Imagem feita com inteligência Artificial (Alessandro Di Lorenzo / Olhar Digital / DALL-E)

A inteligência artificial também está ganhando espaço entre os religiosos. Uma das atribuições da ferramenta tem sido escrever sermões durante cultos. Para isso, a IA é treinada com um banco de dados que utiliza pregações feitas por padres humanos.

Um exemplo é o Rabbi Bot, um chatbot criado por um rabino dos Estados Unidos. A tecnologia é capaz de realizar os sermões e até responder algumas perguntas feitas durante os cultos religiosos. No entanto, seu uso gera discussão.

Modernização ou afronta aos preceitos religiosos?

Os líderes religiosos já usam a IA para traduzir seus sermões transmitidos ao vivo para diferentes idiomas em tempo real, divulgando-os para o público internacional. Outros compararam chatbots treinados em dezenas de milhares de páginas das Escrituras a uma frota de alunos de seminário recém-treinados, capazes de extrair trechos sobre certos tópicos quase instantaneamente.

Mas as questões éticas em torno do uso da inteligência artificial ainda são um problema. Embora a maioria concorde que o uso de IA para tarefas como pesquisa ou marketing é aceitável, outros usos para a tecnologia, como escrever sermões, são vistos por alguns como uma afronta aos preceitos religiosos.

Por outro lado, há quem defenda que uso da ferramenta para criação dos sermões, por exemplo, pode aproximar a religião dos mais jovens. Isso ajudaria a religião a atrair uma nova geração de fiéis que não se incomodam com a presença da tecnologia no ambiente religioso.

Uso da IA na religião costuma ser discutido pelo Papa

  • O impacto da IA na religião tem sido um ponto de reflexão inclusive para o Papa Francisco.

  • O líder da Igreja Católica já abordou o tema em várias ocasiões, embora nunca tenha falado sobre o uso da inteligência artificial para ajudar a escrever sermões.

  • Em uma de suas declarações, o pontífice destacou a importância da sabedoria, mas ressaltou que ela “não pode ser buscada nas máquinas”.

  • Além do uso da tecnologia pela Igreja Católica, vários projetos já apresentam versões também para judeus, muçulmanos e budistas, por exemplo.

Com informações do Olhar Digital (Com dados do New York Times)