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Ataques de abelhas crescem 80% e já matam mais que serpentes

Foto: Jonathan Wilkins / Jornal da Unesp

O Brasil enfrenta uma crise silenciosa que vem ganhando proporções alarmantes: os ataques de abelhas africanizadas aumentaram 83% entre 2021 e 2024, saltando de 18.668 para 34.252 ocorrências registradas. Mais grave ainda é o número de mortes, que mais que dobrou no período, atingindo 125 óbitos tanto em 2023 quanto em 2024.

Os dados, que colocam os ataques de abelhas acima dos registros de ataques de serpentes desde 2023, motivaram pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) a publicar um estudo na revista científica Frontiers in Immunology, classificando o envenenamento por picadas de Apis mellifera como um problema de saúde pública negligenciado.

Problema cresce sem tratamento específico

“Ainda hoje não existe um antídoto contra o veneno de abelhas, como os que temos para as picadas de serpentes, aranhas e escorpiões”. É o que explica Rui Seabra Ferreira Júnior, médico-veterinário e diretor do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp. Ele coordenou a pesquisa.

Apenas nos primeiros sete meses de 2024, o país já registrou mais de 18 mil acidentes com abelhas, evidenciando a gravidade crescente do problema. A ausência de um tratamento específico para essas vítimas é um dos principais argumentos dos pesquisadores para classificar a situação como questão negligenciada de saúde pública.

Causas do crescimento ainda são investigadas

Osmar Malaspina, biólogo do Instituto de Biociências da Unesp em Rio Claro e uma das maiores autoridades no estudo de abelhas no Brasil, aponta possíveis fatores para o aumento dos casos. “Especulamos sobre uma combinação entre o desmatamento, com perdas de habitat nas matas, e a procura por novos locais para ninhos próximos a áreas urbanas”, afirma o especialista.

O pesquisador também destaca a busca das abelhas por alimentos gerados pelas atividades humanas em determinadas épocas do ano como outro fator que intensifica o contato entre humanos e insetos.

Efeitos variam conforme o sistema imunológico

Benedito Barraviera, docente da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e cofundador do Cevap, esclarece que os efeitos das picadas dependem fundamentalmente do sistema imunológico de cada pessoa. “Não é possível determinar quantas ferroadas irão colocar a pessoa em situação de risco”, alerta o médico.

O especialista identifica dois tipos principais de acidentes:

  • Reações alérgicas: pessoas alérgicas podem desenvolver choque anafilático com apenas uma picada, situação que exige injeção imediata de adrenalina e atendimento médico de emergência.

  • Intoxicação por múltiplas picadas: quando uma pessoa não alérgica recebe muitas picadas simultaneamente, o excesso de veneno pode causar complicações neurológicas e renais. Isso além de torpor neurológico com risco de parada cardiorrespiratória.

Tratamento atual é limitado e custoso

A falta de um soro específico contra ferroadas de abelhas africanizadas torna o tratamento mais caro e imprevisível. “O protocolo atual é aplicar apenas o tratamento para os sintomas”, explica Barraviera. “Se o soro antiapílico desenvolvido pelo Cevap já estivesse disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), seria possível lidar com todas essas complicações de uma só vez e com mais segurança.”

Na ausência de tratamentos específicos, os especialistas recomendam medidas preventivas rigorosas:

  • Nunca manusear colmeias sem equipamento adequado

  • Evitar uso de inseticidas e venenos próximos aos ninhos

  • Não fazer movimentos bruscos ou ruidosos near dos enxames

  • Isolar o local quando identificar ninhos

  • Contactar imediatamente a Defesa Civil, Bombeiros ou empresas especializadas em remoção

As abelhas Apis mellifera, conhecidas como africanizadas, são essenciais para a polinização e produção de mel. Mas seu comportamento defensivo intenso quando sentem ameaça ao enxame torna os encontros com humanos potencialmente fatais. A conscientização sobre os riscos e a implementação de medidas preventivas são fundamentais para reduzir o número crescente de vítimas dessa crise silenciosa da saúde pública brasileira.

