Visão aérea do município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, após tornado - Foto: Jonathan Campos / Agência de Notícias do Paraná

A diretora-executiva da COP30, Ana Toni, diz que o tornado no Sul mostra como o debate sobre mudanças climáticas é incontornável quando se fala de desenvolvimento econômico e prosperidade.

“Seja o furacão na Jamaica, o tornado no Sul, esses eventos são mais uma grande evidencia de que estamos falando sobre desenvolvimento e bem-estar das pessoas”, afirma Ana Toni.

“É sobre prosperidade porque o que foi devastado são as casas das pessoas, as escolas, estradas, isso é desenvolvimento”, diz a secretária-executiva.

“A mudança no clima é o maior acelerador de pobreza e desigualdade. Se não atuarmos nisso estamos condenando populações inteiras ao subdesenvolvimento e à pobreza.”

Ana Toni e o embaixador Andre Correa do Lago, presidente da COP 30, deram uma entrevista neste domingo para jornalistas brasileiros e estrangeiros e destacaram o papel dos países em desenvolvimento na agenda climática.

Corrêa do Lago mencionou a iniciativa do governo brasileiro de lançar o TFFF, fundo para preservação de florestas tropicais.

Países como Noruega, França e Indonésia, aderiram com investimentos anunciados, mas outros como Alemanha e Inglaterra se comprometeram a contribuir, e não indicaram valores.

“Concordamos que precisamos fazer algo sobre florestas e pedimos dinheiro há muito tempo. É bom ver a dinâmica de países emergentes vendo que muita gente observa e é relutante com essa agenda. Agora são os países emergentes que vêm com a solução”, diz o embaixador.

“A redução do entusiasmo do Norte mostra que o Sul está se mexendo. Não é de hoje que o Sul se mexe, faz tempo, mas sem a visibilidade que hoje ganhou.”

*Com informações de Uol