O vice-presidente dos EUA, JD Vance - Foto: Kevin Lamarque / Reuters
Durante visita a Israel hoje, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, evitou estabelecer um prazo para o desarmamento do Hamas na Faixa de Gaza, conforme previsto no acordo de cessar-fogo proposto pelo governo de Donald Trump.
Sem especificar prazos, Vance afirmou que devolução de corpos de reféns israelenses e entrega de armas pelo Hamas devem “levar um pouco de tempo”. A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, para onde o vice-presidente viajou hoje como enviado especial de Trump. O objetivo da visita, segundo a Casa Branca, é apoiar os esforços diplomáticos norte-americanos na manutenção do cessar-fogo elaborado pelo governo republicano.
“Se o Hamas não cumprir o acordo, coisas muito ruins vão acontecer. Mas eu não vou fazer o que o presidente dos Estados Unidos até agora se recusou a fazer, que é estabelecer um prazo explícito, porque muita coisa aqui é complicada” afirmou JD Vance, durante coletiva de imprensa em Israel.
Questionado, vice-presidente também não especificou como será futuro governo de Gaza. Aos jornalistas, ele afirmou: “Quando chegarmos a um ponto em que tanto os moradores de Gaza quanto nossos amigos israelenses possam ter algum grau de segurança, então nos preocuparemos com a governança de longo prazo de Gaza”, conforme divulgado pelo jornal israelense The Times of Israel.
Sobre quem será a “autoridade máxima em Gaza”, Vance afirmou: “Não sei a resposta para essa pergunta”. E acrescentou: “Estamos criando uma estrutura de governança que é muito flexível ao que acontece no futuro”.
Ele também minimizou preocupações sobre a fragilidade do cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Nos últimos dias, o Exército israelense voltou a bombardear Gaza após acusar o grupo palestino de violar o acordo.
“O que vimos na última semana me dá grande otimismo de que o cessar-fogo vai se manter (…) Estou muito otimista. Posso afirmar com 100% de certeza que vai funcionar? Não” afirmou JD Vance, durante coletiva de imprensa em Israel
Em Israel, Vance conversará com Benjamin Netanyahu. Segundo o premiê israelense, a conversa se pautará nos “desafios de segurança” de Israel e nas “oportunidades diplomáticas que se apresentam”.
Israel voltou a atacar Gaza
Moradores de Gaza e autoridades de saúde locais disseram que ataques de Israel mataram dezenas de pessoas desde o fim de semana. Pelo menos um dos bombardeios atingiu uma antiga escola que abrigava pessoas desalojadas na área de Nuseirat, segundo testemunhas.
No último domingo, as IDF (Forças de Defesa de Israel) anunciaram que vão retomar o cessar-fogo em Gaza. Em comunicado, o órgão acrescentou, porém, que deve responder “firmemente a qualquer violação” por parte do Hamas.
Ontem, Trump ameaçou “erradicar” o Hamas caso não cumpra o acordo de trégua com Israel. “Estabelecemos com o Hamas que eles serão muito bons, que vão se comportar. E se não o fizerem, vamos lá e vamos erradicá-los”, declarou o republicano.
Já hoje, presidente dos EUA disse que “grandes aliados” no Oriente Médio aceitaram entrar em Gaza e reprimir o Hamas com “força pesada”. A ameaça, segundo Trump, será concretizada caso o grupo extremista “continue a agir mal, violando o acordo”.
Trump, no entanto, afirmou que “ainda não” há necessidade disso. “Ainda há esperança de que o Hamas faça o que é certo. Se não o fizerem, o fim do Hamas será rápido, furioso e brutal”. Apesar de citar “grandes aliados”, o norte-americano não nomeou os países que teriam feito a promessa.
Suposta violação de acordo também não foi especificada. Na postagem, Trump não disse quais termos que o Hamas estaria violando do acordo. No domingo, Netanyahu voltou a bombardear Gaza após dizer que o grupo atacou soldados do país.
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