*Com informações de Agro em Campo

Câmara Municipal de Manaus aprova projeto que inclui curso de desengasgo no pré-natal

Foto: Cleuton Silva e Eder França  /Dicom

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou, nesta segunda-feira (18 de agosto), durante a 66ª Sessão Ordinária da 19ª Legislatura, o Projeto de Lei nº 405/2023, que inclui a obrigatoriedade do curso de Manobra de Heimlich (manobra de desengasgo) no pré-natal das gestantes assistidas por unidades de saúde e hospitais públicos e privados da capital.

O Projeto de Lei, de autoria do vereador Eduardo Alfaia (Avante), foi aprovado durante a sessão e seguiu para sanção do Poder Executivo.

A iniciativa tem como objetivo preparar gestantes e seus familiares para agirem com rapidez e eficácia diante de episódios de engasgamento, principalmente com recém-nascidos, ajudando a evitar mortes por asfixia.

Durante a votação da Ordem do Dia, o vereador Carlos Pai Amado (Avante) apresentou o Projeto de Lei que cria um Programa Municipal de Alfabetização de Idosos, intitulado “Alfabetiza 60+”. Em sua justificativa, o parlamentar afirma que o projeto tem o objetivo de promover a alfabetização e o letramento de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

A proposta foi encaminhada para a 2ª Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), mesma comissão que avaliará o Projeto de Lei do vereador Mitoso (MDB), que institui a Campanha Permanente de Sensibilização e Prevenção sobre o Desaparecimento de Crianças e Adolescentes nas escolas da rede pública municipal.

Pequeno Expediente

Durante o pequeno expediente, o vice-presidente da Casa, vereador Jander Lobato (PSD), ressaltou a importância das ações realizadas pelos parlamentares dentro das comunidades da capital, evidenciando a necessidade dos atendimentos para pessoas de baixa renda.

“Temos prestado um serviço muito importante para a sociedade. Há pessoas com dificuldade de locomoção, outras com dificuldade de acesso à informação, e nós, vereadores, ao levarmos esses serviços essenciais às comunidades, estamos contribuindo com esta Casa e com os nossos mandatos, para que todos sejam atendidos”, disse o vice-presidente.

Ainda durante o Pequeno Expediente, o vereador Raulzinho (MDB) apresentou o balanço de uma reunião que teve com representantes da concessionária Águas de Manaus. O encontro teve como tema a falta de recapeamento de vias nas quais a empresa realizou obras de esgotamento.

“Existem comunidades em que as ruas possuíam pelo menos seis centímetros de asfalto colocados pela Prefeitura, mas a empresa, após as obras, colocou apenas um centímetro, em vez de repor o asfalto que estava lá. E, na tratativa com o superintendente e sua equipe da Águas de Manaus, foi dado o comando de refazer o asfaltamento das ruas, porque a minha equipe está nas ruas acompanhando todo o serviço”, afirmou o vereador.

Pauderney reúne lideranças empresariais da ZFM e decide mobilizar Congresso contra “taxa de pouca água”

Foto: Assessoria

Uma das ações para combater abuso na cobrança de frete adicional por armadores internacionais é realização audiência pública conjunta na Câmara. Custos cobrados por contêiner encarecem custo de vida da população do AM

O deputado federal Pauderney (União-AM) reuniu, neste fim-de-semana, com representantes das principais entidades empresariais do Amazonas para discutir os impactos da chamada “taxa de pouca a água” – low water – uma cobrança adicional imposta por armadores internacionais durante o período de estiagem dos rios amazônicos.

“A cobrança, que pode ultrapassar R$ 10 mil por contêiner, tem gerado forte preocupação entre empresários. Embora a seca deste ano não tenha sido extrema, a tarifa foi aplicada de forma considerada abusiva, atingindo não apenas a Zona Franca de Manaus, como todo o comércio e a indústria, com reflexos diretos no custo de vida da população”, diz Pauderney.

