Thiago Brennand, acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça, que estava preso em Abu Dhabi, durante chegada à sede da Polícia Federal em SP em abril (Foto: Marcelo Chello / Folhapress)

Ordem da Justiça se refere a uma nova acusação de estupro; defesa afirma que não foi notificada

O empresário Thiago Brennand, 43, teve a sexta ordem de prisão preventiva decretada hoje (1º), por uma nova acusação de estupro. Procurada, a defesa dele afirma que ainda não foi notificada.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a Vara do Foro Central da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo e decretou a prisão preventiva dele no processo, que está em segredo de Justiça.

Brennand está detido no CDP (Centro de Detenção Provisória) 1 Pinheiros e responde agora a nove denúncias de crimes sexuais, como estupro, e agressões. Ele estava no regime de isolamento e passaria para o convívio com os demais presos nesta terça-feira (30).

Porém, a defesa do empresário pediu para que ele fosse transferido para uma cela solitária. Para isso, foi solicitado uma medida preventiva de segurança, conhecida como “seguro”. Assim, o empresário segue separado dos demais presos.

Brennand foi extraditado dos Emirados Árabes e desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no fim de abril. Ele viajou ao país em setembro do ano passado horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público por agredir uma modelo em uma academia da capital —em relação a este caso, a audiência acontece no dia 27 de julho.

Desde que o caso da academia tomou repercussão, ao menos outras dez mulheres denunciaram o empresário. Pelas redes sociais, Brennand sempre negou os crimes sexuais.

Poucas semanas antes da extradição, ele gravou um vídeo em que dizia que seria preso injustamente. “Obviamente não estuprei ninguém. Nesse país muita gente tem sede de vingança”, afirmou ele.

Entenda as 6 ordens de prisão contra Brennand

Os detalhes sobre o quinto pedido ainda não foram divulgados

• Após a acusação de agressão à modelo Alliny Helena Gomes, Brennand deixou o Brasil em 4 de setembro, horas antes da denúncia do Ministério Público. O órgão determinou que ele retornasse ao Brasil até 23 de setembro e entregasse o passaporte. Como não cumpriu a medida, ele teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de setembro e tornou-se foragido. A viagem inicialmente foi para para Dubai, nos Emirados Árabes.

• Logo depois, no dia 17 de outubro, a Justiça decretou nova prisão contra Brennand, desta vez sob a acusação de tatuar à força e manter em cárcere privado uma mulher em Porto Feliz, no interior paulista.

• No dia 4 de novembro, ele teve a terceira prisão preventiva decretada pela Justiça. Na ocasião, os promotores Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Júnior apresentaram denúncia contra ele por suspeita de estupro que teria ocorrido também em Porto Feliz.

• No dia 10 de fevereiro, o empresário teve a prisão preventiva decretada após denúncia da miss e estudante de medicina Stefanie Cohen. Ela afirma que foi estuprada por Brennand em 2021.

• No dia 22 de março, foi decretado o quinto pedido de prisão preventiva também por estupro. A reportagem não obteve detalhes sobre a identidade da vítima deste caso.

• No dia 1º de junho, foi decretado o sexto pedido de prisão preventiva também por estupro. Caso está em segredo de Justiça.

Com informações da Folha de S.Paulo