Parlamentar subscreveu pedido de audiência pública na CFT para ouvir, ainda, dirigentes do BRB, para saber tamanho do rombo do Master, estimado em mais de R$ 50 bi - Foto: Assessoria
O deputado federal Pauderney Avelino (União-AM) subscreveu requerimento de pedido de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) de autoridades e dirigentes do Banco Central e BRB para esclarecer o escândalo do Banco Master, na opinião dele, a maior fraude financeira da história do país.
“Esse escândalo vai tirar um terço do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), ou seja, R$ 41 bilhões do total de R$ 120 bilhões, que protege investidores do sistema financeiro, prejudicando, ainda, as previdências de muitos estados e municípios, como a Amazonprev, do Amazonas”, revelou.
Pauderney disse que o convite para participação na audiência pública da CFT deverá incluir o atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o ex, Roberto Campos Neto, o ex-diretor Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, membros do Ministério da Fazenda, entre outros.
O deputado federal amazonense diz que muitos dirigentes tinham recebido vários alertas sobre as operações sem lastro do Banco Master. “Esse descalabro não poderá ficar impune. Precisamos saber o tamanho do rombo, fruto da ganância que lesou correntistas, aplicadores CDB e CDI, o FGC e as previdências, como a Amazonprev, do meu estado, que aplicou R$ 56 milhões no Master”, afirmou.
Segundo Pauderney, a garantia do FGC só cobre aplicações de até R$ 250 mil por CPF, reforçando o prejuízo que contamina instituições, estados e 18 fundos previdenciários de estados e municípios, cujos investimentos “viraram pó”, nas palavras do parlamentar.
Operação Compliance Zero
A liquidação extrajudicial do Master culminou na prisão do CEO e controlador, Daniel Vorcaro, e de mais cinco pessoas, no âmbito da Operação Compliance Zero, da Polícia Federal. As investigações apontam falsificação de instrumentos de crédito e outras práticas irregulares. Segundo autoridades, parte significativa dos ativos do banco estava concentrada em fundos ilíquidos — o que aumentava o risco das operações.
A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) segue fortalecendo a atividade parlamentar no interior do Estado e, atualmente, conduz a revisão de 18 Leis Orgânicas...