Altas temperaturas, baixa umidade e seca dos rios favorecem o surgimento de doenças respiratórias, diarreias e problemas de pele - Foto: Assessoria
O mês de julho é marcado pelo início do Verão Amazônico, caracterizado pela elevação da temperatura, redução das chuvas e baixa do nível dos rios. Com a estiagem, alguns problemas de saúde tendem a se agravar, exigindo atenção especial de quem vive no Amazonas. Ingerir mais água, usar protetor solar e adotar medidas preventivas simples podem fazer diferença para evitar doenças frequentes neste período.
De acordo com o médico Luiz Otávio Bastos, da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Manacapuru, os efeitos provocados pela combinação entre calor intenso, baixa umidade do ar e seca dos rios, além das queimadas, aumentam significativamente o número de internações hospitalares nessa época do ano.
“Temos um crescimento de casos de asma, bronquite, infecções virais e respiratórias, além de pneumonia. Também há estudos que mostram maior descompensação de doenças cardíacas nesse período”, afirma. Crianças e idosos são os mais vulneráveis aos efeitos das infecções respiratórias, segundo o médico. Ele recomenda reforçar a hidratação, especialmente entre esses grupos mais sensíveis.
O médico destaca ainda o impacto sobre a qualidade da água, o que eleva os casos de doenças diarreicas e até mesmo hepatite A. Outro ponto de atenção é a proliferação de mosquitos transmissores de arboviroses. “Essas mudanças ambientais afetam a ecologia dos vetores, como o Aedes aegypti, aumentando a população do mosquito e, consequentemente, os casos de dengue, zika e chikungunya”, explica. Para prevenir, deve-se evitar o acúmulo de água parada no quintal da casa ou terrenos.
A pele também demanda cuidados, explica a dermatologista Anne Amaral, professora de Afya Educação Médica Manaus. “É importante evitar o sol entre 10h e 15h, quando a radiação é mais intensa. Usar filtro solar com fator de proteção acima de 30, incluindo áreas como rosto, pescoço e atrás das orelhas, é fundamental para prevenir doenças de pele e câncer de pele”, destaca.
Anne também chama atenção para a fitofotodermatose, comum nessa época em pessoas que frequentam sítios e áreas rurais. “É uma queimadura causada pelo contato com frutas cítricas ou plantas, seguido de exposição ao sol. Pode gerar bolhas e quadros graves de queimadura”, observa.
Além do protetor solar, a médica recomenda o uso de roupas leves, de algodão e cores claras, além de evitar o compartilhamento de toalhas, pela maior chance de transmissão de fungos no calor.
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