Pauderney Avelino já levou o tema à Câmara dos Deputados, denunciando a cobrança. “Uma taxa absurda adicional de transporte de contêineres da Ásia para cá. São US$ 2 mil dólares a mais sobre os U$ 5.500 que já se cobra por um contêiner de 40 pés. Vamos agir para que nós possamos retirar esta abusiva taxa adicional de transporte, que encarece os produtos, seja para a indústria, seja para o nosso comércio”, disse em discurso na tribuna.

Participaram do encontro Antônio Kizem, dirigente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL); Bruno Loureiro Pinheiro, presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA); Belmiro Vianez Gonçalves, representante da ACA, Rogério Rabello, vice-presidente da ACA, Henrique Medina, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi); Luís Augusto e Lúcio Flávio, representantes do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam).

“Louvo o deputado federal Pauderney Avelino por realizar esse trabalho num pleno sábado de interlocução e de liderança dessas pautas tão importantes para a nossa sociedade”, afirmou o presidente do Cieam, Luis Augusto, sobre a disposição do deputado em liderar o debate.

Para o presidente da Ademi, Henrique Medina não há justificativa para a tarifa. “Os armadores não têm por que cobrar essa taxa absurda de quase 2 mil dólares. Isso onera os produtos nas prateleiras e o preço dos insumos que são utilizados na construção civil e, portanto, prejudica a população de uma forma geral”, observou.

Auditoria de Obras Públicas: 21º Simpósio Nacional reúne especialistas no TCE-AM

Foto: Joel Arthus

O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) sediou, nesta segunda-feira (18), a abertura da 21ª edição do Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas (XXI SINAOP), que também celebra os 25 anos do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop). O auditório da Corte reuniu cerca de 300 participantes, entre especialistas, gestores, engenheiros e representantes de órgãos de controle de todo o país.

Com o tema “Infraestrutura para um Brasil Sustentável e Integrado”, o evento segue até sexta-feira (22) com debates, palestras e minicursos sobre sustentabilidade, inovação e responsabilidade ambiental em obras públicas.

A conselheira-presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins, destacou a importância da realização do evento no Norte.

“Trazer o SINAOP para o Norte do Brasil é mais do que uma decisão estratégica, é um gesto de valorização da nossa realidade e de reconhecimento da importância de pensarmos soluções a partir do nosso território.”

A presidente do Ibraop, Adriana Portugal, falou sobre os desafios da engenharia pública. “Nossa população tem celular na mão e o pé na lama. Essa realidade precisa mudar. A sustentabilidade precisa ser premissa de projeto. Não podemos fazer hoje algo que vá atrapalhar o amanhã”, afirmou.

Também durante a abertura, em mesa mediada pela presidente do Ibraop, Adriana Portugal, o diretor de Controle Externo de Obras Públicas, Euderiques Pereira Marques, destacou os desafios da fiscalização de obras no interior do Amazonas, marcados pelas barreiras logísticas e pelas condições das comunidades ribeirinhas. “Não podemos ter o mesmo olhar de uma obra no interior para uma obra na cidade. Encontramos cidades alagadas, auditorias feitas dentro d’água, deslocamentos complexos. O timing é decisivo e a comunidade precisa saber que tem pessoas que olham por elas”.

Na mesma mesa, o diretor-presidente da Águas de Manaus, Pedro Augusto Freitas, também reforçou a necessidade de adaptar a engenharia às condições locais. “Manaus é uma das maiores capitais do país, mas 53% da cidade está em áreas informais. Não basta a cidade se adaptar à nossa operação, nós precisamos adaptar a operação à cidade.”

A programação do XXI SINAOP inclui 22 palestras, nove artigos científicos, cinco minicursos, duas conferências e uma mostra institucional paralela. Participam representantes da sociedade civil, Polícia Federal, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Casa Civil da Presidência da República e dos Ministérios do Meio Ambiente, dos Transportes e do Planejamento e Orçamento.

