Um cemitério se tornou o lar para cerca de mil gatinhos no bairro de Vila Monteiro, em Piracicaba, interior de São Paulo. Os felinos são cuidados por um grupo de voluntários, chamado de “Equipe Gatinhos do Cemitério” (GDC), que ajuda com a alimentação, captura para castração, tratamento veterinário e disponibilizam os felinos para adoção.
“Nós ajudamos os gatinhos no cemitério há alguns anos, porém nos tornamos fixos há um ano e dois meses, indo até lá diariamente para cuidar da alimentação, captura de gatos para castração e doentes para tratamento, além de resgate de filhotes para adoção”, diz Aline Sebânica, voluntária do GDC, ao Canal do Pet .
Aline ressalta que todos os custos com castração e tratamento dos felinos são pagos pela equipe, que conta com mais de 20 voluntários.
Cemitério da Saudade, um lar para os gatinhos
Tudo começou há cerca de 20 anos, quando uma mulher conhecida como Dona Júlia começou a compartilhar de sua própria comida com gatos de rua da região. “Ela não tinha acesso a ração, nem dinheiro. Muitas vezes deixando de comer para poder alimentá-los”, conta Aline.
“Com o passar do tempo, ela conheceu o senhor Sérgio, que passou a ajudar na alimentação [dos gatos]”, continua. “Com o passar dos anos, a Dona Júlia adoeceu e morreu.”
Após a morte da idosa, a história dos gatinhos do cemitério virou notícia em um jornal local, quando surgiu a equipe Gatos do Cemitérios.
“A GDC não é considerada uma ONG, somos apenas uma equipe de voluntários e temos um abrigo com quase 100 gatos, a maioria vinda do cemitério, que não foram adotados, alguns em tratamento e filhotes para adoção”, comenta.
Aline conta que, para ajudar com os gastos, conseguiram formar parcerias com clínicas veterinárias da região.
“Atualmente temos parceria com as clínicas Toca dos Bichos e Bichos e Amigos, porém não é totalmente isenta de custos, os débitos com tratamento e castrações são pagos pela nossa equipe”, afirma Aline.
Um meio para conseguir ajuda
Segundo Aline, estima-se que hoje vivam mais de mil gatinhos no Cemitério da Saudade. Ela conta com a ajuda de outro voluntário, Silas Martins, para capturar os felinos que, após castrados, são identificados segundo o método CED (Captura, Esterilização e Devolução).
“O Silas e eu já capturamos em torno de 700 gatos para castração, sem contar os gatos que levamos para tratamento, nem os filhotes para adoção”, esclarece.
Para divulgar o trabalho e conseguir ajuda, Aline criou uma conta no TikTok, onde compartilha o dia a dia com os felinos – momentos tristes e felizes do trabalho, buscando também conscientizar as pessoas sobre os cuidados com os animais de estimação.
Com uma lista de desejos em uma loja virtual, começaram a obter bons resultados com doações de seguidores (ração, sachê, caixas de transporte e petiscos).
“Filmamos os vídeos agradecendo cada um dos nossos seguidores que nos enviam [as doações] com tanto carinho, mostramos os gatinhos recendo e se alimentando com os recebidos”, conta a voluntária.
Para ajudar os gatinhos do cemitério, os amantes de felinos podem clicar aqui , para encontrar diversos produtos como areia para gatos , ração e sachês.
A convivência com a comunidade
Não apenas pelas redes sociais, como entre os moradores do bairro, o trabalho com os gatinhos costuma receber muitos elogios, conta Aline. Porém, ela lamenta que também existem problemas.
“Muitas vasilhas somem ou são quebradas, gatos são abandonados no local – e muitos deles doentes”, conta ela. “Já houve também algumas matanças, a mais recente em outubro de 2022, quando nove gatinhos foram mortos de forma cruel”.
Como ajudar
Além das doações, por meio da lista de desejos, é possível ajudar financeiramente ou mesmo por meio da adoção responsável.
Interessados podem conhecer mais do trabalho por meio das redes sociais no TikTok , Instagram e Facebook .
Contato: 19 99776-9092 (Silas Martins) Doações por PIX:[email protected]
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