Ministro da Justiça diz que garimpeiros armados permanecem na região, mesmo após janelas para saída pacífica. Terra Yanomami registrou 14 mortes em uma semana – a maior parte, de invasores.
Segundo Dino, o reforço será formado por dois delegados da Polícia Federal, um general do Exército e um brigadeiro da Aeronáutica, além de representantes de ministérios.
A missão desse grupo, de acordo com o ministro, será executar a “última fase” da retirada de invasores do território – fase que, segundo Dino, envolve criminosos mais perigosos.
Ontem, o Ministério da Justiça havia informado que o governo já enviou 475 militares e policiais para reforçar a segurança na região.
Flávio Dino foi questionado pela senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) sobre a situação dos garimpeiros na região.
“Foram feitas janelas de saída, a imensa maioria saiu, mas alguns ficaram exatamente porque estão armados. E aí, infelizmente, nós temos momentos em que o poder coercitivo do Estado é necessário. Queremos sempre o caminho conciliatório mas, quando necessário usar a força, a PRF, a PF, a Força Nacional, as Forças Armadas têm não só a necessidade como a imprescindibilidade de usar a força, e é isso que tem acontecido”, respondeu Dino.
14 mortes em uma semana
O g1 apurou no IML que Jenni Rangel era venezuelana, casada com o garimpeiro Joel Perdomo, de 68, madrasta de Johandri Perdomo, de 24, também garimpeiro. O marido e filho também foram assassinados na Terra Yanomami e estão entre os oito mortos encontrados na cratera.
Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami, enfrenta uma crise sanitária sem precedentes, causada pela forte presença de garimpeiros – no ano de 2022, a exploração de minérios avançou 54% na região. Esse avanço desenfreado causou doenças, devastação ambiental e conflitos armados, com mortes e violência.
Agora, o governo federal atua na região em duas frentes: com serviços de saúde e na repressão aos garimpeiros que ainda permanecem no território.
Com informações do g1