Vereador destacou as discrepâncias entre os aumentos salariais propostos e a realidade econômica enfrentada pelos manauenses - Foto: Emerson França / Dicom | CMM

O vereador William Alemão (Cidadania) posicionou-se contra os Projetos de Lei (PL) nº 467 e nº 468, ambos de 2024, apresentados pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Apesar de sua oposição, às propostas foram aprovadas nesta quarta-feira (11/12) no plenário da CMM.

Os projetos estabelecem reajustes salariais para o prefeito, vice-prefeito, secretários e subsecretários municipais, válidos para o período de 2025 a 2028.

Durante o debate no plenário, Alemão criticou as discrepâncias entre os aumentos propostos e a realidade econômica da população manauense.

“Qualquer aumento salarial precisa acompanhar o mercado. Não é possível comparar o salário de um prefeito, pago pelos contribuintes, com o de um CEO ou gerente de indústria, cuja remuneração vem da iniciativa privada. As diferenças são gigantescas”, destacou.

O parlamentar apontou que, nos últimos quatro anos, o salário do prefeito teve um aumento de 94,45%, enquanto o salário mínimo cresceu apenas 35,9% no mesmo período.

“Somando a última lei, que aplicou um gatilho em 2022, já houve um aumento significativo. De 2022 para 2024, foi mais 30%. Isso não acompanha o crescimento do salário mínimo, e esse é o ponto central”, explicou.

Alemão enfatizou a necessidade de critérios mais justos para reajustes salariais, alinhados à realidade enfrentada por trabalhadores e servidores públicos.

“Os reajustes precisam refletir o que a população de Manaus, do estado e do Brasil recebe. Não é justo impor aumentos elevados, pagos com dinheiro público, enquanto os cidadãos enfrentam dificuldades econômicas e sociais”, declarou.

O vereador reafirmou sua oposição ao PL e defendeu a importância da responsabilidade no uso dos recursos públicos.

“Ser gestor público exige respeito aos cidadãos que financiam esses salários. Precisamos de transparência e coerência, especialmente em tempos de desafios econômicos”, concluiu.