O Papa Francisco fala durante a audiência geral semanal na Praça de São Pedro no Vaticano - Foto: Vatican Media / via Reuters
O Vaticano confirmou hoje, com o aval do papa Francisco, a possibilidade de padres e bispos abençoarem casais homoafetivos, desde que essa prática não seja confundida com o casamento.
A orientação foi divulgada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão mais importante da Santa Sé em termos de teologia e herdeiro da Santa Inquisição.
De acordo com o órgão, são possíveis as “bênçãos a casais em situação irregular e a casais do mesmo sexo, cuja forma não deve ter qualquer fixação ritualística por parte das autoridades eclesiásticas, a fim de não produzir uma confusão com a bênção característica do sacramento do matrimônio”.
“A bênção chega de Deus para aqueles que, reconhecendo-se como necessitados de sua ajuda, não reivindicam a legitimação de um status próprio”, explicou o dicastério.
De acordo com o órgão, para não ser confundida com o casamento, a bênção poderia ocorrer em situações como a “visita a um santuário, um encontro com um sacerdote ou uma oração recitada em um grupo”.
“Não se pretende legitimar nada, mas apenas abrir a própria vida a Deus, pedir sua ajuda para viver melhor e invocar o Espírito Santo para que os valores do Evangelho possam ser vividos com maior fidelidade”, acrescentou o dicastério.
As diretrizes confirmam uma resposta dada recentemente pelo Papa a questionamentos de cinco cardeais conservadores que perguntavam se a Igreja aceitaria como “um possível bem situações objetivamente pecaminosas, como as uniões entre pessoas do mesmo sexo”.
Na ocasião, o pontífice esclareceu que o catolicismo “tem uma concepção muito clara do casamento, que é uma união exclusiva, estável e indissolúvel entre um homem e uma mulher, naturalmente aberta à geração de filhos”.
No entanto, Jorge Bergoglio ressaltou que os padres e bispos não deveriam perder a “caridade pastoral”. “Uma bênção é um pedido de ajuda a Deus, uma oração para poder viver melhor.
Portanto, não podemos nos tornar juízes que apenas negam, rejeitam, excluem”, afirmou Francisco.
Parlamentar amazonense destacou, em discussão na Câmara, projetos que implantou quando era secretário de Educação, como o de valorização dos professores especializados em alfabetização,...