Representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) estiveram reunidos com o diretor do Núcleo de Ciência e Estratégia para Neutralização de Carbono da Amazon, Jamey Mulligan, e com o gerente sênior da Amazon Brasil, Allan Grabarz, na segunda-feira (22/01), para criar um plano mútuo de reflorestamento de áreas degradadas do Amazonas.
O governador Wilson Lima destacou que a reunião é uma continuação das negociações iniciadas durante a 28ª Conferência das Partes (COP) de Dubai, em dezembro do ano passado.
“Esse encontro com representantes da Sema já é fruto da conversa que tivemos em Dubai e, por isso, a expectativa para uma futura parceria com a Amazon é muito positiva. No ano passado, em Dubai, conversei com os representantes da Amazon sobre investimentos para a Amazônia e iniciamos, também, uma conversa sobre investimentos socioambientais especificamente para o Amazonas”, afirmou o governador.
No encontro, ocorrido na sede da Sema, foram discutidas estratégias e futuras parcerias para avançar no mercado de créditos de carbono no Estado.
Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, com o apoio logístico da empresa de tecnologia, a agenda ambiental tem potencial para avançar, em especial, para benefício das comunidades tradicionais da região.
“Não podemos conversar sobre a manutenção da biodiversidade sem pensar nas nossas comunidades. É excelente saber que os representantes da Amazon e o Governo do Amazonas têm ideais alinhados, e esperamos partir em breve para as próximas negociações, a fim de mostrar resultados compatíveis com o que queremos para a Amazônia Legal”, declarou.
Em Dubai, a empresa e o Estado fecharam acordos de proteção da biodiversidade e, também, de apoio aos moradores da floresta.
“A Amazon está muito interessada em contribuir numa parceria com os governos dos Estados da Amazônia Legal para ajudar a reduzir o desmatamento, bem como ajudar a reflorestar e, durante o processo, ajudar a reforçar uma economia e desenvolvimento sustentáveis para as comunidades locais. Nós estamos vendo um amadurecimento de investimentos em restauração, incluindo aplicações que realmente podem melhorar a vida das comunidades, o que vemos como parte importante da estratégia para sustentar a floresta em pé”, afirmou Jamey Mulligan.
Com o novo encontro, foram debatidas possíveis parcerias com instituições públicas e privadas, estratégias de reflorestamento, apoio tecnológico e de pesquisa para fomento da agenda de carbono dentro do programa Amazonas 2030, dentre outros tópicos.
“A Amazon tem o compromisso com o desenvolvimento da economia nacional, de pequenos produtores e também com as comunidades locais. Os programas e as propostas de restauração que a gente discutiu hoje tem um potencial bem grande de conjugar desenvolvimento econômico sustentável com incremento em rendas para as populações locais. É uma agenda ‘ganha-ganha’ para todos os atores envolvidos”, frisou Allan Grabarz.
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