O simpósio é organizado pelo Ibraop e pelo TCE-AM, com apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), do Instituto Rui Barbosa (IRB), do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), da Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon), da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), da Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom) e da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC). Conta ainda com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Felca é nomeado parceiro da saúde mental

Felca é nomeado parceiro da saúde mental - Foto: Reprodução / Youtube

Felipe Bressanim, conhecido na internet como Felca, acaba de receber um dos reconhecimentos mais relevantes de sua trajetória. O influenciador, que ganhou notoriedade ao denunciar a adultização e a exploração sexual de crianças e adolescentes nas redes sociais, foi nomeado parceiro nacional da saúde mental pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O criador de conteúdo, que já havia exposto o impacto emocional vivido durante as investigações que levaram às denúncias, usou as redes sociais para comentar a conquista. Em uma publicação, Felca revelou que a primeira pessoa a quem contou sobre o título foi sua mãe.

“Ela disse que se sente orgulhosa, mas que orgulho já sentia desde o momento em que me teve nos braços. Te amo, mãe, para sempre”, escreveu.

Em outro trecho, o influenciador refletiu sobre o papel de sua atuação pública.

“Somos todos pequenos perante o mundo, e o mundo é pequeno perante o universo. Talvez a única forma de ser maior do que se é esteja em estender a mão para o próximo. Eu não poderia imaginar que minha breve estadia nesse mundo poderia ajudar, mas aparentemente ajudou. Sou grato. Busquem terapia”, destacou.

Diagnosticado com ansiedade e depressão, Felca costuma transformar suas próprias vivências em conteúdo de acolhimento e conscientização para os seguidores.

Ao final da mensagem, agradeceu pela oportunidade de “ressignificar” a dor e reforçou a importância de procurar ajuda profissional.

 

*Com informações de IG

Pesquisa confirma aprovação de 96% do público e avalia experiência completa do #SouManaus

Foto: Arquivo / Semcom

O “#SouManaus Passo a Paço”, maior festival gratuito de artes integradas do Brasil, vai passar por mais uma pesquisa quantitativa e qualitativa, conduzida por 66 pesquisadores acadêmicos de Turismo, História e Serviço Social da Universidade Nilton Lins, em parceria com a Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). A iniciativa ocorre por meio de um Termo de Cooperação Técnica entre a universidade e a Manauscult. O objetivo é apresentar uma pesquisa detalhada com indicadores socioeconômicos (quantitativos e qualitativos) do evento, fornecendo dados essenciais para avaliação institucional e adoção de políticas públicas que aprimorem os resultados e otimizem a aplicação de recursos.

O diretor-presidente da Manauscult, Jender Lobato, destaca a importância desse levantamento. “A realização dessa pesquisa é fundamental para entendermos a experiência de todos os públicos, identificar oportunidades de melhoria e garantir que o ‘#SouManaus Passo a Paço’ continue sendo um evento de referência nacional, inclusivo e de alta qualidade”, afirmou.

A pesquisa, realizada anualmente durante o festival, acompanha a experiência de três públicos específicos: permissionários/empreendedores; turistas; e a população local que participa das atividades. Foram entrevistadas, no ano passado, 2.294 pessoas, entre empreendedores, turistas e população local, resultando numa aprovação de 96%. São analisados todos os aspectos do evento, incluindo grandiosidade da estrutura, acesso de entrada e saída, mobilidade interna, qualidade do line-up, infraestrutura – que avalia os 17 palcos e serviços oferecidos. O estudo também identifica o que está funcionando, o que deve ser mantido e o que precisa ser ajustado.

Além disso, a pesquisa avalia o perfil do público. Em levantamentos realizados em anos anteriores, a faixa etária média era de 45 anos. Nas últimas pesquisas, realizadas em 2023 e 2024, essa média caiu para 37 anos, mostrando que o festival se consolidou como um evento jovem e dinâmico, embora continue abraçando todas as idades.

Outro dado relevante é a abrangência geográfica do público, que inclui moradores de Manaus, visitantes de municípios próximos como Itacoatiara, Iranduba, Manacapuru, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, além de participantes de outros estados, como Pará, Rondônia, Roraima, e até mesmo de cidades internacionais, incluindo Bogotá, na Colômbia.

Com base nos resultados das pesquisas, os organizadores podem aprimorar continuamente a experiência do festival, garantindo maior eficiência, conforto, segurança e atratividade para todos os públicos.

