A trajetória de recuperação da malha de voos domésticos se beneficiou das viagens de fim de ano e avançou mais um pouco em dezembro para as companhias brasileiras, que registraram média de 2.036 decolagens diárias, segundo levantamento da Abear (associação do setor).

No mês, as empresas alcançaram 85% da malha doméstica operada em março de 2020, antes da chegada do coronavírus, que arrebatou o mercado. Em abril daquele ano, a oferta diária de voos despencou para menos de 7%, ou seja, só 163 voos por dia.
A retomada rumo ao patamar de voos pré-pandemia começou a dar sinais mais firmes no meio deste ano, quando a malha saltou de 51% em junho para 68% em julho, segundo a Abear.

Eduardo Sanovicz, presidente da associação, prevê recuperação total em março ou abril de 2022. Segundo ele, o setor ainda enfrenta dificuldades como o aumento do preço do combustível de aviação e a escalada do dólar, que afeta os custos da operação.

Para o mercado de voos internacionais, que ainda gira em torno de 40% da malha anterior à pandemia, a previsão de recuperação total fica só para o fim de 2023.