Investigado pela morte do menino Henry Borel de 4 anos, o padrasto da criança, o vereador Dr. Jairinho, teria dito ao pai do menino, Leniel Borel: “Vire a página e faça outro filho”. A informação foi confirmada pelo advogado de Leniel, Airton Barros, em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV.
Barros esteve nesta sexta-feira (2) no 16ª Delegacia Polícial, na Barra da Tijuca, para pressionar o delegado responsável pelo caso a ouvir novamente Leniel e acrescentar estes fato ao inquérito sobre o caso. “‘Vire a página e faça outro filho’, foi o que ele colocou pro Leniel. O Leniel tonto naquele momento, sozinho, providenciando o enterro do filho ainda, não processou isso, mas depois, quando a ficha caiu, foi motivo logicamente de grande revolta”, afirmou o advogado.
Barros afirma que chama a atenção a frieza da mãe da criança, Monique Medeiros, namorada de Dr. Jairinho. “Tive a oportunidade de ler todos os depoimentos no procedimento administrativo e a mãe em nenhum momento demonstra aquela vontade de querer saber quem matou a criança”, observa. “A menina vai ao enterro do garoto com um cordão de ouro mais pesado que seu microfone. A menina, ela não aparenta nada. É de uma frieza grande“, complementou.
Barros acompanha nesta quinta-feira, na Delegacia da Criança e do Adolescente, o depoimento de uma ex-namorada de Dr. Jairinho que afirma que teve a filha torturada pelo vereador.
Henry morreu na madrugada do último dia 8, após ser encontrado desacordado no apartamento onde morava com a mãe, Monique Medeiros e o namorado dela, o vereador Dr. Jairinho. A mãe e o padastro o levaram para um hospital particular, mas a criança já chegou sem vida ao local, de acordo com as pediatras que atenderem o menino. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta como causa da morte múltiplas lesões ocasionadas por ação contundente.