A edição de 2025 do festival contará novamente com esta pesquisa, reforçando o compromisso com a qualidade, acessibilidade e experiência do público, mantendo o evento como referência no cenário cultural nacional.

Quase 200 ativistas, incluindo Greta Thunberg, bloqueiam principal refinaria da Noruega

Ativista sueca Greta Thunberg discursa durante protesto organizado pelo grupo Extinction Rebellion na refinaria de petróleo da Equinor em Mongstad, Noruega - Foto: Paul S. Amundsen / AFP

Quase 200 ativistas ambientais, incluindo a sueca Greta Thunberg, bloquearam a maior refinaria da Noruega nesta segunda-feira (18) para exigir que o país encerre sua indústria de petróleo e gás.

Ativistas da organização Extinction Rebellion sentaram-se na estrada, bloqueando o acesso à refinaria de Mongstad, em Bergen, na costa sudoeste da Noruega, enquanto caiaques e veleiros bloqueavam a entrada do porto.

“Estamos aqui porque está perfeitamente claro que não há futuro no petróleo. Os combustíveis fósseis levam à morte e à destruição”, afirmou Greta Thunberg em um comunicado, acrescentando que grandes produtores, como a Noruega, têm sangue nas mãos.

A Mongstad pertence à gigante Equinor, controlada majoritariamente pelo Estado norueguês. Os ativistas exigem que o país implemente um plano de eliminação gradual do petróleo e do gás —dos quais a Noruega é o maior produtor da Europa.

A queima de combustíveis fósseis é a principal fonte de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global. A mudança climática já vem intensificando secas, tempestades e furacões ao redor do mundo, causando mortes e deslocamentos populacionais e exacerbando conflitos.

Os ativistas anunciaram que planejam continuar o movimento ao longo da semana na Noruega em uma série de manifestações.

A polícia informou que estava no local desde as 7h do horário local (4h em Brasília) e segue monitorando a situação.

Oslo destaca que o setor de petróleo e gás é uma fonte de empregos e conhecimento técnico e ressalta a importância de garantir o fornecimento estável de energia ao continente.

A Equinor anunciou que planeja manter a produção de petróleo em 1,2 milhão de barris por dia e a de gás em 40 bilhões de metros cúbicos por ano até 2035.

*Com informações de Folha de São Paulo

Wilson Lima leva padrão Delphina ao Platão Araújo e apresenta balanço do primeiro mês de novo modelo 

O hospital registrou mais eficiência nos atendimentos, redução de filas de espera por procedimentos e 40 dias sem pacientes nos corredores - Fotos: Antônio Lima, Arthur Castro/Diego Peres /Secom e Evandro Seixas /SES

O governador Wilson Lima apresentou, nesta segunda-feira (18/08), o balanço do primeiro mês do novo modelo de gestão do Hospital e Pronto-Socorro Dr. Platão de Araújo, que registrou um aumento de 49% no número de cirurgias, saltando de 432 para 643 procedimentos mensais. A unidade passa a seguir o padrão já consolidado do Hospital Delphina Aziz, referência de qualidade em gestão de saúde no Amazonas e segue sendo expandido para toda a rede estadual de saúde.

“Nós estamos mudando a saúde com coragem e determinação. Antes, a saúde era refém de monopólios, de prestadores de serviços que estabeleciam a dinâmica de atendimento, os fluxos, equipamentos, insumos, inclusive o funcionamento das salas cirúrgicas. Hoje, nós estamos abrindo a concorrência para todos aqueles que estão prestando serviço eficiente e aqueles que estão praticando um preço de mercado. Nenhum ataque, nenhuma chantagem vai intimidar a nossa equipe de fazer o que tem que ser feito”, pontuou o governador, acompanhado da secretária de Saúde, Nayara Maksoud.

O governador destacou que o Platão Araújo, que conta com 219 leitos e atendimento 24 horas, já vivencia avanços expressivos no número de procedimentos cirúrgicos da ortopedia, que saíram de 200 para 355 por mês (77,5%), e na cirurgia vascular, saltando de 70 para 93 (32%).

