A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), por meio do Programa Saúde na Floresta (PSF), alcançou a marca de 938 webpalestras e teleorientações destinadas a Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Indígenas de Saúde (AIS), que atuam em comunidades do interior do Amazonas. Os profissionais receberam formação em temas como urgência e emergência, saúde da mulher, saúde da criança e imunização, saúde do homem, saúde mental, alimentação saudável x obesidade, entre outros.
Para prestar auxílio na formação profissional e com o trabalho de ACS e AIS nas comunidades, a FAS tem o apoio, atualmente, de 52 pontos de conectividade funcionando em 22 municípios, Unidades de Conservação (UCs) e Terras Indígenas (TIs). As ações nas comunidades são realizadas em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema/AM) e com as Secretarias Municipais de Saúde. Além de possibilitar a qualificação dos agentes, os pontos de conectividade também viabilizam teleatendimentos em saúde para os comunitários. De setembro de 2020 para cá, já foram mais de 1.550 teleatendimentos nas especialidades médica, de enfermagem e psicológica, por exemplo. As ações do telessaúde acontecem em parceria com a empresa JBS, programa Todos pela Saúde e Embaixada da França.
Para a gerente do programa Saúde na Floresta da FAS, Mickela Costa, a teleducação representou um salto de qualidade para a atuação dos ACS. “Tem possibilitado aos ACS entenderem cada vez mais os benefícios que o teleatendimento pode levar para a comunidade e apoiado o trabalho deles como agentes de saúde. Ao melhorar seus conhecimentos sobre os aspectos da saúde, conhecer cada vez mais os casos que vêm sendo levantados na comunidade, o profissional fica cada vez mais informado e alerta sobre o quê fazer para encaminhar as questões de saúde da própria comunidade. É uma melhoria na qualificação profissional dos ACSs e um apoio que a FAS proporciona aos municípios enquanto organização que atua em áreas remotas, como as UCs do estado”, explica.
Melhoria na atenção básica em saúde
Um dos ACS beneficiados pelo projeto de telessaúde é Alcides de Jesus, da comunidade Bom Jesus, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã. “As webpalestras me ajudaram muito no desempenho do meu trabalho e na comunicação com a minha comunidade. Hoje, sou mais informado e oriento com mais precisão a comunidade. Gosto muito de todos os temas ligados à saúde que são apresentados”, relata.
Na comunidade Boa Esperança, situada na RDS do Rio Amapá, Rivelino Carvalho é o responsável pelo ponto de conectividade que atende quatro comunidades da região. Para ele, o projeto de telessaúde foi um ganho enorme para toda a população. “A saúde aqui melhorou bastante, porque antes tínhamos uma dificuldade muito grande em atendimento médico. As pessoas tinham que sair daqui para se consultar em Manicoré, enfrentar fila, ir para a porta do hospital às duas da madrugada para conseguir uma ficha de atendimento. A telessaúde facilitou nesse sentido, não precisamos mais enfrentar filas. Procuramos atender da melhor forma possível, principalmente para o comunitário se sentir à vontade. Fazemos o requerimento de atendimento e, no dia seguinte, a pessoa é atendida.”, conta.
Calendário
O calendário de webpalestras do programa de Telessaúde da FAS segue as diretrizes do Ministério da Saúde, além de considerar os aspectos regionais e sazonais do Amazonas. Em 2022, já aconteceram palestras sobre saúde mental, Covid-19, sensibilização e combate à hanseníase, entre outras. Estão previstas formações sobre campanhas de saúde nacionais, como Outubro Rosa (câncer de mama), Novembro Azul (câncer de próstata), entre outras.
Com informações da assessoria da FAS