Presidente Luiz Inácio Lula da Silva já enfrentou outros problemas técnicos durante voos oficiais - Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relatou problemas em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) durante uma viagem no Pará. Ele precisou trocar de aeronave antes de decolar de Belém (PA) com destino a Breves, no Arquipélago do Marajó, na manhã de quinta-feira, 2. “Teve um problema no motor do avião, um avião caça da FAB”, relatou em entrevista à TV Liberal.
“Eu só tinha que agradecer a Deus porque poderia ter dito um problema quando eu tivesse no ar. E teve quando eu estava em terra, nós tivemos que descer do avião com medo que o avião pegasse fogo. Fomos num avião Brasília. Eu fui de noite agradecer a Nossa Senhora”, disse.
Em nota, o governo federal explicou que, inicialmente, o trajeto seria feito em um C-105 Amazonas, da FAB, que não integra a frota presidencial, mas foi escolhido por ser adequado às condições da pista no município de destino.
O avião é usado com frequência para transporte de tropas e cargas, além do deslocamento do presidente quando é necessário pousar em pistas curtas.
No entanto, ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores, foi identificado um problema técnico-operacional na aeronave. Segundo a nota, por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva, que sempre fica disponível nas missões presidenciais.
O modelo utilizado foi um C-97 Brasília. O voo foi realizado normalmente e o presidente cumpriu toda a agenda prevista em Breves em segurança e sem alterações no roteiro.
Lula tem cumprido agendas no Pará desde quinta, a cerca de um mês do início da COP30, que será realizada em Belém, capital do estado. A conferência climática reunirá lideranças de todo o mundo para tratar sobre o meio ambiente, mas a cidade em que o evento será realizado tem sofrido críticas por conta da falta de estrutura hoteleira.
Crítica à imprensa
Ainda nesta quinta, Lula disse que a imprensa brasileira questionaria a eficácia do governo e defenderia a privatização do setor hoteleiro de Belém (PA) caso os hotéis da cidade fossem públicos e não privados. O petista garantiu que a COP30 será realizado na capital paraense e reclamou do “preconceito” interno e externo, mas disse que isso está “vencido”.
“Se os hotéis fossem estatais, imaginemos que os hotéis fossem do governo federal. A gente ia sofrer pressão e ia deixar o preço bem baixinho. A imprensa que está dizendo hoje que os hotéis são caros, ia dizer que o governo não sabe administrar, que ele está tendo prejuízo e que era preciso privatizar os hotéis porque a indústria privada sabe administrar mais que o governo”, disse o presidente.
Lula relacionou a COP30 com a Copa do Mundo de 2014 onde, segundo ele, o Brasil viveu a “maior campanha de preconceito”. O presidente reclamou de reportagens que apontavam o mau uso de dinheiro público na construção dos estádios do torneio e dos xingamentos sofridos pela então presidente, Dilma Rousseff (PT), na abertura da competição.
O presidente declarou também que os governos federal e estadual vão garantir a estadia de países africanos na conferência internacional, além de dois navios que vão servir de instalações para os participantes da COP30, em alternativa aos hotéis. Reclamando sobre os questionamentos da mudança de sede por representantes estrangeiros, Lula disse que “o Brasil não deve nada a nenhum País e é soberano na tomada das suas decisões”.
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