O tempo de espera para a realização das cirurgias ortopédicas caiu de 30 dias para apenas 3 dias, com a eliminação de uma fila represada de 110 cirurgias. A unidade também passou a realizar cirurgias de mão na urgência, com tempo médio de espera de apenas três horas.

Já na cirurgia vascular, onde o hospital é referência no tratamento de pé diabético, a produção diária saltou de dois para sete procedimentos, com a introdução de novas tecnologias e tempo máximo de espera de 24 horas.

Outros avanços

As salas cirúrgicas passaram a funcionar de forma ininterrupta, 24 horas por dia, inclusive em finais de semana e feriados. O hospital também adotou novos protocolos para emissão de laudo de risco cirúrgico, reduzindo o tempo de 48 horas para, até, 40 minutos. Com isso, pacientes passaram a ter condições de realizar procedimentos no mesmo dia em que dão entrada. O tempo de espera para CPRE, que antes chegava a seis meses, caiu para sete dias. Ecocardiograma e ultrassom Doppler passaram a ser realizados em até 24 horas.

Com essas mudanças, o hospital reduziu a média de permanência dos pacientes internados de oito para cinco dias, ficando abaixo da média nacional de sete dias, conforme a Agência Nacional de Saúde (ANS). Também houve aumento de 14,33% na conclusão de atendimentos em até seis horas e crescimento de 4% na oferta de exames laboratoriais e de imagem, como raio X, tomografia, eletrocardiograma e ultrassonografia.

Corredor Zero

Outro destaque é o fluxo no atendimento de urgência e emergência. Há 40 dias, o hospital mantém o “Corredor Zero”, eliminando a presença de pacientes em macas nos corredores, o que reforça a eficiência alcançada pela reorganização dos serviços.

Fotos: Antônio Lima, Arthur Castro/Diego Peres /Secom e Evandro Seixas /SES

Para sustentar esse novo ritmo, foram contratados 580 profissionais, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, assistentes sociais, farmacêuticos, psicólogos hospitalares e administrativos, além de especialistas como instrumentadores, biomédicos, nutricionistas e fonoaudiólogos.

Nova estrutura

Além dos avanços nos indicadores de saúde, o hospital também passa por melhorias estruturais. Já foram concluídos o restauro da fachada, pintura interna e externa e manutenção de elevadores. A unidade ganhará 10 novos leitos de enfermaria, passando de 219 para 229, e terá reforma da recepção da emergência e da área de internação de curta permanência.

Também serão instaladas quatro novas farmácias em pontos estratégicos, para garantir mais agilidade no fornecimento de medicamentos. O Platão recebeu ainda novos equipamentos, como dois “arcos em C”, utilizados em centros cirúrgicos para imagens em tempo real durante procedimentos médicos, além de novos carrinhos de anestesia. Na área vascular, novos exames diagnósticos, como ultrassom com doppler arterial e com contraste angiográfico, já estão disponíveis 24 horas por dia.

Foram implantadas ainda uma ala especializada em atendimento a pacientes crônicos, com dez leitos disponíveis e outra com atendimento exclusivo para idosos com fratura de fêmur.

Açaí liberado: COP30 autoriza pratos do Pará após polêmica

Açaí é um dos pratos que estava proibido - Foto: Pinterest

A COP 30( Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), marcada para novembro em Belém, terá pratos tradicionais da culinária paraense em seus espaços oficiais.

A decisão foi tomada após a OEI(Organização dos Estados Ibero-americanos) alterar o edital que definia os critérios para empresas responsáveis pela operação dos restaurantes do evento.

O documento inicial havia excluído alimentos como açaí, tucupi, maniçoba e sucos de fruta in natura, classificados como de “alto risco de contaminação”. A medida gerou críticas e repercussão negativa, motivando a revisão.

A mudança ocorreu após atuação do ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e análise técnica da OEI, que publicou errata autorizando a inclusão desses pratos.

O edital estabelece que a seleção priorizará empreendimentos coletivos, como cooperativas, associações, redes solidárias e grupos produtivos locais.

