O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, preso hoje pela PF (Foto: Tom Costa / MJSP)

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres vai alegar em seu novo depoimento à PF (Polícia Federal) que não se recorda da minuta do decreto que pretendia decretar um estado de defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O documento foi encontrado em uma operação de busca e apreensão na casa de Torres. A expectativa é que o depoimento ocorra na próxima segunda-feira (24), mas ainda depende de confirmação.

A coluna apurou que ele deve falar aos investigadores que a todo momento chegavam documentos desse teor, inclusive em suas redes sociais, ao longo de dezembro. Por isso, segundo Torres, ele não recorda quem entregou ou o contexto em que essa minuta chegou até ele. Seria um documento em meio a diversos outros.

Na quarta-feira (18), a PF tentou ouvi-lo pela primeira vez. No entanto, sua defesa ainda aguardava ter acesso aos autos de dois dos três inquéritos em que ele é investigado devido aos ataques de 8 de janeiro em Brasília.

Ele está preso no 4º Batalhão de Polícia Militar e é investigado por suposta leniência durante os atos golpistas contra os prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro.

No domingo, enquanto terroristas bolsonaristas atacavam os prédios da Praça dos Três Poderes, Torres estava em Orlando, nos EUA. Ele negou ter se encontrado com Bolsonaro e disse que estava de férias em uma viagem de família programada desde novembro. Ele retornou ao Brasil para cumprir a ordem de prisão no sábado (14).

Com informações da Coluna de Juliana dal Piva / Uol