Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández na Casa Rosada, na Argentina (Foto: Esteban Collazzo)

Presidente do Brasil afirmou em coletiva de imprensa na Argentina, que extrema direita não deu certo em nenhum país do mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã de hoje (23), que espera que a que a extrema direita não vença as eleições de outubro na Argentina. Ao ser questionado por jornalistas, em sua viagem a Buenos Aires, sobre o cenário eleitoral local, Lula afirmou que “não gosta de dar palpite sobre política de outro país” e que não sabe se o atual presidente, Alberto Fernández, disputará a reeleição. Ressaltou, no entanto, que a vitória da extrema direita seria um “desastre eleitoral” para a Argentina.

“Não gosto de dar palpite sobre política de outro país. Não é correto. O que eu posso dizer é que quando o Alberto Fernández ganhou as eleições, eu fiquei muito feliz”, afirmou Lula. “Não sei se será candidato à reeleição ou não. Não sei quantos candidatos vão disputar. A única coisa que eu espero é que a Argentina não permita que a extrema direita ganhe as eleições aqui. Porque a extrema direita não deu certo em nenhum país que governou. Portanto, espero que o povo argentino, na sua inteligência, não permita que aconteça um desastre eleitoral aqui na Argentina”, enfatizou.

O economista e deputado Javier Milei é o principal nome que representa a extrema direita argentina. Milei é simpatizante do bolsonarismo e próximo ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A esquerda local o enxerga como o “Bolsonaro argentino”. Não está claro, porém, de que Milei tentará se candidatar à Presidência neste ano.

A afirmação de Lula ocorreu ao lado de Fernández, após reunião bilateral dos dois chefes de Estado na Casa Rosada, em Buenos Aires. Fernández enfrenta período de impopularidade na Argentina, que registrou no ano passado uma inflação anual de 94,8%, a maior em 32 anos.

Com informações de O Globo