Também busca dar destaque a povos indígenas, comunidades quilombolas, mulheres rurais, juventudes do campo e outros povos tradicionais vinculados à produção sustentável. Entre as exigências está a compra mínima de 30% dos insumos da agricultura familiar.

A exclusão dos alimentos típicos havia sido contestada por representantes da gastronomia paraense.

O chef Saulo Jennings, fundador do restaurante Casa do Saulo e primeiro Embaixador Gastronômico da ONU Turismo, questionou a proibição, destacando a importância cultural e ancestral desses produtos.

Ele ressaltou que são fiscalizados pela Vigilância Sanitária e citou sua experiência na COP28, em Dubai, onde serviu tacacá sem restrições.

Regras do edital

As regras do edital são restritas aos espaços oficiais da COP30 e não interferem em outros locais de Belém ou do Pará.

A definição final do cardápio ficará a cargo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, em conformidade com normas da Vigilância Sanitária nacional e subnacional.

Os cardápios poderão sofrer ajustes para atender a critérios de diversidade alimentar e segurança dos participantes.

Uma audiência pública está marcada para terça-feira (19), com o objetivo de ouvir candidatos interessados em operar os serviços de alimentação.

O encontro busca ampliar o diálogo sobre a seleção dos fornecedores e as opções gastronômicas que serão disponibilizadas durante a conferência.

*Com informações de IG

Produção audiovisual amazônica pode ganhar novo fôlego com PL de autoria do presidente Roberto Cidade

Foto: Herick Pereira

Por reconhecer a importância estratégica da produção audiovisual para o Amazonas — sobretudo no fortalecimento da identidade cultural, na valorização do patrimônio natural e histórico, e também na geração de emprego e renda — o deputado Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 687/2025, que estabelece medidas de incentivo à produção audiovisual no Estado.

“A ausência de incentivo à produção audiovisual na região Norte compromete não apenas a diversidade cultural do país, mas também a capacidade do Amazonas de contar suas próprias histórias, retratar suas realidades, valorizar seus povos e difundir seus patrimônios. Nosso PL quer ajudar a mudar essa realidade”, declarou Cidade.

O PL de Incentivo ao Audiovisual Amazônico visa estimular a produção, a difusão e a distribuição de obras audiovisuais que promovam a identidade cultural, a memória histórica e o patrimônio natural do Amazonas. Filmes, documentários, séries, animações e vídeos educativos estão entre os formatos contemplados.

A proposta prevê, mediante ações do Poder Executivo:

  • Apoio financeiro por meio de editais, prêmios, bolsas e subsídios;

  • Redução ou isenção de taxas estaduais relacionadas à realização de produções;

  • Parcerias com instituições públicas e privadas, nacionais ou internacionais;

  • Apoio técnico e logístico às produções no Estado;

  • Criação de linhas específicas de financiamento via fundos estaduais de cultura e inovação;

  • Incentivo à formação de profissionais por meio de cursos, oficinas, estágios e intercâmbios.

As produções deverão estar relacionadas a temas ligados à cultura, história, tradições, biodiversidade ou povos originários e tradicionais do Amazonas, sendo obrigatoriamente realizadas por produtores, coletivos ou empresas sediadas no Estado.

“O audiovisual é uma poderosa ferramenta de educação, preservação da memória, engajamento social e promoção internacional da imagem da Amazônia. Em tempos de emergência climática, desinformação e ameaças ao bioma, estimular obras que retratem com autenticidade as realidades da região é também uma ação estratégica para o fortalecimento da cidadania, da soberania cultural e da consciência ambiental”, reforçou o presidente da Aleam.

Dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine) mostram uma profunda concentração dos recursos do setor em poucos estados. Em 2023, o Brasil investiu mais de R$ 2,4 bilhões no audiovisual, mas mais de 30% desse volume ficou em São Paulo, enquanto a região Norte foi praticamente excluída.

Em 2024, entre mais de 39 mil projetos registrados nacionalmente, o Amazonas não teve nenhuma proposta contemplada em editais estratégicos.

POLÍTICA

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ECOLÓGICAS

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