Rogério Marinho (PL-RN) chorou ao falar sobre os presos do 8 de Janeiro, na noite dessa quinta (13) - Foto: Reprodução / TV Senado

O senador e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) chorou ao falar sobre os presos após os atos antidemocráticos, registrados em 8 de janeiro, em Brasília. Durante audiência na Comissão de Segurança Pública na noite dessa quinta-feira (13), Marinho se emocionou enquanto falava e foi consolado pelo seu pai, o ex-senador Valério Djalma Cavalcanti.

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Marinho foi elogiado pelo colega Eduardo Girão (Novo-CE), que o descreveu como “grande irmão” e “presente” antes de tomar a palavra na reunião. Na ocasião, ele também cumprimentou a presença da mãe dele, Djalma Cavalcanti, que acompanhava o senador na audiência.

“Obrigada, senador Girão. Obrigada pelas palavras generosas que vossa excelência profere nesse momento. Eu até…” disse o Marinho, enquanto segurava as lágrimas. Em seguida, o pai o abraçou e deu um beijo em sua cabeça. Os outros senadores o aplaudiram.

Depois, ele enxugou as lágrimas e continuou: “Peço desculpas, porque não é fácil ouvir o que a gente ouve aqui. Eu acho que todos nós temos uma responsabilidade muito grande. Estamos vivendo um momento muito desafiador que nos cobra atitude, mas também nos cobra inteligência […] Nós precisamos desmistificar o que é colocado como lugar comum, uma estratégia deliberada de desumanizar aqueles que pensam diferente”, afirmou ele, que esteve em visitas com os presos do 8 de janeiro.

A audiência de ontem foi convocada por Eduardo Girão e contou com a presença de membros da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro, organização criada em maio pelos envolvidos nos ataques aos prédios dos Três Poderes.

Prédios depredados

Após os ataques aos prédios dos Três Poderes, os edifícios públicos ficaram completamente depredados. Na ocasião, instalações foram quebradas, câmeras de segurança arrancadas e destruídas e a fiação foi exposta.

Imagens tiradas de dentro do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram a destruição causada pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os invasores destruíram, inclusive, parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que “representa um capítulo importante da história nacional”, conforme nota emitida pelo Palácio do Planalto.

*Com informações de IG