Foto: Paulo Freitas

Vicky Safra, 70, e seus quatro filhos ocupam, pela primeira vez, o topo da lista de bilionários brasileiros, divulgada ontem (4), pela Forbes.

A fortuna herdada por eles do banqueiro Joseph Safra, morto em 2020, subiu de US$ 7,4 bilhões (R$ 37,6 bilhões) para US$ 16,7 bilhões (R$ 84,8 bilhões), de acordo com a revista

Antes, a lista era liderada por Jorge Paulo Lemann, fundador do 3G Capital, o fundo de investimentos por trás da maior cervejaria do mundo AB Inbev e da fabricante de alimentos Kraft Heinz. A Forbes avalia que a riqueza de Lemann esteja na casa dos US$ 15,8 bilhões (R$ 80,2 billhões), acima dos US$ 15,4 bilhões (R$ 78,2 bilhões) do ano passado.

Os outros sócios do fundo 3G Marcel Herrmann Telles (US$ 10,6 bi ou R$ 53,8 bi), Carlos Alberto Sicupira (US$ 8,6 bi ou R$ 43,7 bi) e Alexandre Behring (US$ 5,2 bi ou R$ 26,4 bi) aparecem, respectivamente, nas terceira, quinta e sexta posições do ranking da Forbes.

Lemann, Telles e Sicupira são acionistas de referência das Lojas Americanas, que enfrenta uma crise depois da revelação de um rombo bilionário no caixa. O caso levou a Americanas a entrar em recuperação judicial.

O quarto colocado da lista é o fundador brasileiro do Facebook, Eduardo Saverin, com patrimônio estimado em US$ 10,2 bilhões (R$ 51,8 bilhões).

A Forbes diz calcular a fortuna dos bilionários a partir de preços das ações e cotações monetárias. A lista atual tem como referência o dia 10 de março. “Algumas pessoas ficam mais ricas ou mais pobres a dias da publicação”, explica a publicação.

A revista de economia identificou 51 bilionários brasileiros, dentre 2.640 pessoas com fortuna de mais de 1 bilhão de dólares em todo o mundo. Vicky Safra é a 100ª colocada da lista global, e Lemann, o 108º.

Os bilionários do mundo somam um patrimônio de US$ 12,2 trilhões (R$ 61,9 trilhões), uma queda de US$ 500 bilhões (R$ 2,5 trilhões) em relação ao que havia sido registrado em 2022 (US$ 12,7 trilhões).

Os norte-americanos lideram no número de bilionários, com 735 membros da lista. Os chineses aparecem em segundo, com 522 representantes, seguidos pela Índia, com 169.

O executivo-chefe da holding de produtos de luxo LVMH, Bernard Arnault, com uma fortuna de US$ 211 bilhões (R$ 1,07 trilhões) desbancou Elon Musk, de Tesla e Twitter, da posição de homem mais rico do mundo. O conglomerado está por trás das marcas Louis Voitton e Moët et Chandon. É a primeira vez que um francês assume o topo da lista.

O patrimônio de Musk caiu de US$ 219 bilhões (R$ 1,11 trilhões) para US$ 180 bilhões (R$ 913,6 bilhões), após a compra do Twitter por um valor acima do mercado e respingos de escândalos nas redes sociais desvalorizando as ações da Tesla.

Com informações da Folha de S.Paulo