Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Fotos: Ricardo Stuckert / PR
Os Estados Unidos não enviarão nenhum alto funcionário à Cúpula dos Líderes das Nações Unidas (COP-30), que será realizada a partir de 10 de novembro no Brasil, informou neste sábado, 1°, a Casa Branca. O presidente Donald Trump, que é negacionista do aquecimento global, tem se concentrado em impulsionar a indústria de combustíveis fósseis.
Um funcionário da Casa Branca confirmou à AFP, sob condição de anonimato, que nenhum representante de alto nível dos Estados Unidos irá ao encontro. Segundo ele, Trump está dialogando diretamente com líderes de todo o mundo sobre questões energéticas, como pode ser visto nos históricos acordos comerciais e de paz, que têm foco significativo nas alianças energéticas.
Como mostrou o Estadão, o governo brasileiro não esperava a participação de Trump e de qualquer representante político dos Estados Unidos na Cúpula de Líderes da COP-30. A reunião ocorrerá em 6 e 7 de novembro. Nesta sexta-feira, 31, o Brasil também confirmou a ausência da Argentina. O governo estima que 57 chefes de Estado e de governo participem, na próxima semana, da reunião de líderes.
Na última reunião com Trump, na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu que ele viesse, ainda que para manifestar suas conhecidas posições contrárias à emergência climática. Ao retornar ao poder, ele retirou os EUA do Acordo de Paris, o que terá efeito a partir de 2026.
Nos bastidores, a diplomacia brasileira e ambientalistas temiam que uma participação americana criasse obstáculos e diziam que, para o andamento da COP-30, o melhor seria a ausência de Trump.
A ausência dos Estados Unidos, no entanto, simboliza o vácuo de lideranças nas negociações climáticas globais, que têm sido prejudicadas pelos conflitos bélicos (como o da Ucrânia e o da Faixa de Gaza) e as guerras comerciais, como na imposição de tarifas aos outros países pela gestão Trump.
União Europeia e China – que estão entre as candidatas a assumirem a dianteira dos esforços globais pela luta climática – não têm mostrado protagonismo suficiente. Ao sediar a COP na Amazônia, Lula quer se colocar como um mediador importante dessas discussões, mas o governo tem sido cobrado por suas contradições na agenda ambiental, como na recente liberação da exploração de petróleo na Margem Equatorial da Foz do Amazonas.
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