O presidente americano Donald Trump deu um ultimato ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, numa ligação entre os dois mandatários na semana passada, diz uma reportagem do Miami Herald publicada neste domingo (30).
De acordo com o jornal americano, que teve acesso a fontes anônimas do alto escalão do governo dos EUA, Trump teria oferecido ao líder da Venezuela a chance de ele “se salvar e salvar a sua família”, desde que deixasse o poder.
“Segundo as fontes, a mensagem dos Estados Unidos a Maduro foi direta: haveria garantia de segurança para ele, para a esposa dele, Cilia Flores, e para o filho do casal se o venezuelano concordasse em renunciar imediatamente ao governo”, escreveu o Miami Herald.
No domingo, Trump afirmou a jornalistas que os dois mandatários conversaram por telefone na semana passada. “Não posso dizer se correu bem ou mal, foi apenas uma ligação”, declarou o republicano, que não revelou os temas abordados no telefonema.
No sábado, o presidente americano anunciou, pelas redes sociais, que o espaço aéreo da Venezuela seria fechado “por completo”, num aviso a “todas as companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e traficantes de pessoas”.
A declaração ocorre em meio à pressão crescente dos Estados Unidos, que vem mobilizando um amplo aparato militar no Caribe, próximo à costa venezuelana. Segundo Washington, a movimentação visa combater o tráfico internacional.
Exigências de Maduro
Ainda de acordo com o Miami Herald, a conversa por telefone entre Trump e Maduro foi mediada por três países: Brasil, Qatar e Turquia.
O venezuelano teria pedido anistia pelos crimes cometidos por ele e exigido manter o controle das forças armadas do país. Em troca, concordaria em realizar novas eleições.














