO).
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